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terça-feira, 18 de maio de 2010

RUSH COMEÇARÁ A TURNÊ 2010


O Rush se prepara pra começar sua nova turnê, a "Time Machine Tour 2010", com a primeira data marcada pra dia 29 de junho em Albuquerque, Novo México (EUA), indo até 02 de outubro em West Palm Beach, Flórida. Ao todo são previstas 37 datas, todos na América do Norte.
O destaque é que pela primeira vez, o trio irá executar na íntegra o extraordinário álbum "Moving Pictures (de 1981). Depois de 27 anos, a canção "The Camera Eye" voltará a ser executada ao vivo pela banda, já que não era tocada desde a "New World Tour", turnê do álbum Signals, encerrada em 1983.
Eles também trabalham para finalizar e lançar em breve seu 20° álbum de estúdio, mais uma vez produzido por Nick Raskulinecz (que já esteve com o Rush em Snakes & Arrows, de 2007). A Time Machine Tour trará algumas dessas novas e inéditas canções antes mesmo do seu lançamento oficial.
Portanto podemos esperar muitas surpresas no set list: novidades, possíveis raridades, além de vários clássicos eternos.

"Rush: Beyond the Lighted Stage" - Documentário sobre a carreira do Trio Canadense

Foi meu amigo Daniel que me contou a novidade. Será lançada nos cinemas um documentário sobre a carreira de uma das minhas bandas prediletas: Rush.
Intitulado "Rush: Beyond the Lighted Stage", traduzindo "Rush: Além do Palco Iluminado", frase retirada da letra de "Limelight", que é um dos maiores clássicos da banda; conta as quatro décadas do super grupo formada por três lendas do Rock: Neil Peart, Alex Lifeson e Geddy Lee.
Espectadores do "Tribeca Film Festival", realizado em Nova York, elegeram o documentário como vencedor do prêmio "Heineken Audience Award". "Os melhores documentários são aqueles em que os personagens 'saltam' da tela e é exatamente isso que ocorre com esta produção", disse Nancy Schafer, a diretora-executiva do renomado festival que serviu como premiére do longa, que contou com a presença dos integrantes da banda. Tribeca foi criado em resposta ao "11 de setembro" por Robert de Niro, para reerguer o orgulho da população da cidade. A edição deste ano foi de 21 de abril a 2 de maio. O filme também foi apresentado no festival internacional de documentários "Hot Docs", realizado entre os dia 29 de abril a 9 de maio em Toronto, Canadá.
A previsão de estréia americana é pra Junho, e várias midias especializadas já elogiaram a película, como a "V Magazine" que declarou ser obrigatório assisti-lo, mesmo pra quem não é fã do Rush, e um artigo no "NYPost" fala de como o filme está sendo esperado nos EUA. .
A premiére televisiva será por meio do canal VH1 no dia 26 de Junho, e ainda não se sabe se será mundial.
Segundo o vocalista Geddy Lee, a idéia de fazer um filme sobre a banda partiu do próprio Rush. A produção está a cargo dos canadenses de Scot McFadyen e Sam Dunn - mesmos diretores do documentário "Flight 666", do Iron Maiden, e "Metal: A headbanger's journy". Não existe previsão de estrear no Brasil, na verdade não se sabe nem se passarão nos cinemas brasileiros. Mas como o documentário do Iron Maiden esteve em circuito no Brasil, eu particularmente fico com uma esperança de poder assistir numa tela gigante três dos meus maiores ídolos, e já estou na torcida.
Para os diretores do longa, "receber os prêmios significou tanto para nós quanto o Rush significa para seus fãs". "Foi ótimo ver fãs e não-fãs da banda vendo o documentário juntos e se divertindo", completaram McFadyen e Dunn.
A trajetória do Rush é retratada pelos próprios, com muita música (eehhh!!!), imagens de arquivo, curiosidades e muitas entrevistas.
Um destaque para os depoimentos de admiradores famosos como Gene Simmons (baixista e vocalista do Kiss), Mike Portnoy (baterista do Dream Theater), Kirk Hammet (guitarrista do Metallica), Vinnie Paul (ex-baterista do Pantera), Tim Commerford (baixista do Rage Against The Machine), Taylor Hawkins (baterista Foo Fighters), Billy Corgan (ex-vocal e guitarra do Smashing Pumpkins), Sebastian Bach (ex-vocalista do Skid Row) e Jack Black (ator de Ëscola de Rock") que relatam o respeito, o amor, e principalmente o quanto o Rush influenciou as carreiras de cada um.
Fiquei babando só em assistir o trailer; e o postei abaixo para você que como eu está doido pra conferir na íntegra a jornada desse incrível Power Trio.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

OZZY OSBOURNE LANÇA NOVO CD

Enquanto perdemos um Deus do Metal, um outro lança CD. O novo álbum de Ozzy Osbourne, "Scream" será lançado mundialmente no dia 15 de Junho.
Produzido pelo próprio Ozzy em conjunto com Kevin Churko, e trazsua nova banda, formada pelo guitarrista Gus G, o baixista Blasko no baixo, Tommy Clufetos na bateria e Adam Wakeman (filho da lenda Rick Wakeman)nos teclados.
O tracklist do novo trabalho está abaixo:
“Let It Die”
”Let Me Hear You Scream”
”Soul Sucker”
”Life Won't Wait”
”Diggin’ Me Down”
”Crucify”
”Fearless”
”Time”
”I Want It More”
”Latimer’s Mercy”
”I Love You All”
Já anunciam uma longa turnê mundial para promover o novo álbum que durará 18 meses. Só nos resta rezar para que Sharon Osbourne reserve uma data para o Brasil, e que o Rio de Janeiro não fique de fora.
Ozzy gravará um clipe do single "Let Me Hear Your Scream", o diretor será Jonas Akerlund.
O video-clipe não está pronto, mas o single já foi lançado, e pode ser conhecido no Youtube:

MORRE DIO, UM DOS DEUSES DO METAL

Ronnie James Dio morreu na manhã deste domingo, dia 16 de Maio, aos 67 anos, vítima de câncer no estômago.
A notícia dada pela mulher do músico, Wendy, que postou no site oficial de Dio a frase: "Hoje meu coração está partido, Ronnie morreu às 7h45. Muitos amigos e familiares puderam dizer adeus antes dele morrer tranquilamente. Por favor, nos dêem alguns dias de privacidade para lidarmos com essa terrível perda. Saibam que ele amava vocês e sua música vai viver para sempre"
Sua luta contra o Câncer se tornou pública em Novembro de 2009, onde começou o tratamento ainda no estágio inicial da doença. Ele já vinha diminuindo o ritmo de shows nos últimos meses.
Hoje faz exatamente um ano que vi Dio cantando ao vivo pela última vez, na sua banda Heaven and Hell. Um dos melhores shows de 2010, e pude constatar que o cara ainda cantava muito, sem dúvida uma das mais belas vozes do Rock.
Começou sua carreira nos anos 70, como cantor e baixista da banda Elf, com a qual gravou três álbuns, de 1972 à 1975; quando foi convidado pelo guitarrista Ritchie Blackmore, que acabara de sair do Deep Purple, para cantar em sua nova banda: o Rainbow. Daí em diante, Dio se tornou um verdadeiro "Rock Star", gravando discos antológicos, e entrando de vez para o Hall dos maiores vocalistas do Hard Rock/Heavy Metal. Com o Rainbow gravou 4 LPs, sendo um ao vivo.
Foi convidado pelo guitarrista Tony Iommi para substituir Ozzy Osbourne nos vocais do Black Sabbath, e daí nasceu a minha cisma com o Dio. Infantilmente achava que sendo grande fã do Ozzy não tinha como gostar do Dio - pura bobagem.
Comparações entre os dois são sem sentido e descabidas; são dois grandes vocalistas de Rock Pesado, mas com estilos e formas de cantar totalmente diferentes.
Com o passar dos anos, e principalmente depois de ouvir inteiros pela primeira vez os dois discos inciais de Dio no Sabbath (os excelentes "Heaven and Hell" e Mob Rules") percebi que quanto Dio era bom, e que ele foi responsável por mudar a cara e som da banda. Gravou 3 álbuns, saindo em 1983 pra formar um novo projeto.
Nunca teve intenção de começar um projeto solo e sim apenas formar uma nova banda, juntamente com o baterista ex-Black Sabbath, Vinny Appice. Mas Dio acabou sendo o nome escolhido pro grupo. Foram convidados também o jovem e virtuoso guitarrista Vivivan Campbell(que depois faria parte do Whitesnake e Def Leppard), e o ex companheiro de Rainbow, o baixita Jimmy Bain. Lançaram o grande álbum de estréia "Holy Diver", marco importantíssimo pro heavy metal.
Chegou a voltar pro Black Sabbath em 1992, gravando "Dehumanizer", e tocando pela primeira vez no Brasil, na turnê desse disco.
Voltou para sua carreira solo, até que em 2007 reuniu-se com os antigos companheiros de Black Sabbath, Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice, para excursionarem na promoção do álbum "Black Sabbath - The Dio Years". Para promoverem a coletânea os quatro se reuniram sob o nome Heaven and Hell para uma turnê mundial, quando como já mencionei, fui um dos priveligiados presentes no show no dia 17 de Maio de 2009, no Citibank Hall no Rio de Janeiro.
Detalhe interessante é que Ronnie James Dio é o ciador do "Maloik", o famoso "chifrinho" feito com as mãos, que todo fã de Rock já fez pelo menos uma vez, e que virou feber no Brasil a partir do primeiro Rock In Rio. O símbolo era usado por sua avó italiana, e servia para afastar o "mau olhado", e começou a ser usado por Dio em seus shows.
Sem dúvida uma perda irreparável para a música, para o Rock e para o Metal. Já fiz minhas orações por sua alma, e em agradecimento aos seus anos de serviços aos bons sons.
Na capa de seu disco "Sacred Heart" (de 1985) aparecem inscrições em latim que significam: "Vem o fim pela morte, prepararei para você o Sagrado Coração que libertará a mágica e a mudança.". E realmente, a magia de suas canções e interpretações vocais, tornaram Ronnie James Dio eterno.
Teremos seus DVDs pra matarmos a saudade de sua figura marcante e incomum, e seus CDs pra sempre ouvirmos seus agudos potentes.
Se você não conhece a sua obra, recomendo inicialmente:
"Long Live Rock And Roll" com o Rainbow de 1978, e os já citados "Heaven and Hell" de 1980 com o Black Sabbath, e o solo "Holy Diver" de 1983.




