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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Produtora responsável pela venda dos ingressos do Show do U2 é autuada pelo Procon

O Procon-SP autuou a T4F por desrespeitar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) durante a venda de ingressos para o show marcado no dia 9. Segundo o comunicado, a produtora deixou de prestar um serviço adequado aos consumidores, que enfrentaram diversos problemas para adquirir os ingressos, principalmente pelo site www.ticketsforfun.com.br. A empresa irá responder a processo administrativo e pode ser multada com base no artigo 57 da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor).
Sendo assim, deve ser autuada também pelo péssimo serviço para a venda de ingressos para os outros dois shows marcados em São Paulo, porque ocorreram os mesmos problemas. Tentei comprar ingressos nas 3 ocasiões, e não obtive sucesso em nenhuma delas.
Os três shows do U2 no Brasil (9, 10 e 13 de abril) serão no estádio do Morumbi, com abertura da banda britânica Muse, e ambos estão com ingressos esgotados.

sábado, 25 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!!!!

Aos meus amigos, familiares, leitores, e a todos que ainda acreditam desejo um Feliz Natal, tão bom quanto o demostrado na foto abaixo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

EU, PAPAI NOEL

Natal é a minha festa predileta, desde sempre. Quando moleque adorava Papai Noel, e continuei gostando mesmo depois de descobrir que não existia.
Uns anos atrás, meu pai chegou do trabalho com 3 máscaras e gorros de Papai Noel, e me presenteou; então na véspera de Natal saía de casa com uma camisa vermelha e usando a barba e o gorro, para entegrar os presentes pra Carol (minha namorada na época), e pra meus amigos (os mais tradicionais são o casal Susana e Ricardo). A graça é que eu saia de casa assim, buzinando e desejando "Feliz Natal" pras pessoas na Rua.
Até que a mais ou menos 4 anos, comprei uma roupa de Papai Noel bem furreca, que vinha sem barba, mas como já tinha a minha, não teve problema. Então passei a dar as lembranças natalinas com o traje completo. Ano passado por exemplo, a Mell tomou um enorme susto quando bati na porta de seu apartemento vestido de "Bom Velinho", demorando bastante pra me reconhecer.Mas nesse ano aconteceu uma coisa inédita: fui o Papai Noel numa festa, pra centenas de crianças. É que no posto de saúde em que trabalho precisavam de alguém que tivesse uma fantasia de Papai Noel para entregar os presentes na festa pra Comunidade do Amarelinho que é atendida no Programa Saúde da Família. Avisei que tinha a roupa, e acabou sobrando pra mim, desempenhar o papel.
Mas na verdade curti pra caramba.
A meninada estava encantada, apesar de algumas estarem com medo porque costumo usar óculos escuros pra esconder minhas discretas sombrancelhas negras. Depois que tirei os óculos ninguém mais ficou com medo.
Entreguei mais de 200 brinquedos que chegaram no posto através de doações. Apesar do calor, foi bastante divertido e gratificante ver meninos e meninas felizes e vivendo a esperança e o espírito do Natal simbolizados na fantasia do Papai Noel. Ano que vem estarei lá, com certeza.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Faixa de pedestres dos estúdios Abbey Road vira patrimônio inglês

A faixa de pedestres localizada em frente ao estúdio de Abbey Roard, eternizada na capa do álbum homônimo dos Beatles em 1969, foi considerada hoje um patrimônio histórico inglês. A sinalização ganhou o status "grade II", dada apenas a prédios e obras arquitetônicas.

A faixa original em que Paul, John, Ringo e George atravessaram foi movida por alguns metros há 30 anos devido ao trânsito. "Essa faixa de pedestres londrina não é um castelo ou uma catedral, mas graças aos Beatles e a uma seção de fotos de 10 minutos realizadas em uma manhã de agosto de 1969, ela também tem o direito de ser vista como parte do nosso patrimônio", afirmou John Penrose, ministro do turismo no Reino Unido.

Segundo o político, como os estúdios Abbey Road já possuiam a mesma certificação histórica, o local se torna "uma Meca para os fãs mundiais dos Beatles".

Paul McCartney deu o seguinte comentário sobre o tombamento: "É a cereja no bolo de um grande ano".

Sem dúvida, uma homenagem mais que merecida.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

18 de Dezembro de 2010 - PITTY - GRAVAÇÃO DE DVD NO CIRCO VOADOR (RJ)

