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sábado, 27 de fevereiro de 2010

SALADA MUSICAL

Imagine fazer uma combinação de sorvete de abacaxi, hamburger, espinafre, e por cima de tudo molho shoyo. Indigesto, não é verdade?
Mas seria surpreendente que essa mistureba hipotética, se transformasse numa deliciosa refeição.
Pois bem, os exemplos abaixo seriam os correspondentes na música; elementos musicais que aparentemente não têm nada em comum, mas juntos resultam em algo novo, inusitado, interessante e muito agradável para os ouvidos.

*Orquestra Brasileira de Musica Jamaicana
-Elementos: BIG BAND + BOSSA NOVA + CHORO + REGGAE E SKA

Idealizada pelo músico e produtor Sérgio Soffiatti e pelo trompetista Felippe Pipeta em 2005, a OBMJ tomou vida apenas em 2008. A idéia inicial era tocar música jamaicana de raiz, mas logo veio a idéia de tocar clássicos da música brasileira com a batida do Reggae e do Ska.
A OBMJ conta nasua formação com Ruben Marley no trombone, Marcelo Cotarelli (Funk Como Le Gusta) no trompete e flugel, Fernando Bastos (Orquestra Paulista de Soul, Banda Cara de Pau) no sax tenor e flauta e Igor Thomaz no sax barítono e alto, Fabio Luchs na bateria, Rafael Toloi no Baixo, Lulu Camargo (Karnak, Pato Fu) nos teclados, além de Pipeta (Sapo Banjo) no trompete e flugel e Sérgio Soffiatti (Skuba) nas guitarras e vocais.
Mesmo com um set de Música Brasileira, a orquestra não deixa de apresentar sua primeira composição original, entitulada "Ska Around the Nation". Remetendo ao ska dos anos 60 com improvisos de quase todos os músicos.
Conheci o som ouvindo a gravação de "O Barquinho / Samba de Verão" na MPB FM, e adorei. Procurei mais coisas na net e gostei de tudo que ouvi.
Abaixo a versão deles de "Águas de Março"



*João Pinheiro no CD "João Canta Sade"
Elementos: SAMBA DE RAIZ + SADE

Com sua voz marcante de barítono, o cantor carioca João Pinheiro faz releituras das canções da cantora anglo-nigeriana Sade, famosa por seus deliciosos swings sempre com uma atmosfera cool e jazzística. São dez faixas gravadas no CD "João Canta Sade" (2007), lançado na Europa como 'João Sings Sade' (gravadora independente Sala de Som), aonde transporta Sade para o universo musical brasileiro. Como em "No Ordinary Love" e "The Sweetest Taboo" através de samba, xote, ciranda, afoxé e outros ritmos brasileiros. "Kiss of Life" ganha versão reggae e "Somebody already broke my heart" vira tango.
Confira o video abaixo, pode apreciar sem moderação:



*Apocalyptica
Elementos: VIOLONCELOS + METALLICA E HEAVY METAL + MÚSICA CLÁSSICA


















Os quatro violoncelistas fundadores do Apocalyptica(Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen, Max Lilja e Antero Manninen)frequentaram a Academia Sibelius, em Helsinque (Finlândia), onde se conheceram e, em 1993, se juntaram para fazer, por diversão, arranjos com violoncelos para músicas do Metallica.
Em 1996, lançaram o seu primeiro álbum, "Plays Metallica by Four Cellos", apenas com covers de Metallica. Em 1998, lançaram o seu segundo álbum, "Inquisition Symphony", que, contém além de Metallica, músicas de Faith No More, Sepultura e Pantera. Aparecem também três faixas originais compostas por Eicca Toppinen.
Atualmente são três violoncelistas e contam ainda na formaçao com o baterista Mikko Sirén.
Em 2007 foi lançado o seu sexto álbum "Worlds Collide", que conta com a participação de Dave Lombardo do Slayer na bateria, Cristina Scabbia do Lacuna Coil, Till Lindemann do Rammstein, Adam Gontier do Three Days Grace e Corey Taylor do Slipknot.
Pra conhecer um video de uma apresentação ao vivo, com a formação atual:



*Korpiklaani
Elementos: FOLK + HEAVY METAL + MÚSICA FOLCÓRICA FINLANDESA

Korpiklaani vem das raízes de uma banda de música folclórica finlandesa chamada Shamaani Duo, criada por Jonne Järvelä em 1993. Teve seu nome alterado para Shaman onde dois albuns foram lançados antes da mudança para Korpiklaani (que significa Clã da Floresta em finlandês). As mudanças de nome foram sempre acompanhadas pela mudança de estilo.
Usando instrumentos tradicionais do metal, juntamente com rabeca, acordeon e percussão folclórica, resultando em um som interessante, äs vezes engraçado.
Confira a música "Vodka"



