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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

QUATRO ATRAÇÕES CONFIRMADAS PRA PRIMEIRA NOITE DO ROCK IN RIO: ELTON JOHN, KATY PERRY , RIHANNA E CLÁUDIA LEITE

A organização do Rock in Rio acabou de confirmar três novos artistas internacionais na escalação do festival: Katy Perry, Rihanna e Elton John. Eles se apresentam no dia 23 de setembro, primeiro dia do evento, que terá também a brasileira Claudia Leitte. Por enquanto, desparado a pior noite do Festival.
Será a terceira vez que Elton John se apresentará no Brasil, e parece que caiu de paraquedas, porque ele não tem nada a ver com as demais atrações. Conferi seu show na Apoteose (RJ) em Janeiro de 2009, e lamento muito sua escalação pra esse dia.
Esta será a primeira vinda de Katy Perry e de Rihanna ao Brasil. Katy é é uma das artistas pop mais requisitadas do momento. Rihanna finalmente se apresentará no país, depois de cancelar uma turnê que havia sido anunciada em novembro do ano passado.
Assim como Cláudia Leite, as duas são bem gostosas, fato que por si só não me estimula a comprar ingresso pro primeiro dia do Festival. Provavelmente assistirirei pelo canal Multishow (que está prometendo transmitir o Rock In Rio ao vivo) e darei umas olhadas de leve nas outras apresentações pra ver as meninas rebolando.

SHOW DE BEN HARPER SERÁ EM SANTA CATARINA

Saiu o resultado:Ben Harper vai se apresentar em Florianópolis no dia 5 de fevereiro, na praia de Campeche.
No site do evento, chamado "Praia Skol Music", foi realizada uma votação aberta ao público com três cidades listadas. Também fizeram parte da enquete Maresias (SP) e Búzios (RJ). Os votos dos internautas foram computados até segunda-feira (dia 24). A praia vencedora teve 51% dos votos, contra 25% de Búzios e 24% de Maresias.
Se fosse em Búzios eu até iria...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUEM FALOU QUE IR À SERRA SÓ É BOM NO INVERNO? - FERIADÃO EM PENEDO

