Nunca assisti a um show do The Cure. E dessa vez surgiu mais uma oportunidade, a banda se apresentaria na HSBC Arena.
Não tinha companhia, mas resolvi ir mesmo assim. Pensei: "Quero ir de pista comum e vou comprar ingresso na hora".
No dia do show fiquei sabendo que o grande Christian Mattos, amigo dos tempos do Colégio Impacto também iria de Pista Comum. Com isso fiquei bem mais animado e empolgado.
Um pouco antes de sair do trabalho resolvi olhar no site se ainda tinha ingressos a venda, e tomei um banho de água fria: Pista Comum esgotado.
Aí desisti, porque achei que não valeria a pena ir sozinho, pagar mais caro pra ver de muito longe.
E também assumo que estava bastante cansado.
Conclusão Final: TÔ FICANDO VELHO!
O Christian é sujeito muito engraçado, coração grande, e um amigo querido que fiquei mais de 20 anos sem ter contato. Felizmente, e graças às novas tecnologias como o facebook, nossa turma da escola se reencontrou num churrasco mágico, que fez o grupo todo voltar a um tempo em que o The Cure era uma das bandas que animava nossas "festinhas americanas".
Por isso foi uma idéia óbvia convidar o Christian para escrever a resenha desse showzaço que perdi. E a modéstia quase o fez recusar: "Fico honrado, mas não sou um especialista em The Cure. Acho que não sou a pessoa certa pra escrever a resenha.".
Ainda bem que não foi difícil convencê-lo a aceitar, e aí está o seu texto. As fotos foram "roubadas" do álbum do parceiro Fábio Aguillar, o Cabeça, guitarrista do Soul Brother.
Convidado pelo grande amigo Zé a deixar minha contribuição, fui intimado logo a fazer uma resenha sobre o show do The Cure, uma responsabilidade imensa diante dessa banda que já conta com seus 35 anos de história. Dessa forma o show foi igualmente histórico, pois embora não tenha assistido os shows aqui no Brasil em 1987 (auge comercial do Cure) e 1996 no saudoso Hollywood Rock, meu amigo e fã de carteirinha Jorge Tadeu (ele sabe todas as letras e suas histórias) me acompanhou e afirmou com certeza que esse foi o melhor show.
Para começar, uma atitude de extremo respeito da banda para com os seus fãs, como o trânsito estava muito ruim, eles resolveram por liberalidade dar mais um tempo para que as pessoas chegassem, e pontualmente as 22:00hs, conforme prometido eles entraram no palco e iniciaram os trabalhos com a introdução de "Tape" e emendaram com o sugestivo "Open", daí por diante se seguiram pela ordem "High", que já mexeu comigo, "The end of the world", "Love Song", "Push" e a galera explodiu com "In between Days" que é uma das minhas letras preferidas pela sua simplicidade, já que não gosto muito das letras mais sombrias do Cure. O show continuou com o nível alto com "Just like heaven", seguida por "From the edge of the deep green sea", "Pictures of you" e levantando de novo a galera seguiu-se a classica "Lullaby" que é a minha preferida entre as sombrias, depois se seguiram melancolicamente, "Fascination Street", "Sleep when i´m dead" e várias outras músicas, até que finalmente chegamos na bonitinha canção de amor "Friday I'm in love", e as canções iam se sucedendo em número absurdo até que chegamos a "The lovecats", "Caterpillar" e "Close to me" na sequência, Close to me por sinal não entrava no set list dos shows já a algum tempo e tem um dos vídeo clipes mais doidos e engraçados que me lembre, com eles tocando dentro de um armário na beira de um penhasco.
Veio o primeiro bis e várias outras canções foram se sucedendo até que na antepenúltima a galera explodiu de vez ao som de "Boys don´t cry", em versão um pouco mais lenta que a normal, e para encerrar tivemos a primeira música do Cure quando ainda nem tinham esse nome e Robert Smith tinha seus 16 anos, "Killing arab" encerrou a primorosa apresentação.
Cabe citar também da excelente técnica do guitarrista Reeves Gabrels, que já tocou com David Bowie e arrebentou no show que teve 40 músicas!!!
SETLIST:
1. Open
2.
High
3.
The End of the World
4.
Lovesong
5.
Push
6.
In Between Days
7.
Just Like Heaven
8.
From the Edge of the Deep Green Sea
9.
Pictures of You
10.
Lullaby
11.
Fascination Street
12.
Sleep When I'm Dead
13.
Play for Today
14.
A Forest
15.
Bananafishbones
16.
Shake Dog Shake
17.
Charlotte Sometimes
18.
The Walk
19.
Mint Car
20.
Friday I'm in Love
21.
Doing the Unstuck
22.
Trust
23.
Want
24.
The Hungry Ghost
25.
Wrong Number
26.
One Hundred Years
27.
End
Bis:
28.
Plainsong
29.
Prayers for Rain
30.
Disintegration
Bis 2:
31.
Dressing Up
32.
The Lovecats
33.
The Caterpillar
34.
Close to Me
35.
Hot Hot Hot!!!
36.
Let's Go to Bed
37.
Why Can't I Be You?
38.
Boys Don't Cry
39.
10:15 Saturday Night
40.
Killing an Arab
Eu e Christian, 23 anos depois, levando um som
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