*Dread Zeppelin
Elementos: LED ZEPPELIN + REGGAE + ELVIS (FASE GORDO)
Imaginem uma banda tocando os clássicos sagrados do Led Zeppelin, em ritmo de Reggae, com um vocalista gordo que é um cover de Elvis Presley. Esse é o Dread Zeppelin, que apareceu no início da década de 90, colocando o Zeppelin de chumbo na batida da Jamaica. Outra características é de misturar canções de Elvis com as do Led, por exemplo, "Heartbreaker Hotel" com "Heartbreaker".
A associação é interessante, pois o próprio Led Zeppelin já gravou um Reggae no perfeito LP "House Of The Holy", com a canção "D`yer M`aker". Elvis também sempre foi uma influência declarada da banda; e o próprio Rei já declara sua admiração pelos precurssores do Metal.
Robert Plant entendeu a homenagem bem humorada, e já fez vários elogios públicos ao Dread Zeppelin.
Abaixo "Immigrant Song", é de chorar de rir...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

BEBA SUA BANDA FAVORITA


Foi lançado uma coleção de vinhos com com rótulos de clássicos do rock, criada pela empresa americana Wines That Rock. Os três primeiros lançamentos, que podem ser adquiridos solo ou num pack, são os vinhos "The dark side of the moon" (Pink Floyd), "Forty licks" (The Rolling Stones) e "3 days of peace & music" (Woodstock).
Como representam nomes conceituados e considerados sagrados para os fãs, os vinhos são de boa procedência e grande qualidade, e já foram aprovados por vários someliers, como Gary Vainerchiuk, que, a pedido da revista americana "Entertainment weekly", provou os três e fez os seguintes comentários:
"É um vinho muito aromático, muito Hall & Oates", disse, referindo-se ao "The dark side of the moon".
"Apurado e complexo como "Purple rain", do Prince", referindo-se ao "Forty licks", dos Stones.
"Fresco e simples como um Chardonay, meio Boyz II Men", tascou no dedicado a Woodstock.
Deu pra perceber que o cara entende tudo de vinho e nada de Rock...

CARNAVAL ROCK'N'ROLL


Era pra ter sido postado durante o Carnaval, mas graças a Oi Velox, que me deixou sem internete e telefone por quase duas semanas, lá vão as minhas dicas para você que não suporta Samba, conseguir curtir um pouquinho essa grande festa pagã. O desse ano já era, então coloque em prática em 2011...

Não sou exatamente um amante do samba, mas aprecio o estilo do ziriguidum, do telecoteco e da malemolência. Mas convenhamos que Carnaval é foda!
Nos dois sentidos da expressão.
É bom porque é um feriadão, quando podemos fazer coisas diferentes , viajar, descançar. Fora o fato de ser uma festa alegre, bem humorada, aonde pode-se viver uma outra realidade, literalmente vestir uma fantasia e sair por aí, distribuindo bom humor. Além do fato da pegação, que pode ser bem aproveitado pelos solteiros ou pelos caras-de-pau.
O ruim está nas aglomerações, confusões, e principalmente na trilha-sonora. Desde os tempos de Noel Rosa que não temos boas músicas no Carnaval. Tá bom, é um pouco de exagero, mas atualmente é terrível. Axé, sambas-enredo repetitíveis e acelerados, e até funk dominam o repertório dos dias de folia.
Um fato que sempre me incomodou e nunca vi ninguém reclamar, é que pra cada Escola de Samba, durante o seu desfile pela Avenida, uma única música é tocada durante mais de uma hora. Desculpem, mas é muito chato...
Imaginem, se acontecesse um mega festival aonde se reuniriam 6 das maiores bandas do mundo. Vizualizem o Pearl Jam tocando por uma hora "Even Flow", seguidos pelo Metallica com "One" por 70 minutos. O U2 subiria ao palco pra tocar "Sunday Bloody Sunday" sem parar; depois os Stones com uma versão gigante de "Satisfaction". Dando lugar pro Rush com "Tom Sawyer" por quase uma hora e meia. Fechando o espetáculo, já amanhecendo Paul McCartney cantaria "Hey Jude" por quase duas horas.
Alguém iria aguentar?
Pois os desfiles das tradicionais agremiações de Samba são exatamente assim.