sexta-feira, 14 de maio de 2010

ROCK AND ROLL JÁ VEM DE BERÇO

Em 2007, tive a idéia de colocar uma camiseta da minha banda Crossroads no sobrinho da Carol, minha namorada na época. O Mateus, na época com alguns meses de vida, serviu de modelo para várias fotos que tiramos. Essa aí do lado foi usada nas divulgações que fizemos, misturando a fofura do molequinho com o Rock Clássico. A idéia foi muito boa, pois até então não tinha visto um bebê com uma camisa de uma banda de Rock.
Mateus está agora com 3 anos, e não o vejo a pelo menos 2, espero que ele esteja crescendo feliz e com saúde.
Esse figura aí embaixo é o Bernardo; nasceu esse ano, está com 3 meses, e ele é filho do Márcio, meu amigo e ex-guitarrista da Crossroads. Assim como o pai, o garoto é carequinha, curte Rock, é já tem sua Fender Stratocaster. A criativa fotógrafa foi sua mamãe Yara.

Como iria visitá-lo, comprei na "Q-Vizu" do Barra Shopping um macacão dos Beatles, achando que fosse abafar. Mas ao entregar o presente descobri que Bernardo já tinha várias roupinhas com motivos de Rock, que foram compradas numa loja do Via Parque chamada "Rock Baby", e inclusive já tinha um dos Beatles, mas diferente do que eu tinha dado.
O macacão que dei é igual ao que Arthur está usando na primeira foto abaixo. Ao lado ele usa um dos Rolling Stones. O risonho e precoce amante do Rock é filho do casal Fábio e Gisele, e está atualmente com 8 meses.







































A "Rock Baby" tem um acervo enorme de camisetinhas e macacãos de várias bandas: Led Zeppelin, Pink Floyd, Bob Marley, Metallica, Ramones, Iron Maiden, além das já citadas.





Outro que também que já desfila com sua camisetinha dos Beatles, é o filhote dos amigos Morgana e Rodrigo, e com um ano e meio, é o xará mais velho do filho do Fábio















E na verdade lá na Rock Baby não tem roupas só pra bebês. É uma loja de roupas infantis, e vende também calças, bermudas, casacos, bandanas, e acessórios diversos.

Nessa foto, um casalzinho de crianças mais crescidas: um garoto com uma camisa do Jimi Hendrix, e a menina usando uma da Janis Joplin.
Os famosos já aderiram. Abaixo Fernanda Linda, quer dizer Lima, passeia com seus gêmeos, um usando uma camisetinha dos Beatles, e o outro uma do AC/DC. Muito bom gosto desses pimpolhos.






# Shopping Rio Sul
4º piso, loja D-35
tel- (21) 2275-8917

# Barra Shopping
Nível Américas, loja 256-A
tel.: 21 2408-3121

# Ipanema
Galeria Ipanema, loja 110
tel.: 21 2540-0481

_SÃO PAULO
# Shopping Pátio Higienópolis
Piso Vilaboim, loja 429
tel.: 11 3661-4437




- Ipanema:
Rua Visconde de Pirajá, 444 / loja 111

- Barra da Tijuca
Shopping Via Parque

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Egberto Gismonti receberá prêmio em Cuba

O compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonti é homenageado na feira Cubadisco 2010 em Havana. O brasileiro e o projeto americano Playing for Change foram premiados na feira Cubadisco 2010. Os espanhóis Joaquín Sabina, Martirio e Ojos de brujo, assim como os porto-riquenhos de Calle 13, Mapeyé e Olga Tañón, também receberam prêmios, que são dados todos os anos pelo Instituto Cubano da Música, como parte das atividades da Feira Internacional Cubadisco.
Segundo o jornal oficial Granma, os prêmios Cubadisco reconhecem "valores culturais relevantes e de notável impacto social na discografia de outros países".
O disco "Saudações", de Gismonti, e "Songs around the world", produzido pelo americano Mark Johnson, que reúne vozes dos Estados Unidos, Europa, África e Ásia, foram contemplados.
A Feira Cubadisco 2010, considerada o evento mais importante da indústria musical cubana, acontecerá entre os dias 15 e 23 de maio em Havana e incluirá 32 categorias.
Egberto Gismonti é um dos maiores gênios da música mundial, e merece muito mais reconhecimento e destaque, principalmente no Brasil, já que infelizmente muita gente em nosso país não o conhece.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Soundgarden faz primeiro show em 13 anos

Minha banda preferida da década de 90 depois do Living Colour, volta a tocar ao vivo com a formação original após 13 anos. A apresentação, pequena, aconteceu no Market Club, em Seattle, para pouco mais de mil pessoas e a banda usou o pseudônimo de Nude Dragons (um anagrama de Soundgarden).
Quinze dias depois, a Spin publicou o primeiro vídeo com Chris Cornell na voz, Kim Thayil nas guitarras, o baterista Matt Cameron e Ben Shepherd, baixo, juntos no palco.
Não se sabe se esta reunião será apenas para alguns concertos ou se a banda se reúne efetivamente. Na minha opinião, voltar com o Soundgardem seria a melhor coisa que Chris Cornell poderia fazer, depois de lançar em Outubro de 2008 o terrível e polémico "Scream" produzido por Timbaland.
O show, com direito a cover do The Doors, já caiu na internet. Confira o setlist, que não contou com "Black Hole Sun", uma das minhas preferidas:
1.Spoonman
2.Gun
3.Searching With My Good Eye Closed
4.Rusty Cage
5.Beyond The Wheel
6.Flower
7.Ugly Truth
8.Fell On Black Days
9.Hunted Down
10.Nothing To Say
11.Loud Love
12.Blow Up The Outside World
13.Pretty Noose
14.Outshined
15.Slaves And Bulldozers
16.Get On The Snake
17.Big Dumb Sex
18.Waiting For The Sun (The Doors cover)