Estou acostumado a ficar horas mofando, esperando começar os shows, seja no Circo Voador ou na Fundição Progresso, ambos na Lapa. No ingresso geralmente vem impresso: "Show a partir de...", numa forma da casa tirar o corpo fora, em relação ao horário correto. A apresentação do Living Colour no Circo no ano passado que estava marcado pras 22h, foi começar depois da meia-noite. Na Fundição aguardei por 3 horas pra ver Capital Inicial.
Por isso, resolvemos chegar às 23h pra ver o Show da Pitty, que estava marcado para as 21h, na famosa lona do Circo Voador, que serviu para a baiana e sua banda gravarem o DVD ao vivo da turnê de seu terceiro álbum, "Chiaroescuro". E reforçando a máxima da "Lei de Murphy", Pitty começou a cantar por volta das 22h.
Casa cheia, com o público em sua maioria formado por meninas com idade entre 13 e 16 anos, com visual parecido com o da cantora (vi uma garota com as tatuagens idênticas as dela), e sabendo praticamente todas as letras de cor. Isso me impressionou muito, pois foi a primeira vez que fui vê-la ao vivo, e esperava encontrar o típico público de um show de Rock, ou seja, sempre muito mais homem. Pitty é, de todas as bandas que surgiram nessa década no Brasil, a única que eu realmente gosto, e compro os CDs. As letras são inteligentes, os arranjos são pesados e longe do lugar comum, canções com refrões vibrantes, e atitude totalmente diferente das bandinhas emos ou "coloridas" que assolam as FMs que se arriscam a tocar alguma coisa de "Rock".
Apesar de tentar não usar sua beleza física como chamariz, fica difícil conseguir isso com um idenfectível vestidinho preto, que mostra generosamente o corpinho malhado e as pernas grossas. É bom conferir um show de uma estrela feminina, e não precisar ouvir coisas como "Ah! Jon Bon Jovi é lindo...", "O Dinho é um gato...", "O Morten do A-ha é um espetáculo...", "O Paul é tão fofo..." . O que se via eram mulheres elogiando a beleza da Pitty, já os rapazes normalmente apreciam de forma mas contida; apesar de um fã meio alterado, que chegou a subir no palco, recebendo um olhar de reprovação da cantora, e logo pulou de volta fazendo um mosh. O som do Circo normalmente é poderoso e bem equalizado, e dessa vez não foi diferente, proporcionando que Martin (guitarra), Joe (baixo) e Duda (bateria), com apoio do convidado Brunno Cunha (teclado) mostrassem eficiência na massa sonora que permitia que Pitty, apesar da voz limitada, brilhasse sempre com muita sensualidade, e dominando a massa como uma sacerdotisa que comanda seus seguidores. Já com 3 CDs de inéditas, Pitty tem sua carreira consolidada, e está num momento especial, figurando na lista da revista Época das "100 personalidades brasileiras mais influentes em 2010", e carregou para o Circo uma orda de fã-clubes de diversas cidades brasileiras que traziam faixas e pedidos.
Normamelme num gravação de show, se monta um setlist com os maiores sucessos. Mas no caso da Pitty, um DVD assim já foi lançado a pouco tempo. Dessa vez a idéia era valorizar o repertório do mais recente CD de inéditas, e a noite contou também com convidados especiais. O primeiro a ser chamado foi Hique Gomez, o figura do "Tangos e Tragédias", que de violino em mãos, toca em "Água Contida".
A temperatura estava alta tanto na platéia quanto no palco: "Está todo mundo fritando aí. É bom, eu gosto quando está quente", e tenta dar uma esfriada na bela baladinha "Só agora", pra depois aumentar o calor novamente com o peso de "Medo".
Até então só rolara músicas do "Chiaroescuro", até que Pitty anuncia: "Essa nunca foi gravada, vocês são os primeiros a ouvi-la", e toca a inédita "Comum de Dois". Na sequência volta para 2003, em seu álbum de estreia, com "Só de Passagem", avisando antes: "A gente vai dar uma mexida no baú da velha aqui".O segundo convidado especial da noite, o baiano Fábio Cascadura subiu ao palco para fazer dueto na balada "Sob o sol" e na pesada "Senhor das Moscas", composição de Fábio. Pitty se percebeu suada e descabelada diante das câmeras. "Assim que é bom! Isso quer dizer que estou aproveitando.", disse para delírio da galera.
A cover da noite foi "Se Você Pensa", do Rei Roberto Carlos. Pitty se despediu com a última música de Chiaroscuro, "Todos Estão Mudos".
Todo mundo pediu Bis, antes de atender Pitty disse: "Vocês são insaciáveis!", pra tocar o seu mais recente hit "Me Adora".
Pitty e banda deixaram o palco novamente, e a platéia começou a cantar na íntegra os sucessos: "Equalize", "Admirável Chip Novo" e "Máscara". Os músicos retornaram, e a vocalista avisou que teriam que repetir três canções para o DVD: "Melhor fazer ao vivo com vocês aqui do que gravar no estúdio e fingir que foi ao vivo.
Depois das repetidas, perguntou: "E agora, hein? Então tá. Vamos sair do repertório", e tocaram as esperadas "Admirável Chip Novo" e "Máscara".
A galera pediu desesperadamente por "Equalize", mas Pitty fez cara de que "não ´vai rolar essa", e ignorou os pedidos. Vários artistas também tem essa atitude de não querer tocar os maiores hits, particularmente acho que isso é meio como cuspir no prato que comeu. No caso da Pitty, apesar de ser uma Roqueira e das boas, boa parte do seu imenso público foi conquistado por causa do sucessos de baladas como "Equalize", e junto a garotada essa proporção é maior ainda. Não custava nada tocá-la e agradar a meninada que ralou ou economizou a mesada pra comprar seus CDs e os ingressos pro Show.
Depois de tudo isso e de deixar a platéia suada e enloquecida, Pitty foi ao microfone e disse: "Já gozei. Então vou embora agora.". E saiu do palco, dando o "The End" do espetáculo.
Com isso fomos correndo para a Fundição Progresso, onde Nando Reis estava pra começar seu show "O Bailão do Ruivão". Mas estávamos todos sem dinheiro, e as bilheterias inacreditavelmente não aceitam cartões de débito ou crédito. Ficou pra uma próxima.