Pensando nessa galera que quer mudar um pouco, e colocar pitadas de Rock nos quatro dias de folia, sugiro o CD "Carnavelhas" dos já veteranos Velhas Virgens, a maior banda independente do Brasil. Nesse disco eles gravam 17 "marchinhas" com letras de dulpo sentido, ou discaradamente cheias de sacanagem, tocadas com guitarra, pegada Rock'n'Roll e com a tradicional tosqueira do grupo.

Muito engraçado, ele pode ser tocada na íntegra em qualquer festinha carnavalesca que você organizar. Vou destacar a que considero a melhor: "O QUE É QUE VOCÊ TEM NA BOCA MARIA?", confira abaixo:

Esse anos os caras gravaram mais 4 marchinhas que estão disponíveis de graça para dowload em http://www.velhasvirgens.com.br/
Entre elas a regravação de "Samba do Arnesto", numa merecida homenagem aos 100 Anos de Adoniram Barbosa.

Outra música que pode entrar na seleção é "Apogeu e glória do rock'n'roll", composta por Mu Chebabi, e pelos cassetas Beto Silva, Bussunda e Claudio Manoel. Lançada originalmente em 1994, no CD do Casseta & Planeta, intitulado "Pra Comer Alguém", e está presente também na coletânea de 2000 "The Bost of Casseta & Planeta" (foto).
Nesse verdadeiro Samba-Enredo, o grupo canta a história do Rock, desde os seus primórdios, falando das bandas mais importantes e citando o festival de Woodstock. Muito bacana! Abaixo a letra completa e no fim um video de uma apresentação do músico Mu Chebabi intepretando a música. Mas não deixem de ouvir a gravação original que é engraçadíssima.

Apogeu e Glória do Rock'n'Roll'
Casseta & Planeta
Composição: Beto Silva/Cláudio Manoel/Bussunda e Mu Chebabi

Casseta & Planeta
Vem cantar o rock'n'roll
De Bill Haley e seus cometa
Chuck Berry e Elvis Presley
Onde tudo começou

Teve um tal de Woodstock
A maior festa do rock
Ficou todo mundo nu
Cabeludo teve vez
O John Lennon e aqueles três
E a galera dos The Who

Janis Joplin faleceu
Adeus, adeus
Jimmi Hendrix foi também
E eu mesmo já não venho
Me sentindo muito bem

Salve o Led Zeppelin
Zep-pe-lin
A Madonna e o Springsteen
Sei que o rock não morreu
Mas 'tá meio assim-assim

Wa-bop-a-loo-ba
Oh yeah, oh yeah
Camoni Baby
Oh yeah, oh yeah
Taca fogo na guitarra
Faz a sua apoteose
Depois morre de overdose!

[falado]
Vocês querem rock'n'roll?

[público]
Nããão!

BEYONCE - MINHAS OPINIÕES SOBRE A ESTRELA


Beyonce é uma artista no seu auge: ganhadoras de 6 Grammys (só em 2010), ocupando o Topo das paradas musicais, vendendo milhões de discos numa época de downloads. Só no ano passado ela faturou US$ 87 milhões, sem dúvida uma máquina de fazer dinheiro. O grande erro na minha opinião, é que sua carreira artística é voltada fundamentalmente em conseguir aumentar a capacidade dessa máquina produzir mais e mais grana. Como se sua música fosse apenas uma mercadoria, um refrigerante aonde seu fabricante se preocupa cada vez mais em promover a marca, pra aumentar sua venda e consequentemente o lucro.
Por falar em refrigerante, Beyonce participou de alguns comercias da Pepsi, o primeiro foi em 2002 ao lado de Britney Spears e Pink, vestidas de gladiodoras, cantando "We Will Rock You" do Queen (Brian May e Roger Taylor também participaram das filmagens).