Assista o video de "Beyond the Wheel", tirada dessa apresentação:

IRON MAN 2


Na primeira edição do filme tocava "Iron Man" do Black Sabbath, e "Back In Black" do AC/DC, dois dos maiores clássicos do Rock Pesado. Já o CD da Trilha Sonora da sequência "Iron Man 2" é composto exclusivamente de 15 hits do AC/DC ao todo, selecionados de 10 discos de estúdio do grupo. Uma edição especial ainda traz um CD bônus com faixas gravadas ao vivo durante a última turnê da banda, que inclui "Highway to hell" no estádio do River Plate, em Buenos Aires, que eles encheram por três noites seguidas (no Brasil foi uma apresentação em São Paulo...)
Abaixo a relação das faixas do CD:
01. Shoot to Thrill
02. Rock 'n' Roll Damnation
03. Guns for Hire
04. Cold Hearted Man
05. Back in Black
06. Thunderstruck
07. If You Want Blood (You've Got it)
08. Evil Walks
09. T.N.T.
10. Hell Ain't A Bad Place to Be
11. Have A Drink on Me
12. The Razor's Edge
13. Let There Be Rock
14. War Machine
15. Highway to Hell

Na verdade no filme só aparecem duas do AC/DC, "Shoot to Thrill" , logo no começo e "Highway to Hell" quando sobem os créditos. Também rolam duas do The Clash ("Should I stay or should I go?" e "The magnificent seven"), e a versão hip-hop de "Another one bites the dust" do Queen.
É disparado o filme mais Rock'n'Roll da temporada, e têm outros motivos que valem a ida as salas de cinema. Primeiro porque é bem bacana, com Robert Downey Jr e todo elenco mandando muito bem. Com agitação do início ao fim, efeitos especiais incríveis e uma história que não compromete. Se você procura uma diversão descompromissada é uma ótima pedida.
Sem contar a presença de Scarlett Johansson, que apesar de pouco aproveitada já vale o preço do ingresso.

domingo, 9 de maio de 2010

25 de Abril de 2010 - LULU SANTOS NO VIRADÃO CARIOCA - RIO DAS PEDRAS


Evento bacana, esse tal de "Viradão Cultural". Dois dias ininterruptos de shows, peças de teatro em palcos espalhados por vários bairros do Município do Rio de Janeiro. No domingo estava dividido entre ver o incrível Milton Nascimento no Centro, ou o perfomático Lulu Santos no Rio das Pedras, sendo o último bem mais perto de casa.
Como resolvemos gravar o ensaio da minha banda, acabei saindo do estúdio muito tarde, e só dava tempo de chegar a tempo pro show do Lulu.

Considero Lulu Santos o maior "Bandleader" do Brasil, só comparável a Hebert Vianna antes do acidente. É um verdadeiro showman, e um mestre de cerimônia com total domínio sobre o público. Sem contar que é um exímio guitarrista, e um extraordinário "Hitmaker", possuidor de centenas de sucessos marcantes em três décadas de bom serviços prestados a música Pop.
O Palco foi montado no estacionamento de um supermercado na comunidade do Rio das Pedras, o show começou as 22h em ponto, bem na hora que cheguei. E de cara, Lulu mandou um medley com "Toda Forma de Amor", "Um Certo Alguém" e "Último Romântico", que são três das minhas preferidas.
Contando com o baterista Chocolate (já a mais de dez anos acompanhando o cantor), e uma banda afiada com direito a percussionista, saxofonista, tecladista, baterista, e uma bela e esguia morena nos backing vocals, que soltou a voz na dançante e swingada "Condição". Depois a moça se limitou a dançar sensualmente, servindo mais como enfeite, até que numa versão "sambão" de "Sábado a Noite", ela surge fazendo a marcação com um surdo.

Antes Lulu ao violão toca uma bela balada, que eu nunca ouvira, e anuncia ao término que esta era uma canção que ele havia composto naquela mesma semana, e que éramos os primeiros a ter o privilégio de conhecê-la.
Alternado entre a guitarra e violões de 12 e de 6 cordas, colocou todo mundo no bolso, com seu caminhão de hits que fez a galera pular e dançar a noite inteira. Com um pouco mais de uma hora e quinze minutos ele toca mais um medley com "Sereia, "De repente California" e "Como Uma Onda", a diferença é que a famosa batida original foi trocada por, como ele mesmo disse, por um "tamborzão nervoso" ,semelhante ao do batidão do Funk do famoso baile "Castelo das Pedras", que ficava bem próximo de onde estávamos. Inclusive Lulu disse que já o prestigiou por várias vezes. Com isso, deixa o palco, fazendo começar o coro de "mais um, mais um".
Voltando, ele faz questão de apresentar os músicos da banda, e diz que está feliz de voltar a fazer shows, e que fazia tempo que não se apresentava ao vivo, e pra finalizar, toca "Descobridor dos Sete Mares" do grande e saudoso Tim Maia.
Diversão garantida.