Set list:
1 - 8 ou 80
2 - Fracasso
3 - Desconstruindo Amélia
4 - Água Contida
5 - Trapézio
6 - Rato na Roda
7 - Só Agora
8 - Medo
9 - Comum de Dois
10 - Pra Onde Ir
11 - Sob o Sol
12 - Senhor das Moscas (Fábio Cascadura)
13 - O Lobo
14 - Se Você Pensa (Roberto Carlos)
15 - Todos Estão Mudos
16 - Me Adora

Bis
1 - Só de Passagem
2 - Sob o Sol
3 - Comum de Dois

Bis 2
1 - Admirável Chip Novo
2 - Máscara

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

MODA DE VIOLA ROCK AND ROLL

Numa combinação inusitada, Ricardo Vignini e Zé Helder, dois violeiros, exploram o universo do Rock’n Roll utilizando violas caipiras no projeto "Moda de Rock". Ricardo foi guitarrista de várias bandas de Rock (como Tomate Inglês e Cheap Tequila), e Helder tem licenciatura plena em música e é professor há 11 anos.
Ambos foram seguindo suas carreiras paralelas com a coincidência que se apaixonaram pela viola caipira e música de raiz. Ricardo deixou a guitarra e formou o Matuto Moderno que já tem quatro CDs onde mistura som de música raiz com uma pegada rock'n'roll e lançou recentemente seu primeiro CD solo. Zé Helder seguiu carreira solo e lançou dois trabalhos com boa aceitação no meio.
Tornaram-se amigos e depois de Zé Helder entrar para o Matuto Moderno resolveram homenagear suas raízes roqueiras lançando um CD totalmente acústico e instrumental com versões de músicas do Led Zeppelin, Metallica, Ozzy Osbourne, Pink Floyd, Beatles, Megadeth, Sepultura, entre outros.
O resultado é surpreendente, e pode ser conferido no site http://www.modaderock.com.br , onde é possível ouvir todo o CD.
Veja a versão caipira de “Master of Puppets” do Metallica:

domingo, 19 de dezembro de 2010

17 de Dezembro de 2010 - GLENN HUGHES NA ILHA DOS PESCADORES (RJ)

Parecia piada, a lenda viva Glenn Hughes, célebre baixista e um dos maiores vocalistas da história do Rock, tocando na Ilha dos Pescadores, tradicional reduto do Funk carioca, do Pagode Mauricinho, do Axé Music e de tudo que existe de pior naquilo que defino como "Bunda Music". Mas era sério, e na verdade achei muito bom. Primeiro que o local fica relativamente perto da minha casa, além disso, são cada vez mais raras as casas de show onde podemos apreciar o bom e velho Rock'n'Roll; e se a tão mal frequentada Ilha dos Pescadores resolveu abrir espaço pra boa música, é um acontecimento que deve ser bastante comemorado.
Chegamos no local por volta das 22h, enquanto a banda de abertura, o Seu Roque, montava seu equipamento e passava o som. Os caras foram colocados numa fria, pois não tiveram tempo de regular o som, e iriam se apresentar para uma platéia formada apenas por exigentes Rockeiros "casca-grossa", e que não conheciam suas músicas. O seu Roque toca um som honesto que bebe na fonte do Clasic Rock e do Blues. Seus integrantes demonstraram certo nervosismo, e apesar das letras cheias de clichês, e do fraco vocalista, mostraram certo potencial. Acho que nas mãos de um bom produtor, a rapaziada tem futuro. O público acompanhou com respeito, e se empolgou nos covers "Strange Kind Woman"(Deep Purple) e "Crosstown Traffic" (Jimi Hendrix).
Mas todo mundo estava lá pra ver e ouvir "A voz do Rock", o homem com um currículo de respeito, Trapeze e Black Sabbath são algumas das bandas que já participou, mas foi no Deep Purple que marcou definitivamente a história da música, na formação que ficou conhecida como "MKIII", tocando baixo e dividindo os vocais com David Coverdale, lançando os três clássicos LPs de estúdio: "Burn", "Stormbringer", e "Come Taste The Band".
Por volta das 23h, Hughes com seu Precision Bass vermelho entra no palco acompanhado de Soren Andersen (guitarra), Anders Olinder (teclados) e Pontus Engborg (bateria), e abrem com “Muscle and Blood”, do projeto Hughes/Thrall, que Glenn formou nos anos 80, com o guitarrista Pat Thrall, que já tocou no Asia. A canção é uma porrada, e o som estava foda, com exceção da voz que estava muito baixa. Eu estava na primeira fila, de frente pro crime, e fiquei embasbacado com energia e a força do som que aqueles quatros caras produziam juntos. Rock como todo Rock deveria ser: forte, intenso, esporrento, alto e bem tocado. Aquela massa sonora me deixou extasiado, e logo veio a minha mente: "Como é que pode existir alguém que não gosta disso?".
O público estava em delírio, quando na sequência apareceu “Touch My Life”, do Trapeze, grande banda dos anos 70. Me impressionou muito a energia e disposição de Hughes, pulando e dançando muito, como se fosse um garoto. A voz parece não gastar com o tempo, na verdade parece que com o passar dos anos ela vai ganhando mais brilho. No baixo também arrebentou, sempre com uma pegada funkeada, dando a todas as músicas características dançantes. O som do seu instrumento me fez lembrar muito o Geddy Lee do Rush, agudo, intenso e com um pouco de distorção.
O riff dançante e inesquecível de "Sail Away" foi o primeiro clássico do Deep Purple executado na noite. A psicodelia toma conta em "Medusa" (outra do Trapeze), cheia de climas, alterando lirismo com peso, foi uma das melhores da noite, com uma interpretação cheia de emoção e improvisos vocais.
A banda que acompanha Hughes é excelente, músicos de altíssima qualidade, todos tendo seus momentos de brilho, como o solo de Soren Andersen na Intro de "Mistreated". Com o visual andrógeno, e intercalando uma Yamaha com uma Fender Stratocaster, o guitarrista mostrou muita personalidade, não se intimidando com as possíveis comparações com Ritchie Blackmore, imprimindo sua pegada, dando muito peso e vida a cada música.
Pontus Engborg é um verdadeiro animal, porrando a sua bateria, trincava os dentes, e parecia estar possuído. Bastante agressivo, e com muita pegada, também tinha muito groove em suas levadas, afinal ele completa a cozinha ao lado de Mr Hughes, um baixista cheio de balanço.A primeira vista, o tecladista Andres Olinder parecia um peixe fora d'água, com o visual destoando dos demais, e com cara de quem não está nem aí. Mas com muita elegância, prenchia muito bem o som da banda, e mostrava técnica em seus solos. Teve participação crucial, fazendo belos acordes dissonantes durante os improvisos vocais de Glenn na já citada "Mistreated". E foi justamente aí, o momento mais emocionante da noite. Cantando com a alma, com se tivesse o coração dilacerado, Hughes simplesmente arrebenta, é ali que pode-se notar a forte influência da soul music e de cantores como Stevie Wonder e Marvin Gaye. Fiquei literalmente arrepiado, e pra mim e para a maioria dos presentes foi um momento inesquecível.
Deixando claro que também estava feliz de estar ali, repetia a todo momento em inglês, frases como: “Amo vocês! Amo vocês! Estou muito feliz em estar novamente no seu país. Para mim vocês estão bem aqui!”, apontando para o lado esquerdo do peito.
Dedica "Keepin' Time" para seu amigo Mel Galley, falecido em 2008, e um dos fundadores do Trapeze. Depois manda "Stormbringer", mais um clássico imortal do Purple, e fecha a primeira parte da apresentação com "Soul Mover".
Retormam para o Bis com “Addiction”, do álbum solo de mesmo nome, e para o momento mais esperado da noite: “Burn”, o maior clássico da MKIII, levando todo mundo a loucura.
O show foi curto, é verdade, mas foi o suficiente pra me deixar embasbacado e feliz. Me impressionou a química explosiva entre os músicos da banda, e a disposição jovial desse garoto de 59 anos, chamado Glenn Hughes, que promoveu o show mais Rock'n'Roll que vi em 2010.
SETLIST:
1- Muscle And Blood
2- Touch My Life
3- Sail Away
4- Medusa
5- You Kill Me
6- Can't Stop The Flood
7- Mistreated
8- Keepin' Time
9- Stormbringer
10- Soul Mover
BIS:
11- Addiction
12- Burn