Agir dessa forma pra mim é um equívoco porque Beyonce é uma artista fenomenal. Possui uma voz forte, domínio perfeito na técnica, e é pertencente a linhagem das grandes cantoras de R&B, Soul e Blues, como Aretha Franklin, Chaka Khan, Gladys Knight, Tina Turner, Roberta Flack, Diana Ross e Etta James. É verdade que algumas dessas lendas não tiveram o reconhecimento justo, e não lucraram financeiramente como mereciam. Mas isso não pode ser desculpa para direcionar uma carreira para o comercial de fácil assimilação, tornando tudo pasteurizado e artificial.
Seu talento é multifacetado. Além de cantora e exímia mulher de negócios, ela é compositora, produtora, coreógrafa, dançarina e atriz.
Já atuou em sete filmes, o primeiro foi "Carmen: A Hip Hopera", feito pela MTV e só foi lançado na televisão em 2001. No ano seguinte. estreou no cinema em "Austin Powers e o Membro de Ouro", contracenando com o comediante Mike Myers. Em 2003 viveu uma cantora de jazz em "Resistindo às Tentações"; voltando as comédias com duas sequêmcias de "A Pantera Cor-de-Rosa", com Steve Martin.
Prestou homenagem a duas de suas maiores influências: em 2006, em "Dreamgirls" interpretou "Deena Jones", uma personagem inspirada em Diana Ross, aonde foi indicada ao Globo de Ouro pela sua atuação; dois anos depois atuou em Cadillac Records, interpretando a cantara de blues Etta James, gravando a música "At Last" entre outras para a trilha sonora do filme.
Como dançarina a morena literalmente arrebenta. Ela mesma cria suas coreografias que abusam de muita sensualidade, sempre aproveitando sua beleza. Os videos clipes sempre mostram sue belo corpo e seu rebolado hipnotizante.
Beyonce é uma linda mulata com corpo de Rainha de Bateria. Seios fartos que são insinuados em belos decotes; pernas e coxas lindas e grossas, sempre protegidas por grossas, porém invisíveis meias-calça; bundinha redondinha e grande; maquiagem sempre impecável; cabelos tratados com o que se tem de mais moderno. Ou seja, trata-se de uma verdadeira potranca puro-sangue, que ainda utiliza as maravilhas da tecnologia de ponta pra ficar com o visual ainda melhor. Com o talento que tem não precisava, mas seus atributos físicos são um dos recursos mais usados pra promover sua carreira e fazer mais sucesso. Prova disso, é que sempre aparece exuberante nos eventos e premiações que participa, mesmo quando não realiza apresentações ou shows. Veja abaixo, por exemplo o modelito que utilizou numa dessas ocasiões:

Realmente sua produção e marketing são poderosos e muito bem executados. Mas em relação a música, seu trabalho tem a profundidade de um pires. Não acrescenta e não difere em nada com o que domina a parada de sucessos atual. Seu repertório a aproxima de artistas de plástico como Britnaey Spears, Rihanna, Lady Gaga e Jenifer Lopez, e a deixa cada vez mais distantes das verdadeiras Divas Negras já citadas. Diferente de cantoras que mesmo com um forte apelo Pop como Joss Stone, não deixam se preocupar com a qualidade musical do seu repertório, como já havia comentado na postagem sobre o show da inglesinha em Novembro.

É uma pena, é um verdadeiro disperdicio. É como podar uma imponente e frondosa árvore, não a deixando crescer e atingir sua plenitude. Beyonce é uma grande artista, daqueles que aparecem raramente.
Ivete Sangalo declarou que Beyonce é o Michael Jackson de saia. Exageros a parte, concordo com a afirmação, pois ela tem aquele "Q" a mais, um carisma especial das grande estrelas, um algo a mais que faz com que não consigamos tirar os olhos dela, e o já citado enorme talento artístico e musical; características sempre vistas em Michael.
No ano passado, estava eu sonolento vendo a chata premiação do MTV Europe Music Awards (EMA), quando de repente aparece Beyonce deslumbrante, vestida com um corpete vermelho, com direito a luvas e cinta-liga. Acompanhada de várias dançarinas, sua figura morena se destacava como se tivesse brilho próprio, da mesma forma quando se apresentava com seu extinto grupo Destiny Child. Alguém lembra das outras duas meninas que formavam o trio com ela.
Mas voltando ao EMA, durante sua perfomance era impossível desviar a atenção. E acreditem não é só pelo fato de ser muito gostosa, ou por estar usando no palco uma lingerie sensual. Claro que isso ajuda...rssss. O real motivo é se tratar de uma grande estrela.
Veja o video da apresentação e entenda:

Por todos esses motivos gostaria de ter ido a uma das duas apresentações que a cantora realizou no Rio no começo de fevereiro. Os preços altíssimos (que já são de praxe em qualquer evento no Brasil) e suas músicas fracas me desistimularam.
Sem dúvida perdi um verdadeiro espetáculo de dança, efeitos e luzes, com uma grande artista, que nas mãos de produtores e empresários não tão gananciosos, brilharia muito mais, e ganharia lugar entre os grandes nomes da música americana de todos os tempos. Mas infelizmente, se transforma num produto, numa indústria e num mercado aonde a única coisa que realmente importa é o quanto se fatura, Não muito diferente das grandes empresas fabricantes de refrigerantes.
É bom lembrar que refrigerante e música de pouca qualidade não fazem bem a saúde.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CHARLES GAVIN DEIXA OS TITÃS

Hoje li a pior notícia do ano, pelo menos por enquanto: "Baterista Charles Gavin anuncia saída dos Titãs".
Titãs é minha banda nacional preferida, desde que escutei o LP "Cabeça Dinossauro" pela primeira ve; e Charles é co-respensável (ao lado de John Bonhan) por eu tocar bateria.
Não consigo imaginar a banda com outro baterista, a não ser que o baterista seja eu. Sempre sonhei em tocar com os Titãs, mas não no lugar de Charles Gavin, mas ao lado dele, numa jam com duas bateras.
No seu lugar, entrará o músico Mario Febre. Segundo o comunicado da assessoria de imprensa dos Titãs, Branco Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto seguem com a banda e a turnê do novo CD "Sacos plásticos". Charles ainda não se pronunciou sobre os motivos de sua saída.
Lamento muito isso tudo, mais ainda porque perdi a única apresentação que fizeram no Rio de Janeiro da nova turnê.
Espero que seja temporário, e que em breve ele volte às baquetas dos Titãs, afinal trata-se de um dos melhores e mais importantes bateristas do Brasil: criativo, e com uma pegada invejável.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

AVATAR

A revista Rolling Stone americana fez uma brincadeira interessante: organizou um concerto para apoiar a preservação da civilização Na'vi de Pandora contra a ambição destruidora da corporação RDA, com as seguintes superatrações:

- BEATLES:



- MADONNA:



- BONO DO U2:



- O CASAL JAY Z & BEYONCE:



- BRITNAY SPEARS:



- LADY GAGA:

BEYONCE SAI CONSAGRADA NA ENTREGA DO GRAMMY 2010

Não vi a Cerimônia de entrega da 52ª edição do Grammy porque estava no show do Metallica. Mas parece que não perdi muita coisa, a não ser a apresentação do lendário guitarrista Jeff Beck. Ele participou da homenagem a Lester William Polfuss, conhecido como Les Paul, criador do modelo de guitarra da Gibson que leva seu nome. Modelo esse que fez história no Rock com Clapton (durante os anos 60), Jimmy Page, Pete Towshend, Joe Perry, Slash, Zakk Wylde, e o próprio Beck, que com uma Les Paul, tocou "How High The Moon", de autoria de Lester, junto com a cantora Imelda May.
Lady Gaga abriu o evento com um dos seus sucessos que faço questão de não conhecer, depois ainda fez um dueto com Elton John, com os dois ao piano em “Speechless”. Como não poderia faltar, foi feita uma homenagem a Michael Jackson com Celine Dion, Carrie Underwood, Jennifer Hudson, Smokey Robinson e Usher cantando a música “Earth Song” junto com uma gravação da voz de Michael.
Andrea Bocelli e Mary J. Blige cantaram “Bridge Over Troubled Water” para as vítimas da tragédia no Haiti.
Pink ,Bon Jovi, Green Day, Black Eyed Peas e Taylor Swift (fot ao lado) também se apresentaram. A jovem cantora country Taylor Swift conquistou quatro das oito categorias em que concorria, faturou os prêmios de Melhor Performance Country Feminina, Melhor Canção Country, Melhor Álbum Country e Melhor Álbum do Ano.
Mas a estrela da noite foi mesma Beyonce, a cantora venceu seis das dez categorias em que concorreu na noite. Dentre os prêmios que a morena levou para casa, estavam os de Canção do Ano e Melhor Cantora Pop. Ela também fez show, mesclando seu sucesso “If I Were a Boy” com a canção “You Ought Know” de Alanis Morrissete.
Destaco também o primeiro Grammy da carreira do AC/DC, Melhor Performance de Hard Rock para a música “War Machine”.
E gostei da escolha de “Use Somebody” do Kings Of Leon como Gravação do Ano, por se tratar de uma boa canção. É sempre bom ver uma banda de Rock desbancando babas, raps, e pops insossos.


