Esse semana, no dia 26 de fevereiro, o mundo perdeu um dos seus maiores músicos: Paco de Lucia. Precocemente aos 66 anos, em Cancún, no México, onde tinha uma casa. Ele estava brincando com os fihos na praia quando sofreu um infarto súbito.
Francisco Sánchez Gómez – nome real de Paco de Lucía – nasceu na pequena cidade portuária no sul da Espanha em 1947. O "Lucía" de seu nome artístico nada mais era do que o nome de sua mãe.
Um ser iluminado que expressava suas emoções através das cordas de seu violão. Exercendo sua arte tocava as almas dos ouvintes.
É talvez o ícone máximo da música Flamenca. Um símbolo da cultura da Andaluzia e da Espanha. Sua importância para a música do seu país pode ser comparada a de Tom Jobim para o Brasil, Bob Marley para a Jamaica ou dos Beatles para o Reino Unido.
Fincava seus pés e sua alma na música tradicional flamenca, mas apontava seus horizontes para o mundo. Sofria a influência e influenciava músicos dos mais variados lugares e gêneros. Por isso era acusado pelos puristas radicais de se vender e destruir as tradições. Mas o tempo provou que ele estava certo: popularizou e conquistou admiradores e estudiosos para o Flamenco em todo planeta. Eu provavelmente não saberia o que é musica Flamenca se não fosse Paco de Lucia.
Seus solos magistrais e cheios de emoção foram fundidos nas mais diversas culturas.
Sem abandonar suas raízes, marcou sua presença no Jazz, e sozinho ou em formato de trio ao lado de John McLaughlin e Al Di Meola (outros dois guitarristas geniais) fez shows e discos antológicos.
Sintam o drama:
Paco de Lucia é imortal, poderemos ouvi-lo solando em "Oceano" na gravação original de Djavan, ou na baba "Have You Ever Really Loved A Woman" de Bryan Adams. Mas acima de tudo, sempre será lembrado quando algum garoto pegar o violão e conseguir emocionar alguém com um belo dedilhado.
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