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PAUL RODGERS, PETER FRAMPTON, MICHAEL ANTHONY E JASON BONHAM JUNTOS NUMA ÚNICA BANDA

O guitarrista Peter Frampton, o vocalista Paul Rodgers (Bad Company, FRee, Queen + Paul Rodgers), o baixista Michael Anthony (Chickenfoot, Van Halen), e o baterista Jason Bonham (filho do John Bonham do Led Zeppelin) se juntaram, formando uma única banda, atuando como "M & ALL B Star Band" no "Mark And Brian Christmas Show", no Nokia Theatre em Los Angeles, California, que aconteceu ontem, dia 16 de dezembro. Billy Idol foi também uma das atrações principais do evento, que teve a renda destinada à equipe do Pediatra Dr.Eisner.
O evento beneficente é organizado pelos comediantes americanos, Mark Thompson e Brian Phelps, que também se apresentaram com seu show de piadas.
Esse ano é a segunda participação de Jason Bonham no "Mark And Brian Christmas Show", que contou no ano passado com performances de feras como o vocalista Rob Halford (Judas Priest), os guitarristas Slash (Guns N 'Roses, Velvet Revolver), Steve Lukather (Toto) e Richie Sambora (Bon Jovi), e as bandas Heart e Foreigner.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ANIVERSÁRIO!!! 2 ANOS DE BLOG - MAIS ROCK'N'ROLL 4 EVER AINDA

É galerinha!!! Hoje o meu Blog Rock'n'Roll 4 Ever faz 2 anos de existência.
Nesse período muito coisa aconteceu: mudei de emprego e com isso subi alguns degraus na escala social, vi vários Shows maneríssimos, realizei alguns sonhos antigos (como ver ao show do Paul McCartney). Aconteceu muita coisa boa,e algumas ruins também. Não sei o porquê, mas sinto que muita coisa boa ainda estar por vir, e as ruins com o tempo vão se dissolver, virar poeira e sumir. Não costumo ser uma pessoa tão otimista, pode até ser bobagem ou uma viagem total, mas tenho esse pressentimento.
Ah, e quanto a imagem que ilustra a postagem?
É só uma desculpa pra por a foto de uma gostosa...
Como diz a letra daquela bela canção do Dr. Sin: "Futebol, Mulher e Rock'n'Roll, Meu Deus como isso é Bom!"
Concordo plenamente, não necessariamente nessa mesma ordem.