Depois da lamentável tragédia nas cidades de Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, estava quase desistindo  da viagem a Penedo; afinal também é uma região de serras, apesar de ser bem distante das regiões afetadas.
Com o hotel já reservado, decidimos ir, e não nos arrependemos. Penedo fica a menos de 200Km do Rio de Janeiro, com acesso bem fácil, numa viagem bem rápida, principalmente quando não se pega trânsito na Dutra no trecho que passa pela Baixada Fluminense; o que infelizmente não foi o nosso caso, porque ficamos parados no congestionamento por quase uma hora, até chegarmos em Nova Iguaçu.
Chegamos na cidade na quinta-feira, por volta das 15h. Ficamos no Hotel Vilar Formoso, localizado próximo ao centro. Aconchegante, e charmoso pela simplicidade, e com caprichado café da manhã incluído na diária.
Resolvemos sair só pra jantar, e passeando com o carro, vimos uma placa que indicava a direção do Restaurante Koskenkorva. Fiquei curioso porque conhecia um excelente restaurante com o mesmo nome em Jacarepaguá, que infelizmente não existe mais; e cheguei a estudar no segundo grau com o filho dos donos.
Guiados pelas placas, chegamos ao Koskenkorva, que fica quase em frente a famosa Pousada Suarez. Especializado em comida finlandesa e alemã, mas que oferece também 60 pratos diversificados entre trufas, salmões, vegetarianos e grelhados, possui dois ambientes. Num belo cenário, enfeitado com belas esculturas de madeira, com visão para o Rio das Pedras.
A noite estava maravilhosa, pra completar o garçon acendeu as velas do castiçal; mais romântico impossível.
Pedimos um prato que vinha um pouco de cada coisa do que a cozinha alemã tem de melhor: 3 tipos de salsichas com temperos finos, chucrute (repolho refogado com cerveja), croquetes de carne deliciosos, eisbein (joelho de porco), e carré, acompanhados de batatas filandesas, arroz com brócolis e mostarda. Uma delícia!
Perguntei ao garçon se o estabelecimento tinha algo a ver com o Koskenkorva de Jacarepaguá. Ele respendeu que tudo, pois o de lá era o original, que o casal de donos se separaram, a esposa ficou com o do Rio, e o marido com de Penedo. Mais tarde a ex-mulher vendeu o restaurante e atualmente trabalha com turismo na embaixada da filandesa. Quando contei que era amigo do filho do dono, o rapaz ficou super feliz, e foi chamar Martti Vartitta, o simpático e bonachão propetário da casa. Alegre e divertido, ele conversou bastante com a gente, e juntos demos boa gargalhadas. De repente, assim do nada, caiu um temporal daqueles. Comecei a ficar preocupado, imaginando que poderia não conseguir voltar ao Hotel. Mas jantamos sem pressa, nos despedimos, e fomos pro carro encarar a chuva. Graças a Deus, meia hora depois a tempestade foi perdendo força, e no dia seguinte nem parecia que tinha chovido, pois o sol brilhava intensamente.
Acordamos, tomamos um gostoso café da manhã, e fomos conhecer as belezas da cidade. Pegamos informações com o recepcionista, que nos ensinou o caminho para as cachoeiras.
Paramos logo na primeira que localizamos. Lugar belíssimo, com várias pequenas cachoeiras, com tobogãs naturais, e famílias se divertindo, e alguns "farofeiros" que não deixaram de levar o frango, a maionese, o isopor, e o pagode nas alturas.
Apesar desses vizinhos pitorescos, e da água geladíssima, deu pra curtir bastante, e só saímos quando a fome apertou. Descemos para o Centro, e almoçamos no Bucanero. Pedimos uma moqueca de camarão, que nós classificamos apenas como boa.
Depois andamos pela cidade, conhecemos a "Casa do Papai Noel", e experimentamos os deliciosos sorvertes filnadeses artesanais. Recomendo o de nozes.
No dia seguinte, fomos para a Cachoeira de Deus, claro que antes rolou aquele café da manhã reforçado. Pra chegar nessa cachoeira, o acesso é mais difícil, entra-se numa pequena trilha na mata, mas nada muito complicado. E vale muito a pena... Um paraíso.
Aproveitei pra exercitar meu talento como fotógrafo da Natureza. Confira (Rsss):
Nessa as quedas d'água são maiores e mais bonitas, e as pedras são bem mais escorregadias, tomei um tombaço, mas nem fiquei envergonhado, porque raros foram os que não cairam de bunda na pedra.
Fechamos o sábado, jantando num rodízio de japonês bem bacaninha. Voltamos pro Rio no domingo, por volta do meio dia, mas com a promessa de voltarmos. Recomendo muito visitar essa região no verão, que é considerado período de baixa temporada, onde tudo é mais barato. Sei que deve ser gostoso curtir o frio da Serra no inverno (na alta temporada), mas foi uma delícia curtir o sol, as cachoeiras, os restaurantes, o bonito e charmoso Centro, e as noites de verão em Penedo.
EU E MELL PEGANDO UM SOLZINHO GOSTOSO...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