SETLIST:
1- Toda Forma de Amor / Um Certo Alguém / Último Romântico
2- Condição
3- Na Boa
4- Tudo Azul
5- Tempos Modernos
6- A Cura
7- Duplo Mortal
8- Um pro Outro
9- Tudo Bem
10- Música Inédita
11- Sábado a Noite
12- Aviso aos Navegantes
13- Tudo Igual
14- Já É
15- Assim Caminha a Humanidade
16- Baby de Babylon
17- Sereia / De repente California / Como Uma Onda
Bis:
18-Descobridor dos Sete Mares

17 de Abril de 2010 - O TERÇO NO TEATRO RIVAL - Rio de Janeiro


O local era o tradicional Teatro Rival, na Cinelândia, no Centro do Rio. O público era basicamente dividido entre fãs de Flávio Venturini (em sua maioria mulheres), e senhores na casa dos 50 anos, fãs de Rock progressivo, com suas surradas camisetas de bandas como Yes, Pink Floyd e Rush. No meu caso, pertenço aos dois grupos, gosto muito do Flávio, e apesar de ainda estar com 33, adoro Progressivo. Confirmei que não sou o único caso, pois havia uma galera jovem, alguns até mais novos que eu, provando que a chama do Progressive Rock ainda se mantém acesa.
Foi a primeira vez que fui ao Rival, apesar de ter trabalhado o ano passado todo, numa clínica que fica na mesma rua. Gostei muito, o som é ótimo, a banda fica bem perto da platéia, o ar condicionado é bem potente (deu até pra sentir frio). Só não gostei de que ao invés de haver apenas cadeiras, como normalmente acontece em teatros, as pessoas se sentavam em mesas, ficando muitas vezes de lado para o palco, como nos canecões e citibank halls da vida.

O Terço é uma das bandas mais importantes do Rock Brasileiro, criada pelo guitarrista Sergio Hinds no final dos Anos 60, e já contou com inúmeros músicos ao longo dos anos, e na verdade nunca acabou. A formação do show é a mesma de 1975, que lançou os dois discos mais populares e importantes da carreira da banda, "Criaturas da Noite" e "Casa Encantada": que conta além de Hinds, com Flavio Venturini (teclados e voz), Sergio Magrão (baixo e voz), com exceção do baterista Luiz Moreno, que é falecido, e foi substituído pelo excelente Sergio Mello. Ao ver Mello tocar, senti uma forte ligação; o estilo, a pegada forte, as viradas; não sei como explicar, era como se eu estivesse assistindo a mim mesmo tocando bateria. Quero deixar claro, que ele é infinitamente melhor do que eu, muito mais técnico, um verdadeiro monstro nas baquetas e muito superior a mim. Mas via ele tocando e pensava: "Caramba, eu teria feito a mesma coisa, ou ao menos tentaria...". A provável a explicação é que temos as mesmas referências e influências: Neil Peart, Phil Collins, John Bonhan, Carl Palmer, entre outros.

O show começou com Flavio puxando a música errada, ele pára, pede desculpa, e avisa que não era a hora daquela ainda, então, finalmente a banda abre com a inédita "Antes do Sol Chegar". Depois aparecem os velhos clássicos como "Tributo ao Sorriso" e a instrumental "1974", cheia de climas e de mudanças de andamento, viajante como todo Progressivo deve ser.
Os arranjos fazem lembrar de Genesis, Focus e Yes, mas estão longe de serem imitações baratas. O interessante é que tocam de uma forma até simples, o que se destaca é a beleza das melodias e dos timbres escolhidos. Os músicos tocam muito bem, mas a emoção é sempre valorizada, ficando o virtuosismos no peso do baterista, e nos teclados de Venturini.

Com Hinds no violão de 12 cordas, e Flavio no de 6, eles fazem uma espécie de set acústico, tocando a bela "Casa Encantada" e "Queimada" com um forte acento de música caipira.
Os espectadores se entusiasmavam mais durantes as instrumentais, e sempre havia gritinhos e aplausos depois de um belo solo, ou de alguma passagem mais emplogante. Antes de executar "Ponto Final", a dedicam a Moreno, autor da canção.
Sergio Hinds avisa que estavam vendendo o CD e DVD ao vivo (lançados em 2007) na lojinha do Rival. Ele explica que o DVD virou raridade porque a Som Livre retirou do mercado pouco tempo depois de lançar, por problemas de direitos autorais. E realmente, eu não consegui encontrá-lo nas lojas, e antes de ir embora não deixei de comprar o meu. O guitarrista arranca riso de todos, ao falar pro pessoal comprar pra ajudar ao Flavinho que está muito pobre.
A minha favorita é "Criaturas da Noite", sem dúvida. E foi muito bem executada, iniciando com Flávio Venturini sozinho, cantando e tocando seu teclado, e depois os outros integrantes entrando num belo solo de Hinds.
"Hey Amigo" foi tocada no Bis, fazendo a galera pular e bater palma acompanhado o grande Riff de guitarra. Um showzaço pra ficar na memória,e mostrar que o Terço é a mior banda de Rock Progressivo do Brasil, ao lado do Sagrado Coração da Terra

SETLIST:
1-Antes do Sol Chegar
2- P.S. Apareça
3- Tributo ao Sorriso
4- 1974
5- Jogo das Pedras
6- Casa Encantada
7- Queimada
8- Foi Quando Eu Vi Aquela Lua Passar
9- Pássaro
10- Ponto Final
11- Sentinela do Abismo
12- Criaturas da Noite
13- o Vôo da Fênix
14- Suíte
15- Cabala
16- Flor de La Noche
17- Hey Amigo

COMPENSAÇÕES...