STONE SOUR CONFIRMADO NO ROCK IN RIO 2011. QUEEEEEMMM?


A organização do Rock in Rio 2011 confirmou hoje mais uma atração internacional: a banda americana Stone Sour, formada por Corey Taylor e James “Jim” Root, rspectivamente vocalista e guitarrista do Slipknot, mais os músicos Josh Rand (guitarra), Shawn Economaki (baixo) e Roy Mayorga (bateria).
O que, você não conhece a banda?
Nem eu, nunca ouvi falar.
Eles já foram indicados três vezes ao Grammy pelos singles "Get inside", "Inhale" e "30/30-150".
Com eles, o Palco Mundo da segunda noite do festival se completa, no dia 24 de setembro, que também terá shows de Red Hot Chili Peppers, Snow Patrol, Capital Inicial e NX Zero.
O grupo foi formado em 1992 e teve diversas formações, até entrar em hiato em 1997 para a saída de Taylor e Root, que formaram o Slipknot. A banda de metal, hoje considerada um projeto paralelo dos dois, lançou seu primeiro álbum de estúdio, "Stone sour", apenas em 2002.
Desde então, eles produziram outros dois discos de inéditas: "Come what(ever) may" (2006) e "Audio secrecy", deste ano. "Through glass" é uma de suas músicas mais conhecidas.
A confirmação do Stone Sour não deixa de ser uma "compra casada", pois na noite do dia 25, dedicado ao metal, o Slipknot será uma das principais atrações do Rock in Rio 2011. Podia rolar a mesma coisa em relação a Chad Smith, baterista do Red Hot Chilli Peppers que tem como projeto paralelo a banda Chickenfoot, com o guitarrista Joe Satriani, e os ex-Van Halen: Sammy Hagar (vocal) e Michael Anthony (baixo). Pois o Chickenfoot sim, cairia como uma luva em qualquer uma das noites do Rock In Rio.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A LENDA VIVA, GLEN HUGHES ESTÁ NO BRASIL

Glenn Hughes, baixista e excelente vocalista que já fez parte de bandas como Trapeze, Deep Purple, Black Sabbath, Phenomena e trabalhou com os guitarristas Gary Moore e Yngie Malmsteen, está em turnê no Brasil.
Tocou no dia 11 no Carioca Club em São Paulo e no dia 12 no Beco em Porto Alegre. Amanhã estará no Bolshoi Pub em Goiânia, e na sexta na Ilha dos Pescadores na Barra da Tijuca (RJ).
No Rio de janeiro, um dos postos de venda com ingressos promocionais a R$60,00 (golpe pra não vender meia entrada) é a loja Rock and Roll no shopping Via Parque. Também podem ser adquiridos no site: /www.ticketbrasil.com.br.
Já estou com os meus, e poderei ver pela primeira vez em ação essa lenda, que parece cantar melhor a cada dia, como pode ser conferido nesse vídeo de sua última passagem pelo Brasil em 2009, quando fez uma participaçao no programa do Ronnie Von na TV Gazeta, cantando o clássico "Mistreated" em versão acústica.
A canção foi lançada originalmente no maravilhoso LP "Burn" (1974), onde estreiou nos vocais do Deep Purple, ao lado do também fera David Coverdale.

Glen Hughes é um grande vocalista, dos melhores da história, muito influenciado por cantores de soul music como Stevie Wonder, Wilson Picket, Marvin Gaye e Al Green, ele une os improvisos e floreios vocais ao peso do Hard Rock, conquistando fãs ardorosos como Ed Motta, que já declarou publicamente sua admiração pelo "The Voice Of Rock".

DOIS SHOWS EXTRAS DO U2 EM SÃO PAULO

Após ter os ingressos do segundo show em São Paulo esgotados em menos de dez horas, o U2 confirmou um terceiro show no Brasil. Agora, além dos dias 9 e 10 de abril, o grupo irlandês também subirá ao palco no Morumbi, em São Paulo, no dia 13. Será o último show da turnê "U2 360º" no Brasil. A banda britânica Muse abrirá todas as apresentações.
Num show de despreparo e desorganização, o site da Tickets For Fun ficou a maior parte do tempo fora do ar, e já com poucos minutos do começo das vendas já não havia mais ingressos pro setor Pista.
Acho isso tudo muito estranho, não se conseguir entrar no site, e quando se consegue já não há mais pra vários setores, enquanto isso cambistas fazem a festa, e agências de viagens vendem ingressos com ágio.
Vejo o relato de Mell Santana em seu Facebook:
"A T4F tá de sacanagem, né?? Cada dia que esgotarem os ingressos do U2 eles vão divulgar um show extra em SP?? Teremos 300 shows no Morumbi e NENHUM no Rio! Vão dizer o quê, que não tem público aqui?? E mais, de 23:45 à 0:30 apertando o F5 e nada! 45 minutos do meu sono perdidos! E quando consegui carregar a página vários setores já es...tavam esgotados! Televenda? Nem pensar!!".