Confira quem foram os vencedores das principais categorias do Grammy 2010:
Melhor Álbum do Ano: “Fearless”, Taylor Swift
Gravação do Ano: “Use Somebody”, Kings Of Leon
Melhor Canção do Ano: “Single Ladies (Put a Ring On It)”, Beyoncé
Artista Revelação: Zac Brown Band
Melhor Performance Pop Feminina: “Halo”, Beyoncé
Melhor Performance Pop Masculina: “Make It Mine”, Jason Mraz
Melhor Performance Pop em Dupla ou Grupo: “I Gotta Feeling”, Black Eyed Peas
Melhor Colaboração Pop: “Lucky”, Jason Mraz & Colbie Caillat
Melhor Álbum Pop: “The E.N.D”, The Black Eyed Peas
Melhor Gravação Dance: “Porker Face”, Lady GaGa
Melhor Álbum Dance: “The Fame”, Lady GaGa
Melhor Performance Solo de Rock: “Working on A Dream”, Bruce Springsteen
Melhor Performance de Rock em Grupo: “Use Somebody”, Kings Of Leon
Melhor Performance de Hard Rock: “War Machine”, AC/DC
Melhor Performance de Metal: “Dissident Aggresor”, do Judas Priest
Melhor Música Rock: “Use Somebody”, Kings Of Leon
Melhor Álbum de Rock: “21st Century Breakdown”, Green Day
Melhor Performance R&B feminina: “Singles Ladies (Put A Ring On It)”, Beyoncé
Melhor Performance R&B Masculina: “Pretty Wings”, Maxwell
Melhor Performance R&B em Dupla ou em Grupo: “Blame It”, Jamie Foxx & T-Pain
Melhor Performance de R&B Tradicional: “At Last”, Beyoncé
Melhor Canção de R&B: “Single Ladies (Put A Ring On It)”, Beyoncé
Melhor Álbum de R&B: “Blacksummers’ Night”, Maxwell
Melhor Álbum de R&B Contemporâneo: “I Am...Sasha Fierce”, Beyoncé
Melhor Performance Solo de Rap: “D.O.A. (Death Of Auto-Tune)”, Jay-Z
Melhor Performance de Rap em Dupla ou Grupo: “Crack A Bottle”, Eminem, Dr. Dree & 50 Cent
Melhor Colaboração em Rap: “Run This Town”, Jay-z, Rihanna & Kanye West
Melhor Rap: “Run This Town”, Jay-z, Rihanna & Kanye West
Melhor Álbum de Rap: “Relapse”, Eminem
Melhor Performance Country Feminina: “White Horse”, Taylor Swift
Melhor Performance Country Masculina: “Sweet Thing”, Keith Urban
Melhor Música Country: “White Horse”, Taylor Swift
Melhor Álbum Country: “Fearless”, Taylor Swift
Melhor Trilha Sonora para Filme ou TV: “Quem Que Ser um Milionário”
Melhor Trilha Sonora Original para Filme ou TV: “Up-Nas Alturas”
Melhor Remix: “When Love Tajes Over”, David Guetta