É verdade, estou a bastante tempo sem postar nada. Sim, devo desculpas....
Mas pra tentar amenizar a minha ausência, uma compensação abaixo:


É ela mesma: Ana Hickmann. E olha que nem gosto muito de mulher muito alta. Mas dá pra abrir uma exceção.


Além de ter ficado longe do Blog, não fiz nenhuma menção ou desjei uma "Feliz Páscoa" para meus leitores. Pra compensar:

Você não reonheceu o "bombonzinho"? É a Cacau, da última edição do Big Brother, que apesar de nunca tê-la visto no programa, já virei fã do grande talento da moça.


Imagino que algumas pessoas vão chiar, dizendo que nenhuma delas é cantora ou musicista, que não tem porquê colocar fotos dela no Blog. Me defendo dizendo que tudo é Arte. Sem contar que a foto da Ana é bem Rock and Roll.
Mas beleza, então aí vai uma foto de uma cantora:

É a Rihanna. Conselho: aprecie a foto, esqueça sua música.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

10 de ABRIL - 40 ANOS DO FIM DA MAIOR BANDA DE TODOS OS TEMPOS: BEATLES










Nesse sábado, dia 10 de Abril, completou 40 anos do fim oficial dos Beatles, que é até hoje considerada a maior banda de todos os tempos. Por vários motivos, entre eles por ser a de maior sucesso comercial, a que gravou e lançou os melhores, mais elogiados e cultuados álbuns; e principalmente por serem responsáveis pela criação de inúmeras músicas maravilhosas.
O anúncio do fim, foi feito em 1970 por Paul McCartney, junto com a divulgação do lançamento de seu primeiro disco solo. Um mês depois, foi lançado o derradeiro LP "Let it Be", que fora gravado em 1969 no projeto-documentário "Get Back" (lançado nos cinemas como "Let it Be"), antes da gravação do LP "Abbey Road". A notícia abalou o mundo inteiro, mas principalmente causou um grande mal estar entre seus companheiros de banda. O que pode ter sido o motivo dos Beatles nunca mais terem se reunido, nem mesmo para comemorações ou apresentações ao vivo; culminando com o fim do sonho, com o assassinato de Lennon em 1980.















É verdade que Lennon já estava noutra, e ele já havia comunicado aos outros Beatles que estava fora da banda. Mas Paul pediu que repenssasse, ou que pelo menos ainda não anunciasse puplicamente o fim do quarteto. Por isso, John ficou extremamente magoado com decisão do baixista em convocar a Impressa pra avisar de sua saída. Para Lennon isso bateu como uma traição, e uma jogada de marketing de McCartney para promover seu álbum solo. Isso abalou e muito a já desgastada amizade entre os dois. John Lennon compôs "How do you sleep?" inspirado no incidente, aonde na letra dá várias alfinetadas em Paul. A canção foi lançado no LP "Imagine" (1971) e contou com a participação da guitarra de Harrison. A letra, a tradução e comentários da música, estão no final da postagem.
George Harrison se chateou com Paul, mas na verdade ficou aliviado. Ele já tinha tentado sair durante as gravações do filme "Let it Be", mas foi convencido a voltar. George estava insatisfeito com a dificuldade de colocar suas composições nos álbuns dos Beatles, e de saco-cheio dá má vontade de John e Paul em tocar suas músicas. Harrison sempre foi o membro menos apegado a fama, e foi provavelmente o que conseguiu reagir melhor a situação, lançando o mais bem sucedido e aclamado álbum solo de um beatle em carreira solo: o LP Triplo (duplo em CD)"All Things Must Pass".
Sem dúvida, a notícia foi muito mais dolorosa pro Ringo Starr. O baterista considerava John, Paul e George como os melhores e maiores amigos da sua vida. Ele sempre tentou amenizar as brigas, e servir como ponte pra fazer as pazes entre os integrantes da banda. Sempre se preocupou em manter o grupo unido, apesar já ter abandonado os Beatles durante as gravações do "White Album" em 1967, por se sentir preterido, e muitas vezes inútil para a banda; o caso foi resolvido com os outros componentes indo atrás de Ringo pra tentar encher seu ego, e mostrar sua importância para os Beatles. Com a dissolução da banda, ele continuou mantendo bom relacionamento e amizade com os três, sempre participando das gravações e apresentações ao vivo ao lado de seus ex-companheiros; claro que nunca com os quatro juntos.



