A venda de ingressos para o segundo show do grupo - que inicialmente estava sendo tratado como "show extra" - começaram a ser vendidos às 0h01 desta quarta, pela internet, e às 10h nos pontos de venda. Segundo a produtora T4F, as entradas esgotaram por volta das 11h40. A cota de ingressos vendida pela internet foi a primeira a esgotar. Por volta das 2h da madrugada, a página da produtora T4F no Twitter avisava: “Não estão mais disponíveis os ingressos para o show de 10/04 no site”.
O telefone para televendas só dava sinal de ocupado durante todo dia, e no Pacaembu, local de venda, houve muita confusão e cambistas agindo livremente, como mostra a reportagem do site G1:

A reportagem do G1 acompanhou a venda de ingressos no Estádio do Pacaembu na manhã desta quarta. Um grupo com aproximadamente 100 pessoas que chegou durante a madrugada, reunido dentro de uma barreira de grades montada pela organização junto à bilheteria, foi o único a ter acesso aos guichês. Ainda assim, nem todos conseguiram comprar.

Debaixo de chuva, a imensa fila do lado de fora dessa barreira, tinha cerca de 600 fãs e praticamente não se movia. As vendas transcorreram com lentidão e o sistema de pagamento por cartão chegou a falhar algumas vezes. Uma cena comum era ver pessoas entregando dinheiro vivo para quem estava dentro do "cercado".

Dentro dele havia muitos cambistas que, sem pudor algum, diziam estar ali apenas para revender as entradas por preços mais altos. Os fãs do lado de fora da barreira de grades chegaram a provocá-los, desafiando-os a cantar músicas do U2. "Não conheço o U2 nem o U3 ou o U4", respondeu um dos vendedores. Os policias presentes, de costas, riam e não reagiam.

Para os novos ingressos, haverá novamente pré-venda para clientes Citibank nos dias 18 e 19 de dezembro e, para o público em geral, as bilheterias serão abertas no dia 20 de dezembro.Membros do site oficial do U2 poderão obter ingressos via internet antes da pré-venda para clientes Citibank. Mais informações no site da banda: www.U2.com .

O telefone para compras é 4003-0806 (válido para todo o país), pelo site www.ticketsforfun.com.br , na bilheteria oficial (Credicard Hall) e nos pontos de venda espalhados pelo Brasil .

Boa sorte , pra quem como eu não conseguiu adquirir os ingressos.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PAUL MCCARTNEY TOCARÁ PARA GRUPO SELETO PRA SALVAR O 100 CLUB

Paul McCartney fará show beneficente nessa sexta (dia 17) para um seleto grupo de 300 felizardos em clube londrino. O show faz parte de uma campanha para evitar o fechamento do lendário "100 Club", local que em seus 70 anos de existência já foi palco de apresentações de Louis Armstrong, Rolling Stones, The Who, Sex Pistols, Oasis e Metallica. O clube fica localizado em Oxford Street, onde também ficava o endereço original do finado Marquee Club.
Além de McCartney, Ronnie Wood e Mick Jagger dos Stones, Liam Gallagher, do Oasis e Bobby Gillespie do Primal Scream também apoiam a campanha.
Depois da apresentação no 100 Club, Paul McCartney tem shows marcados no HMV Apollo, também em Londres, e em Liverpool.
Sobre o show no 100 Club, McCartney disse:
"Queremos muito fazer esse show. Eu nunca toquei no 100 Club antes e será bacana tocar num lugar que tem uma história tão grande e uma lista de shows brilhante ao longo dos anos. É legal ajudar um clube que revela talentos da nova geração, como eu".

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

STEVIE WONDER FARÁ TURNÊ PELO BRASIL AO LADO DE ROBERTO CARLOS


Segundo o site Terra, o gênio Stevie Wonder fará turnê pelo Brasil ao lado de Roberto Carlos.
As datas do shows-duetos que serão em 2011 ainda não estão confirmados, mas os locais já estão definidos: Rio, São Paulo e Porto Alegre. O Rei tinha outras duas opções para os shows internacionais, Céline Dion e Plácido Domingo, mas felizmente o escolhido foi o cantor americano.
A notícia foi publicada também no site do jornal O Dia (na sexta, dia 3). A informação teria sido dada por um produtor musical.
A assessoria do cantor brasileiro disse que não existe nenhuma confirmação da parceria. Mas também não negou que pudesse acontecer
Resta-me rezar pra ser verdade, pois perdi a única apresentação de Stevie Wonder no Rio de Janeiro ao lado de Gilberto Gil (outro gênio) em no FreeJazz em 1995.

domingo, 12 de dezembro de 2010

OZZY OSBOURNE: "WHO THE FUCK IS JUSTIN BIEBER?

Ao ser perguntado se ouvia Justin Bieber, Ozzy Osbourne deu a singela resposta:

É por essas e outras que Ozzy é simplesmente foda.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SLIPKNOT CONFIRMADO NA "NOITE DO METAL" NO ROCK IN RIO 2011

O Slipknot está confirmado no line-up da terceira noite do Rock in Rio, em 25 de setembro. A informação foi confirmada nesta semana pela assessoria de imprensa do festival. O grupo de heavy metal, surgido em 1995, retorna ao Brasil após ter tocado pela primeira vez por aqui em 2005.
Por enquanto as outras atrações da noite no "Palco Mundo" são Metallica, Motörhead e Coheed and Cambria. No Palco Sunset tocarão as brasileiras Sepultura e Angra, com outros artistas ainda não divulgados.