31 de Janeiro de 2010 - METALLICA NO ESTADIO DO MORUMBI - SP

Eu nasci em São Paulo, mas vim pro Rio com um ano de idade, por isso costumo dizer que sou paulista mas não exerço. Admito que estava bastante apreensivo, porque iria ao show sozinho, numa cidade aonde não sei andar, e onde não conheço quase nada.
Antes porém, fui à formatura da minha prima Pamela que mora em São Joaquim da Barra (cidade no interior de SP, próximo a Ribeirão Preto e distante 400Km da Capital), a festa acabou por volta das seis horas da manhã, tomei um banho, e fui direto pra Rodoviária. O ônibus saiu às oito, e só acordei em Campinas, lá comecei a procurar no dial a KissFM, e quando ouvi a introdução de "Ain't Talkin''bout Love" do Van Halen, não tive dúvida que havia encontrado a rádio que queria. Como é bom ouvir numa FM só Rock'n'Roll: Whitesnake, Black Crowes, Metallica, Led Zeppelin, Pitty, Cachorro Grande, Iron Maiden e Rage Against The Machine, fizeram a trilha sonora do restante da viagem.
Ao chegar na Rodoviária, peguei as notações que Luiz (Tio da Pamela) havia escrito para me guiar no gigantesco metrô de São Paulo. Ao comprar o bilhete, avistei um grupo de "camisas pretas", e perguntei-os se estavam indo pro Morumbi, a resposta veio num bom carioquês, e percebi que todos eram também do Rio. fizemos a baldiação e descemos na Estação Clínicas, aonde pegamos um ônibus que demorou cerca de 30 minutos até chegar no Estádio. Impressionante o trânsito em Sampa mesmo num domingo.
Todos morrendo de fome, paramos duas belas metaleiras paulistas que nos indicaram lanchar no Subway. Me separei da galera pra pegar meu ingresso que havia comprado pela internet, e fiquei de encontrá-los nessa lanchonete. Com o bilhete nas mãos, fui tentar achar o ponto de encontro. mas como não ouvira a explicação das meninas, tive que tentar me informar de novo, o problema que pra todos que eu perguntava só ouvia uma resposta: "Não conheço".
Acabei reencontrando os cariocas quando entrei no Morumbi, e ao chegar ao gramado, começou um temporal que nos obrigou a pagar cinco reais em capas-de-chuva feitas de plásticos parecidos com os das sacolas de supermercado.
Mesmo debaixo de chuva, duas meninas com no máximo 19 anos, deitaram abraçadinhas no chão. Ficamos apreciando essa cena tão meiga, e resolvemos sentar e jogar "Adedanha" com bandas ou artistas solos. Explicando: uma letra do alfabeto é sorteada e cada participante tem que falar uma banda ou artista solo que comece com essa letra; exemplo: letra B - Beatles, Bad Company, Black Sabbath, Bob Marley, Blues Etílicos...
As ninfetas logo pediram pra brincar também.
Estava ganhando todas as rodadas, quando às sete da noite, o Sepultura nos surpreende começando o Show de abertura.
Não via um show dos caras desde o Rock In Rio III, e os caras continuam endiabrados, mesmo com a saída de Igor "Rolocompressor" Cavalera, substituído com competência por Jean Dolabella. Com um repertório arrasador com clássicos como "Dead embrionic Cells", "Attitude", "Sepulnation", "Refuse/Resist", "Territory", "Slave New World", "Roots Bloody Roots" e "Inner Self".
Chegaram a dedicar uma música para o Metallica, pondo fim as rugas que começaram em 1999, quando foram a banda de abertura nos shows do Brasil, e sairam reclamando de sabotagem no som, e prometeram nunca mais dividirem o mesmo palco.
Dessa vez o som estava bom, baixo é verdade, mas dava pra se ouvir bem todos os instrumentos e vocal. A banda deixou o palco ovacionados com gritos de "Sepultura! Sepultura!". Com o fim do primeiro show veio também o da chuva, o que foi excelente porque minha capa já estava toda rasgada, resultado dos pulos e bate-cabeças.
Com quase meia hora de atraso, começa no gigantesco telão de alta definição, o trecho do filme “The Good, The Bad And The Ugly", com a trilha sonora já conhecidíssima pelos fãs do Metallica, e a platéia toda cantou os ôôôs do tema, e eis que começa a Porrada Sonora de “Creping Death”, com sua letra que narra a histáoria bíblica da praga que matou todos os primogênitos do Egito.
Com o grave excelente, com subwoofers que fazem o peito tremer, graças ao bumbo duplo arrasa quarteirão de Lars e do reforço de Trujillo. No começo, as guitarras e a voz de trovão de James estavam um pouco abafadas, mas foram melhorando com o passar do tempo.
A segunda foi "Ride The Lightning", uma das minhas preferidas. E na sequência veio auma das únicas coisas que prestam da fase Load/Reload: a música "Fuel", que começa com Hetfield cantando, ou melhor gritando: "Give me fuel,Give me fire,Give me that which I desire" e foi precedido com a primeira explosão de fogos de artifício.
Eles dedicam "Sad But True" ao Sepultura, “Dedicamos esta música a nossos amigos do Sepultura. Eles sabem e nós sabemos que o Brasil gosta do pesado. Vocês querem pesado: Metallica dá o pesado a vocês.”. Realmente cumprem o prometido, muito peso do começo ao fim.
James Hetfield Hetfield usa seis microfones em diferentes lugares do palco: um em cada ponta, três na parte central e um na parte de cima, numa espécie de plataforma. De lá de cima, que ele num violão sobre um pedestal começa a bela "The Unforgiven", dando uma acalmada e um tempo nas rodinhas de porrada.
Na sequência de quatro músicas do disco novo "Death Magnetic", dividida pela clássica "Welcome Home (Sanitarium)", a banda demonstrou que voltou ao verdadeiro metal, que está afiadíssima e cada vez mais pesada. A maturidade e a entrada de Robert Trujillo parce ter trazido mais veneno e pegada ao Metallica. As músicas novas combinaram muito bem com os petardos carimbados.
Explosões, enormes labaredas e fogos de artifício, junto com uma introdução de sons de metralhadoras, luzes estroboscópicas e efeitos audiovisuais deram a deixa para aquele que talvez seja o maior hino do Metal: "One". Seguindo com "Master Of Puppets", numa sequência perfeita já que as duas têm a guerra como tema, e ambas são fodas demais. Durante "One" presencie uma cena familiar que chegou a me emocionar: um garoto extasiado, com no máximo 10 anos de idade, em cima das costas do pai, cantando e vibrando muito. Me fez lembrar de quando meu velho me levou pra ver Ozzy e AC/DC no Rock in Rio, a vinte anos atrás.
Mais labaredas, fogo, peso e distorção com "Fight Fire With Fire", com aquela intro cheia de lirismo que dá lugar a uma verdadeira porrada sonora. Demais!!!
James fala ao microfone: "Apresento meu amigo, o amigo de vocês também: o grande Kirk Hammett". E o guitarrista começa a tocar uma peça clássica. Muito aplaudido ele agradece, e faz a introdução de "Nothing Else Matters" para delírio dos presentes. Mais um Mega-hit do Black Album, a faixa que abre o disco, a fodástica "Enter Sandman". Depois de quase uma hora e meia, o Metallica deixa o palco, voltando para o Bis. James vai ao microfone e avisa que agora é a hora que eles tocam uma cover de uma banda que ensinou o Metallica a tocar, e serviu de inspiração para os discos, e levaram “Helpless” da banda britânica de metal Diamond Head. Na noite anterior tocaram "Stone Cold Crazy" do supergrupo Queen.