Só em 1994, que Paul, George e Ringo finalmente se reuniram para gravar entrevistas que foram juntadas a velhas entrevistas de John onde eles contaram a história do grupo, no projeto "Antholgy". A união também serviu para a gravação de duas músicas ("Free As a Bird" e "Real Love"), onde foram utilizadas gravações caseiras de Lennon. As canções foram lançadas em 1995, junto com uma coleção de 3 CDs duplos, oito VHSs, e mais tarde cinco DVDs.


Na letra de "How Do You Sleep", Lennon se refere a Paul como "Sargento Pimenta", já que a consepção do disco e da música título de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" foi de McCartney. John faz referência a boatos que surgiram na década de 60, que falavam que McCartney estava morto: "Aqueles malucos estavam certos / Quando disseram que estava morto". Os versos mais emblemáticos são: "A única coisa que fizeste foi Ontem (Yesterday), E desde então você não passa de Outro Dia (Another Day)"; querendo dizer que desde "Yesterday" Paul não compões nada de bom, e hoje o máximo que consegue é "Another Day", título do primeiro sucesso solo.
Ataca também o rostinho bonito de Paul, e ferinamente diz que não iria durar para sempre. E finaliza dizendo que McCartney deveria ter aprendido com ele alguma coisa durante todos aqueles anos de convivência e parceria, e que sua música soa para Lennon como "muzak" (algo como "Música de elevador").
É John Lennon destilando veneno, e colcando pra fora ódio e rancor, com o auxílio luxuoso de Harrison com sua guitarra gentil e chorosa.

terça-feira, 6 de abril de 2010

04 de Abril de 2010 - GUNS N'ROSES NA APOTEOSE - EU FUI... OTÁRIO DE TER IDO NO SHOW...

Eu sei, com o adiamento do show por causa das fortes chuvas, eu tinha a chance de pegar o dinheiro de volta... Mas não peguei.
Eu sabia que na verdade se tratava de um show solo de Axl, e não uma apresentação do Guns N’Roses; e nem sou fã da banda.... Mas fui à Apoteose.
Nas outras 3 oportunidades em que assisti o vocalista, houve atraso de horas. Então se você me perguntar por que fui ao Sambódromo no domingo. Só posso responder uma coisa:
- Porque sou um otário!
Fomos de carro até o Shopping Nova América, e de lá usamos o Metrô. Chegamos ao local por volta das 20:15h, e deu pra conferir e conhecer um pouco da banda carioca Majestike, que começou às 20h, tocando por meia hora. Gostei principalmente das guitarras, e o som estava bom, coisa muito rara em se tratando de bandas de abertura nacionais em eventos desse tipo. Tinham comentado comigo que parecia com Evanescence, mas a única coisa que vi em comum foi o vocal feminino. Que alíás, não gostei da vocalista; não vou execrá-la porque sei que a pouca experiência e o nervosismo de estar num palco mega pra milhares de pessoas, atrapalha e muito na perfomance. Não dá pra saber se a menina estava com algum problema no retorno. Nunca ouvi nada deles antes, então não quero julgar a qualidade da cantora. Mas verdade seja dita, ela desafinou e muito, a ponto de me irritar. E como de costume a galera impaciente vaiava, e gritava "Guns! Guns!", e só conseguiram conquistar o público na última, fazendo uma cover da sensação do momento: Lady Gaga (não entendo porque tanto alarde com essa mulher).

Por volta das 21:30h, o ex-vocalista do Skid Row, Sebastian Bach (esse nome artístico é uma heresia), que participa de toda a turnê latino-americana do Guns N' Roses, e é amigo pessoal de Axl. Abrindo com "Slave to the grind", com um som horrível e mal regulado, que foi sendo melhorado, até ficar excelente na terceira música. O cara mostrou estar em boa forma, cantando com afinação e empolgação os sucessos de sua antiga banda como "Monkey business", "Big guns" e as baladas "18 and life" e "In a darkened room", além de canções de seu disco solo lançado em 2007, "Angel down", e uma versão para o clássico "Back in the saddle", do Aerosmith. Parte da platéia ensaiou um "Parabéns a Você", já que o moço completou 42 anos na véspera. Tenho que admitir que fui fã de Skid Row na adolescência, e foi bacana ouvir coisas como "I Remember You". Outro ponto a favor foi a qualidade dos músicos da banda que o acompanharam, principalmente o baterista Bobby Jarzombek. O cara é fera, pegada forte e bumbo duplo marcante, e era merecidamente saudado a todo hora por Sebastian que pedia pro público gritar "Bobby! Bobby!". Além disso, lia várias frases em portugûês; mas teve como ponto contra: o excesso de pedidos de coros de "Guns And Rose! Guns N"Roses!" que fazia, pra conquistar os fãs de Axl, e pra fazer um pouco de média. É verdade que mais de 90% das pessoas não vieram para vê-lo, mas ele tem talento, peso e sucessos suficientes pra não precisar de tanta apelação.
A apresentação de Sebastian Bach durou pouco mais de uma hora, e antes das 23:00h, a equipe da atração principal já estava com tudo pronto a espera de Axl, e parte deles se ajeitaram pra tirar um ronco, como no flagra da foto abaixo, que tirei:

Mas Axl, tinha que sacanear os cariocas, como fez com os paulistas, mineiros, e brasilienses. Com mais de duas horas e meia de espera, e muita gente revoltada, xingando e tacando latas na equipe, que jogava de volta pro público, num príncípio de confusão. Já passava de uma da manhã, quando finalmente o novo Guns N´Roses inicia a apresentação. Alguns ainda vaiavam e outros faziam corinhos ofendendo a progenitora de Axl, mas a maioria deu uma de mulher de malandro, entrando em delírio e aplaudindo com os primeiros acordes de "Chinese Democracy".
Axl Rose colocou todos no bolso com "Welcome to The Jungle". E dominou geral ao tocar mais duas do seu melhor disco "Appetite for destruction" (de 1987): "It's so easy" e "Mr. Brownstone".
Assim como em 2001, Axl montou um grupo de excelentes músicos, com destaques pros 3 guitarristas. Ron Bumblefoot é o mais técnico, com uma guitarra de dois braços (com um deles fretless, sem trastes), ele ficava com as partes mais complicadas dos solos. Richard Fortus, de visual Emo, geralmente fazia as bases, mas quando exigido, mostrava eficiencia solando.
O mais novo na banda, DJ Ashba foi com certeza contratado para ser o "Slash Cover", tocando a maioria dos solos; e imitando seu antecessor mais famoso discaradamente na postura de palco, no modo de ficar com as pernas dobradas, no modelo e cor de guitarra Gison, e até mesmo no visual: cartola e cigarro no canto da boca. Achei no mínimo desnecessário, mas os fãs pareceram adorar tudo isso.
Por falar em visual, Axl já teve momentos melhores. Visivelmente inchado, principalmente o rosto, e com um bigode à James Hetfield. Usou chapéu quase o tempo todo, e quando estava sem, usava uma espécie de bandana, provavelmente pra esconder uma calvície.
Os três guitarristas tiveram seus momentos solos. Fortus solou o tema de James Bond, que precedeu "Live and Let Die", que na versão original de Paul McCartney foi trilha sonora de "Com 007, Viva e Deixe Morrer" de 1973. Bumblefoot tocou o famoso "Tema da Pantera Cor de Rosa" de Henry Mancini. O tecladista Dizzy Reed, que toca a vinte anos com Axl, também teve direito a seu solo de piano, que achei bem fraco. É claro que isso tudo não servia apenas pra ilustrar o show, ou mostrar a qualidade dos músicos; o motivo real era dar a possibilidade do vocalista descansar a voz.
O som que começou ruim na primeira música, ficou perfeito já na segunda, um dos melhores que presenciei na Apoteose. A voz de Axl Rose ficava clara e potente nas canções novas como "Sorry" e "Better Play", mas nitidamente ele se guardava e cantava mais baixo nas mais conhecidas, provavelmente por saber que nessas todo mundo iria cantar junto, e que nas do disco novo todos estariam prestando mais atenção.
Luzes, explosões e efeitos também foram destaque. No centro do palco havia um telão, com mais quatro telões verticais, que também eram usados em efeitos. Se somavam a estes mais dois laterais, que mostravam imagens muito bem captadas pelas câmeras.
Axl Rose sabe mesmo escolher covers, além da já citada "Live and let Die" e de "Knockin' On Heaven's Door" já gravadas pelo Guns N'Roses, foram tocadas no show "Another Brick In The Wall - Part II" do Pink Floyd", e a surpresa da noite "Whole Lotta Rosie" do AC/DC.
O repertório foi bacana, ficaram de fora alguns sucessos radiofônicos como "Civil War", "Don’t Cry" e "Used to Love Her", mas acho que não fizeram falta. Mas pra mim faltou "My Michelle" que foi tocada nos outros shows do Brasil, mas foi deixada de fora no Rio.
Fecharam com o rockão "Paradise City" com direito a fogos de artifício e chuva de papel picado, terminando o show por volta das três e meia da madrugada.
A apresentação não foi ruim, mas a palhaçada de Mr.Rose em atrasar a sua entrada, deixou a todos exausto, e com certeza muita gente foi embora antes do fim, e o público total do show de Sebastian Bach foi bem maior que o da atração principal.
Na volta, encontramos o Metrô fechado, fomos obrigados a pegar um taxi até o Nova América, e contamos com a boa vontade do segurança em abrir o estacionamento pra pegarmos o carro.
Tudo por causa do estrelismo e da falta de profissionalismo de um artista em total decadência. Na verdade a culpa foi minha de ter sido otário de ter pago pra ver esse garoto Mimado e rebelde sem causa.

SETLIST:
1. Chinese Democracy
2. Welcome To The Jungle
3. It's So Easy
4. Mr. Brownstone
5. Sorry
6. Better Play
7. Richard Fortus Guitar Solo (Tema de "OO7")
8. Live And Let Die (Paul McCartney cover)
9. This I Love
10. Rocket Queen
11. Dizzy Reed Piano Solo
12. Street Of Dreams
13. You Could Be Mine
14. DJ Ashba Guitar Solo (Ballad Of Death)
15. Sweet Child O' Mine
16. Another Brick In The Wall - Part II(Pink Floyd Cover)
17. November Rain
18. Bumblefoot Guitar Solo (Pink Panther Theme)
19. Knockin' On Heaven's Door (Bob Dylan cover)
20. Nightrain
BIS:
21. Madagascar
22. Instrumental Jam
23. Whole Lotta Rosie (AC/DC cover)
24. Patience
25. Paradise City