Outros Marcos paro o dia 8 DE DEZEMBRO: Aniversário do Jim Morrison, e 16 Anos da Morte de Tom Jobim

O dia8 de Dezembro também é marcado na História da música por mais dois motivos:

- 8 de Dezembro de 1943 - Nascimento de Jim Morrison, poeta e vocalista do The Doors.
Se estivesse vivo, Morrison estaria completando ontem 67 anos de idade. Era o protótipo do "Porra-louca", se transformando numa das maiores lendas do Rock, morrendo precocemente aos 27 anos, em condições ainda não bem explicadas. Sua voz grave influenciou milhares de cantores: Eddie Vedder, Renato Russo, Ian Astbury...

- 8 de Dezembro de 1994 - Morte de Tom Jobim, compositor brasileiro, considerado um dos maiores músicos do mundo.
Jobim faleceu aos 67 anos, no mesmo ano em que o Brasil perdeu outra figura de importância e referência: Ayrton Senna.
Um dos criadores do movimento da Bossa Nova, Tom Jobim é uma unanimidade mundial no quesito qualidade, sofisticação e simplicidade na música popular.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

30 ANOS DA MORTE DE LENNON, E 40 ANOS DO LANÇAMENTO DO PRIMEIRO LP SOLO

O dia 8 de dezembro de 1980 é talvez o dia mais triste do Rock e da música, pois há 30 anos John Lennon era covardimente assassinado por um completo imbecil que não merece nem ter o nome lembrado.
Lennon era um verdadeiro gênio musical, poeta, porta-voz de uma geração inteira que sonhou com um mundo sem divisões, religiões e guerras.Já explicitei minha admiração por John por várias vezes nesse blog, veja algumas:

" "70 ANOS DE JOHN LENNON"

" "29 ANOS SEM JOHN LENNON"
Todos os seus álbuns de estúdio pós-Beatles foram relançados em edições remasterizadas, e fui presenteado com o CD "John Lennon / Plastic Ono Band", o primeiro disco de John Lennon após a separação oficial dos Beatles, e lançado em dezembro de 1970. Era o que faltava para completar a minha coleção.
John, principalmente a partir de 1968, vinha se sentindo tolido artisticamente e achando que precisava de mais espaço para se expressar, sem a pressão enorme de ser um beatle. Por isso paralelamente a banda, lançou 3 discos solos experimentais ao lado de Yoko (Two Virgins" em 1968, "Life With The Lions" e "Wedding Album" ambos de 1969), e um ao vivo ("Live Peace Toronto - 1969) gravado no Festival de Toronto com Eric Clapton na guitarra, o amigo dos tempos de Hamburgo, Klauss Voormann no baixo, e Alan White na bateria (que depois substituiria Bill Bruford no Yes). Além disso, fez filmes de vanguarda, e caiu de cabeça na militância política contra a Guerra do Vietnã, realizando passeatas pela paz mundial, os famosos "bed ins" com Yoko Ono em Amsterdam e Montreal, aonde gravou seu primeiro single solo "Give Peace a Change".
Lutou contra o vício de heroína, optando por parar com a droga por conta própria, para evitar o sensacionalismo da Imprensa caso se internasse numa clínica de tratamento. por causa disso teve terríveis crises de abstinência, que são contadas em detalhes nos versos de "Cold Turkey", seu segundo single solo.
O terceiro foi "Instant Karma!", que está entre as músicas lançadas de forma mais rápida na história da música pop, pois foi gravada no mesmo dia em que foi escrita e sendo lançada apenas dez dias depois, em 6 de fevereiro de 1970. Lennon, certa vez, chegou a dizer que "a escreveu para o café da manhã, a gravou para o almoço e a lançou no jantar". A gravação contou com a guitarra e os backing vocals de George Harrison.

Outro problema da época era a perseguição que o Jonh e Yoko sofriam. O mundo não aceitava que Lennon podendo escolher qualquer mulher no mundo, tivesse se apaixonada por uma japonesa esquisita e que ainda carregava o estigma de ser a responsável pelo fim da Maior Banda de todos os Tempos. A perseguição beirava o racismo, com grande desrespeito a Yoko Ono,uma grande artista plástica, que viveu uma verdadeira "Inquisição" em plena era hippie de "paz e amor livre".
Com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, Lennon mesmo vivendo plenamente seu amor com Yoko e de ser idolatrado por milhões de fãs, estava passando por enorme sofrimento, numa angústia existencial, associada a muita raiva e revolta. Nessa fase conheceu o Dr.Arthur Janov e sua "Terapia do Grito Primal" que prometiam a cura das neuroses, baseado no tratamento dos traumas de infância que influenciavam na vida adulta. O casal participava da terapia com Janov que consistia em fazer o paciente berrar as dores durante toda a vida desde o parto. Dessa forma John tentou lidar com seus traumas da infância, como o fato de ser abandonado pela mãe, Julia, que o entregou com cinco anos para a irmã Mimi, morrendo atropelada quando Lennon tinha 18 anos, e acabara de retomar contato (história mostrada no filme "O Garoto de Liverpool" "O GAROTO DE LIVERPOOL" ("NOWHERE BOY") TEM SUA PREMIERE BRSASILEIRA NO "FESTIVAL DO RIO 2010"