Eles terminam a apresentação com dois petardos vindos diretamente do inferno, e lançados no primeiro disco "Kill’Em’All": "Hit The Lights" e a fenomenal "Seek and Destroy".
A banda ainda fica uns quize minutos no palco agradecendo, cada integrante vai ao microfone. Lars joga vários pares de baquetas, e várias palhetas personalizadas são arremessadas àqueles que pagaram até quinhentos reias pra um lugar na área Vip.
Até que foi bacana essa mizanscene toda no fim, mas eu trocaria tudo isso por mais duas músicas. Afinal, o show foi excelente, bem melhor que o último que assisti no campo do Flamengo em 1999, em todos os sentidos: som, produção, luz, efeitos, perfomance...
Mas senti falta de 3 músicas: "Fade to black", "For whom the bell tolls" (tocadas na primeira noite de São Paulo) e "Battery" (executada em Porto Alegre). Os setlists das três noites foram bem diferentes, o que mostra como são uma excelente banda, tocando coisas diferentes a cada noite, e mostrando como é grandiosa a obra do Metallica.

Saí do Morumbi direto pra Rodoviária, encontarndo antes a Vivi, uma amiga que viu o show na Pista Vip. Pegamos o ônibus da uma da manhã pro Rio, e chegamos quase as dez horas.
Em casa cheguei todo quebrado, sujo, fedendo, com meu allstar em petição de miséria, com dor nas costas e sem voz. Mas valeu muito a pena. Serviu pra tirar a bronca que tinha do Metallica pelos fraquíssimos álbuns "Load" e "Reload", pela palhaçada do processo contra o Napster, e pelo show cancelado sem um motivo razoável que iria acontecer no Citibank Hall em 2003.
Longa Vida ao Metallica!!!
HEAVY METAL NEVER DIE!!!!!!



SETLIST (SÁBADO, DIA 30):
Creeping death
For whom the bell tolls
The Four Horsemen
Harvester Of Sorrow
Fade to black
That was just your life
The end of the line
The day that never comes
Sad but true
Broken Beat And Scarred
One
Master of puppets
Blackened
Nothing else matters
Enter Sandman

Stone Cold Crazy (Cover – Queen)
Motorbreath
Seek and destroy



SETLIST (DOMINGO, DIA 31):
Creeping Death
Ride The Lightning
Fuel
Sad But True
The Unforgiven
That Was Just Your Life
The End Of The Line
Welcome Home (Sanitarium)
Cyanide
My Apocalypse
One
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
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Helpless
Hit The Lights
Seek and Destroy

*Agredecimentos as belíssimas fotos cedidas por Ju Monteiro, Viviane e Rodrigo Favera.