20 ANOS DA SEGUNDA EDIÇÃO DO ROCK IN RIO - MINHAS LEMBRANÇAS DO FESTIVAL

Em janeiro de 1991 eu tinha 14 anos e estava empolgadíssimo com a tão aguardado Rock In Rio II, afinal tinha ido na primeira edição em 1985 (veja a postagem 25 ANOS DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO ROCK IN RIO - MINHAS LEMBRANÇAS DO FESTIVAL ). Infelizmente não foi realizado na "Cidade do Rock" e sim no "longíquo" Maracanã; pois era assim que eu via aquele estádio na época, pois vivia, estudava e só andava por Jacarepaguá e Barra da Tijuca, tudo que era pra além da serra Grajaú-Jacarepaguá considerava uma viagem...
Acompanhava as notícias das atrações que eram confirmadas pela MTV, TV Globo e pelos jornais escritos, é verdade que tinha muita porcaria: Dee-Lite, Information Society, Debbie Gibson, New Kids on the Block, e SNAP; mas também tinha uma galera de peso que se apresentaria no Brasil pela primeira vez como Prince, Santana, Megadeth, George Michael e Joe Cocker.
Comprei ingresso pra o dia 20 de janeiro, que era considerado o melhor pra quem curtia Rock mesmo, com duas das melhores bandas nacionais (Barão Vermelho e Titãs), uma banda iniciante e inovadora com clipe estourado na recém nascida MTV Brasil (Faith No More), o grupo mais badalado da época (Guns N'Roses), e o "Deus da Voz" e lendário vocalista do Led Zeppelin (Robert Plant).
O que parecia perfeito começou a azedar: na véspera do início do festival foi anunciado que Plant havia desistido de participar, o motivo alegado foi a "Guerra do Golfo" que acabara de começar, e o cantor temia ter problemas nas viagens de avião; até hoje não foi explicado a causa verdadeira. Ele tocaria em duas noites, e foi substituído na primeira por Billy Idol e na segunda por Santana. Fiquei frustadíssimo, já era um fã alucinado do Led Zeppelin e era um sonho ver um show, mesmo que solo do Robert Plant, felizmente anos mais tarde assisti a duas apresentações suas, uma delas junatamente com Jimmy Page.
No dia 18, acompanhei a abertura do Rock In Rio pela televisão, a Globo mostrava os "melhores momentos" dos shows de abertura, e passava ao vivo a duas últimas atrações de cada noite. Pude conferi algumas músicas de Jimmy Cliff (que abriu o Festival, substituindo Gal Costa que foi outra que desistiu de participar) e Colin Hay (ex vocal do Men at Work); e assisti na íntegra o lendário Joe Cocker e o genial Prince.
Da mesma forma no dia seguinte estava de frente à TV pra ver flashes de Supla, Engenheiros do Hawaii, e boa parte dos shows de Billy Idol, INXS (que tinha um caminhão de hits que não ignorava que eram deles) e Santana que literalmente botou pra quebrar.
Durante a transmissão foi dada a notícia de que o Barão Vermelho desistira de tocar por não conseguir realizar a passagem de som, e fora substituído pelo Hanoi-Hanoi. É claro que fiquei revoltado, a noite perfeita estava ficando bem meia boca.
Mas chegou a minha hora de ir ao Rock In Rio, fomos de ônibus eu, meu pai, meu irmão, meu amigo João Paulo e seu irmão. Ao chegarmos no estádio muita bagunça, empurra-empurra, sufoco e desogranização pra entrarmos no Maracanã. Ao chegarmos no gramado, os Titãs estavam passando o som. Todas as edições do Rock In Rio tradicionalmente desrespeitam e boicotam os artistas nacionais: um absurdo o Barão não poder passar o som, e uma banda do porte dos Titãs terem que regular o equipamento com o público entrando no estádio.
Finalemente, na hora marcada o Hanoi-Hanoi abre, com a galera gritando "Barão! Barão!". Colocaram os caras numa fria, com todo o respeito ao grupo, eles não tinham cacife pra tocar num evento como aquele, principalmente substituindo uma banda tão famosa. O baixista e vocalista Arnaldo Brandão, músico cascudo que já fez parte de conjuntos importantes como A Bolha e Brylho e já tocou com Mick Taylor (ex guitarrista dos Rolling Stones), usou algumas das canções que compos em parceria com Lobão e Cazuza (como "Rádio Blá" e "O Tempo Não Para") pra tentar conquistar o público, pois o Hanoi-Hanoi só tem um grande hit: "Totalmente Demais".
Os Titãs eram ao lado da Legião Urbana, a mais bem sucedida e famosa banda de Rock do Brasil. Com grandes discos lançados, eles fizeram uma apresentação com sucessos do começo ao fim, com a galera cantando o tempo todo. Dominaram o público com maestria e fizeram um dos melhores shows do Festival, sem dúvida o melhor de uma atração nacional, sendo obrigados a fazer bis, e depois voltar ao palco mais uma vez pra agradecer aos gritos de "Titãs! Titãs!".
Alguns anos depois vi numa entrevista que enquanto os Titãs tocavam, Mike Bordin do Faith No More sentou em sua bateria que já estava montada e começou a praticar e fazer aquecimento. Isso mesmo, a organização permitiu que esse absurdo ocorrece.
A surpresa do Rock In Rio II foi o Faith No More. Todo mundo já conhecia "Epic" que tinha um clipe muito bom, apesar de bizarro, e a música misturava Rap, com guitarras "sabbathianas", teclados, bateria pesada, e acabava com um solo de piano que era tocado enquanto um peixe se contorcia fora d'água.
O vocalista Mike Patton era um alucinado, e o som era realmente inovador, pesado e criativo. Teve direito a cover de Black Sabbath ("War Pigs") e foi finalizado com a doce balada "Easy" dos Commodores, numa antítese a tudo que foi mostrado antes; antológico.
Graças a participação no festival, o FNM passou a ser uma das bandas estrangeiras mais cultuadas do Brasil na época, tanto que o grupo voltaria ao país meses depois para uma mini-turnê.
Sem Plant, tivemos que nos contentar com Billy idol, que até fez um show legalzinho, com alguns hits bacanas como "Dancing With Myself", "Rebel Yell" e "Eyes Without a Face",com direito a The Doors em "L.A. Woman". Ele ainda tinha um sucesso na época por causa do clipe de "Cradle Of Love", que passava direto na MTV, e mostrava um Nerd que recebia a visita de uma ninfeta deliciosa.
Durante as apresentações das bandas estrangeiras eram mostradas no telão legendas eletrônicas com a tradução de algumas coisas que os artistas falavam. Isso gerou uma situação engraçada. Terminando sua participação, Idol agradeceu e todos aplaudiram muito ele deixou o palco, e logo em seguida apareceram as legendas: "Obrigado! Pelo dinheiro.", o que gerou uma sonora vaia.
A atração mais aguardada do evento era mesmo o Guns N'Roses. As FMs tocavam porcarias como Erasure e Milli Vanilli, então era como se fosse chegar num oásis ter uma banda tocando Rock de verdade, com grande influência de Led Zeppelin, AC/DC e Aerosmith.
Tinham um vocalista carismático e de voz potente, e um guitarrista estiloso capaz de criar solos que grudam na cabeça, vinham ganhando popularidade, e colecionando hits: "Sweet Child O'Mine", "Paradise City", "Welcome To The Jungle", "Patience", "Used To Love Her" e "Knocking On The Heaven's Door" (cover de Bob Dylan).
Também se apresentariam na noite do Metal, e estavam estreando o baterista Matt Sorum (ex The Cult) e o tecladista Dizzy Reed.
O show foi bem bacana, com direito ao Slash tocando o tema do filme "O Poderoso Chefão", e algumas músicas até então inéditas com "You Could Be Mine" e "Civil War", que seriam lançadas nos álbuns "Use Your Ilusion I e II" no final do ano.
Depois voltei a acompanhar na Globo ao restante do evento: George Michael, Serguei, Ed Motta, A-ha (que era muito popular no Brasil e tocou num dos dias de maior público), Paulo Ricardo que reuniu de surpresa o RPM, Moraes & Pepeu, Roupa Nova.
Vi com atenção especial o Dia do Metal, que foi aberto com Sepultura que era mais conhecido no exterior que no Brasil. Na sequência veio Lobão que intencionalmente pediu pra tocar naquela noite; resultado: a platéia inconformada com o curto show do Sepultura, começou a arremessar latas e e garrafas. A situação ficou pior ainda quando ele levou pro palco a bateria da Mangueira. Com isso, Lobão teve que abandonar o palco.
Além do Guns, se apresentaram Megadeth, Judas Priest com Rob Halford alucinando nos vocais, e Queensryche (banda de Prog Metal que até então eu não conhecia, e passei logo a gostar).
Muito marcante foi a segunda apresentação do Santana, que convidou vários artistas nacionais pra participarem do seu show, numa verdadeira celebração à MPB, entre eles Djavan e Gilberto Gil. Gil estava escalado pra tocar no último dia, mas desistiu pelos mesmos motivos do Barão Vermelho. Confira abaixo, a bela "Oceano" no histórico encontro de Djavan e Santana:

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os melhores CDs e DVDs lançados em 2010 (4) - CD SANTANA - GUITAR HEAVEN - THE GREATEST GUITAR CLASSIC OF ALL TIME

Qual a receita para se fazer um bom disco de Rock? A resposta é difícil, e se eu soubesse ficaria rico...
Mas alguns ingredientes são indispensáveis pra se obter um ótimo resultado:
- Grandes músicas no Repertório
- Excelentes músicos nas gravações
- Um bom produtor
- Participações especiais pra dar um bom molho
Então imagine a isso tudo temperar com boas doses da guitarra iluminada de Carlos Santana. O resultado seria de lamber os beiços com certeza.
No novo disco de Santana tem tudo isso, e ainda a covardia do tracklist ser inteiramente composto por clássicos Rockeiros, e ainda por cima cantados por algumas das melhores vozes do Rock de todas as gerações.
Há anos que seu empresário Clive Davis tentava convencer Santana a gravar esse disco, mas o guitarrista se negava alegando que essas canções eram como "monalisas", e que obras-primas não deveriam ser mexidas.
Até que Santana concordou, convidando vários músicos pra participarem das gravações de cada canção, no mesmo esquema dos seus 3 útimos álbuns.
O disco já abre detonando, trazendo o vocalista de Rock que considero o de melhor da atualidade: Chris Cornell. E o cara simplesmente arrebenta no hino zeppeliano "Whole Lotta Love", numa perfomance que deve ter agradado até Robert Plant.
Santana foi meio descuidado no solo, justamente numa parte fundamental da canção, que ficou soando como um improviso que não encaixou perfeitamente. Mas não chega a comprometer.Confira:


Dos Stones foi escolhida "Can't You Hear Me Knocking", que não é uma escolha óbvia por ser pouco conhecida, apesar de possuir um belo riff de guitarra. Scott Weiland (Stone Temple Pilots e Velvet Revolver) manda bem nos vocais, e juntos conseguem uma versão melhor que a original.
Eric Clapton é homenageado por duas vezes. Primeiro como maior sucesso de sua antiga banda The Cream, com Rob Thomas, o parceiro de Santana no sucesso multipremiado "Smooth", que se sai bem em "Sunshine Of Your Love". E depois na belíssima composição de George Harrison "While My Guitar Gently Weeps", que no original dos Beatles conta com solos de Clapton. Nessa o destaque é a bela voz de India.Arie, a participação do violinistas Yo-Yo Ma, e a boa sacada de substituir os solos iniciais de guitarra por violão de nylon, promovendo um bonito resultado. É claro que Carlos também faz a guitarra chorar de forma gentil e sublime.
Não entendi a presença de uma música do Def Lepard, nada contra a banda, só acho que não está no nivel das demais. Resultado: a mais fraca do CD, apesar do esforço do bom vocalista Chris Daughtry.
Mas o título de pior faixa é "Back In Black". A canção do AC/DC tem mesmo a melodia dos vocais com a métrica bem próxima do Rap, mas transformá-la num Hip Hop teve um efeito catastrófico. Confira:


Ray Manzareck, tecladista original do The Doors faz participação discreta sem fazer nenhum solo em "Riders On The Storm", provavelmente pra não concorrer com os longos e estupendos improvisos de Santana. Nos vocais me surpreendeu o bom trabalho de
Chester Bennington do Linkin Park.
Em "Smoke On The Water", Jacoby Shaddix (do Papa Roach) é outro que me faz mudar meu olhar,ou melhor minha audição (rsss) para seus vocais. Talvez seria melhor escolher uma menos manjada do Deep Purple, mas fora isso ficou bem bacana.
Ouvi comentários que o Van Halen não merecia estar nessa lista. Oras, fora o fato de serem uma excelente banda, seu guitarrista Eddie Van Halen é um dos mais influentes de todos os tempos; mas sem dúvida o Van Halen tem músicas melhores que "Dance The Night Away". O interessante é ver Pat Monahan do Train fazendo a voz bem parecida com David Lee Roth.
O sumido Gavin Rossdale (ex Bush) canta "Bang a Gong" do t-Rex, numa versão OK.
Mas o creme de la creme é mesmo é ouvir "Little Wing" na voz rouca do bom e velho Joe Cocker, o mesmo que estorou em Woodstock, festival que também revelou Santana para o mundo. Hendrix ficaria feliz em ouvir os dois juntos interpretando a sua música com alma. Sinta:


Johnny Lang é outro que se destaca em "I Ain't Supperstitious", o garoto canta muito. E é sempre bom ver Santana arrepiando num Blues, e encerrando o CD com muita classe e feeling.
Aposto minhas fichas que um "Volume 2" virá em breve, porque não saiu nesse álbum a anunciada parceria com Scott Stapp (ex vocalista do Creed) em “Fortunate Son” do Creedence Clearwater Revival). E as injustiças da não inclusão de bandas como Aerosmith, Black Sabbath, Dire Straits poderão ser sanadas.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Reportagem sobre o Led Zeppelin no Jornal do Brasil, em 04 de maio de 1970, Caderno B

Essa quem me enviou foi meu amigo Fernado, baixista da banda de Rock Progressivo Aether. É uma reportagem sobre o Led Zeppelin que saiu no finado "Jornal do Brasil" (que existe hoje em dia apenas na versão on line), no dia 4 de Maio de 1970.
Davam destaque para uma banda que surgia como candidata a ocupar o trono dos Beatles. O desconhecimento era tanto que se achava que a banda se chamava Led Zeppelin II, quando esse "II" era referencia ao segundo álbum do Zep lançado em 1969.
É interessante ler o artigo e ver como o repórter se referia a uma banda até então desconhecida no Brasil, e que na Inglaterra e principalmente nos Estados Unidos já estava mais do que estorada.
A galerinha mais nova tem que entender que naquela época as informações chegavam com muita defasagem. Além de não existir internet, o intercâmbio era muito complicado. Para obter informações era preciso importar revistas pu jornais, o que era dificílimo na época.
Além dissos os LPs demoravam muito pra serem lançados no Brasil, e muitos iam pras lojas com faixas faltando, ou em ordem alteradas. Muitas capas eram modificadas e normalemnte os discos vonham sem encartes. Discos importados eram artigos de luxo, para poucos privilegiados.
A reportagem está na íntegra abaixo, clique para ver em tamanho maior:


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Os melhores CDs e DVDs lançados em 2010 (3) - CD OZZY OSBOURNE - SCREAM

Muita gente acha que Ozzy Osbourne é um velho que por causa do abuso de álcool e drogas se tornou um débil mental sequelado.
Ledo engano, Ozzy ainda é uma das maiores vozes do Rock, continua com suas bem sucedidas turnês mundiais, onde inclusive se apresentará pela quarta vez no Rio de Janeiro (já tô lá).
Sob o comando da esposa Sharon, sua carreira solo já completa 30 anos, com 10 discos de inéditas, um de covers, 5 ao vivo, e dezenas de coletâneas.
"Scream" é seu mais novo CD, lançado no ano passado, e é desparado seu melhor desde o clássico "No more tears", de 1991.
O que me chamou atenção de cara foram os arranjos caprichados e a qualidade do som. Méritos da produção de Kevin Churko, do próprio Ozzy, e da banda que foi quase que totalmente reformulada e conseguiu dar um peso maior ao som clássico do "Madman" sem perder a essência.
Com exceção do baixista Rob "Blasko" Nicholson (famoso por tocar com Rob Zombie) que acompanha Ozzy desde 2003 e participou das gravaçõe do CD "Black Rain", toda banda teve sua formação alterada.
A responsabilidade de substituir nas baquetas o selvagem Mike Bordin ficou a cargo de Tommy Clufetos que trabalhou com Blasko nas turnês com Rob Zombie, e também já tocou com feras como Ted Nugent e Alice Cooper e o próprio Rob Zombie. Clufetos mostra pegada e agressividade na medida certa, principalmente nas levadas arrastadas, que são tão características nas canções "osbourneanas".

Os teclados que são bastante explorados nas mudanças de clima em cada canção são pilotados por Adam Wakeman, filho da lenda viva Rick Wakeman, que é amigo de longa data de Osbourne.

O destaque é mesmo o grego Gus G., o cara que entrou para o seleto grupo de guitarristas que acompanharam Ozzy: Tony Iommi (nos tempos do Black Sabbath), Randy Rhoads, Brad Gillis, Jack E. Lee, Joe Holmes, e Zakk Wylde. Gus apesar de jovem, é um virtuose da guitarra, extremamente técnico, é considerado um dos maiores da atualidade.
A química dos músicos e aquela voz chorona (algumas vezes alteradas por efeitos) já é uma garantia de um discão.
Ok, eu sou fã do Ozzy desde criancinha, mas acreditem: o CD é muito bom.
"Let It Die" abre o disco com Gus mandando uns harmônicos à Zakk Wylde, pra sepois mostrar que sabe deixar sua marca num belíssimo e curto solo. Cheia de mudanças de andamento, refrão forte e boa letra, é uma das melhores.
"Let Me Hear You Scream" é a candidata a hit, daquelas que ao vivo deve ganhar muita força, saberemos se estou certo em breve...
"Soul Sucker" com o riff de guitarra arrastado, mais Ozzy impossivel."Lofe Won't Wait" começa como uma baladinha até explodir num solo insano. O disco todo é cheio de nuances, passagens e variações, o que faz sua audição uma atividade longe de ser cansativa. O maior exemplo disso é "Diggin' Me Down", minha preferida, que é quase progressiva, com direito a introdução de violão que deixaria Steve Howe orgulhoso.
"Crucify" e ""Fearless" mantém alto o nível. A balada "Time" se diferencia das outras tradicionais do Heavy Metal pela levada de bateria pouco comum.
A porradaria volta com força total em "I Want It More" e "Latimer's Mercy". E o álbum fecha com a curta "I Love You All", retirada da célebre frase que Ozzy repete durante os shows para agradecer o carinho e a energia que os fãs sempre lhe deram durante todos esses anos de Pauleira e Rock Pesado.