Foi em pleno processo de terapia que John Lennon compôs o reprtório todo do excelente LP "John Lennon/Plastic Ono Band". Produzido pelo "mago sonoro" Phil Spector (que já trabalhara com os Beatles em "Let It Be"), o álbum foi gravado em estúdio, mas como se fosse ao vivo, com o mínimo de uso de overdub, sem muita produção, com uma sonoridade simples e crua, com muito pouco uso de efeitos. Os músicos tocando no formato de power-trio, com John fazendo as vozes, guitarra e piano, e contando com a participação do companheiro Ringo Starr na bateria, e do amigo Klauss Voormann no baixo. Fora o trio, Billy Preston tocou piano em "God" e Phil Spector dobrou o piano de Lennon em "Love".
O som fúnebre de sinos abrem o disco em "Mother", como se tocassem no velório de sua mãe, que já havia sido homenageada em "Julia" do Álbum Branco dos Bestles. Na letra Lennon mostra a dor e a mágoa de ter sido abandonado por sua progenitora:"Mãe, você me teve, mas eu nunca tive você – Eu te queria, você não me quis"(“Mother, you had me, but I never had you - I wanted you, you didn't want me”), e também pelo pai: “Pai, você me deixou, mas eu nunca te deixei – Eu precisava de você, mas você não precisava de mim” (Father, you left me, but I never left you - I needed you, you didn't need me”). Uma balada triste e bem lenta, que contrasta com a bateria forte e marcada de Ringo e com os gritos finais de John como se tentasse exorcisar a dor.
"Hold On" é antítese da anterior, uma baladinha gostosa, onde a guitarra com vibrato de John dá o clima, numa letra onde ele pede calma, e mostra otimismo pra que tudo dê certo no final.
"I Found Out" é uma das mais pesadas, John usa um violão de aço num amplificador com a regulagem toda saturada, pra dar uma distorção bem tosca e agressiva. Na letra cantada com raiva, ele diz pra se ter cuidado pra não se ser enganado por drogas ou religiões, e que nenhum guru pode enxergar além de seus olhos.
Gravada só com a voz e o violão, "Working Class Hero" é mais um exemplo da influência de Bob Dylan em sua música, numa verdadeira "música de protesto" sobre as dificuldades do trabalhador atingir seus objetivos com a lei do Capitalismo selvagem e do lucro a qualquer custo, e as opressões que recebemos desde o dia em que nascemos.
Em "Isolation" ele fala de mais um dos seus medos: a solidão e o isolamento, numa balada onde o destaque é seu piano.

Em "Remember" tem a levada constante marcada pelo piano, até mudar um pouco o andamento no refrão. A letra faz as perguntas: "Lembra quando você era jovem e os heróis nunca eram enforcados, sempre se safavam? Lembra quando você era pequeno e todos pareciam tão altos e tudo tinha que ser do jeito deles? Lembra de seu pai e sua mãe que pareciam querer ser astros do cinema, sempre representando seus papéis?" ("Remember when you were young? - How the hero was never hung... Just remember when you were small - How people seemed so tall - Always had their way - Do you remember your Ma and Pa - Just wishing for movie stardom - Always, always playing a part").A minha preferida do disco é a belíssima "Love". De forma bem simples faz uma declaração de amor, aonde talvez a beleza esteja justamente na singeleza da letra. A canção começa em fade in, aumentando de volume, com bonita introdução de piano.
"Well Well Well" é um verdadeiro Rock pauleira, com Riff de guitarra maneríssimo, e a banda tocando como um verdadeiro power-trio. Já "Look At Me" é uma balada com uma doce melodia, com letra que mostra uma certa crise existencial, aonde John pede atenção.
"God" é a música mais polêmica da carreira solo de Lennon. Foi escrita depois de uma conversa com Janov, que o explicou que as pessoas buscam na religião consolo para o sofrimento; daí John criou o verso inicial "Deus é um conceito pelo qual medimos nossa dor". Na canção ele nega acreditar em mitos ou símbolos, sejam eles religiosos (Jesus, Buda, Krishna), políticos (Kennedy, Hitler), ou musicais (Elvis, Bob Dylan, e até Beatles); dessa forma ele afirma acreditar somente nele mesmo, em Yoko, e no amor que os une.
Paradoxalmente, Billy Preston, evangélico praticante, foi convidado propositalmente a tocar na faixa, talvez pra mostrar que Lennon nunca foi contra a fé das pessoas, e sim queria mostrar qual era a sua forma de encarar o assunto, sem querer ofender ninguém.
No fim da música, ainda decreta: “o sonho acabou”, numa forma de tentar acordar as pessoas a encarar a realidade. Muitos entenderam que ele estivesse se referindo a uma nova reunião dos ex-beatles, que seria um sonho impossível.
O álbum é finalizado com "My Mummy’s Dead", retornando ao assunto da faixa inicial: a morte da mãe, mas dessa vez num ar de lamentação e tristeza, gravado apenas com guitarra e voz, com som abafado, como se quisesse esconder sua dor.
Pra muitos "John Lennon / Plastic Ono Band" é o melhor trabalho de sua curta carreira solo. Particularmente prefiro "Imagine", lançado logo em seguida. Mas não tem como negar que é um discaço, cheio de energia, simplicidade e crueza. As letras extremamente diretas, sobre assuntos cruciais e ao mesmo tempo fundamentais, tocaram profundamente e influenciaram muita gente boa na forma de pensar, viver e de fazer arte.
Famoso trabalho de Andy Warhol numa imagem de Lennon