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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O DIA D de DRUMMOND

Hoje, Carlos Drummond de Andrade completaria 110 anos de idade. Por isso, merecidamente, comemoramos o "Dia D de Drummond".
Ao lado de Vinícius de Moraes, Drummond é o meu poeta preferido. Falava de amor de forma sublime, e sem nunca parecer piegas ou cafona.
Sempre foi um sujeito de muito bom gosto: "Gosto de Noel, de Caetano, de Gilberto Gil. E também do Tom Jobim. É difícil dizer assim de cabeça, mas tem muita gente boa", disse Drummond em entrevista ao jornalista Zuenir Ventura. "Gosto de Chico Buarque, nem é preciso dizer, com quem me sinto muito identificado." Chico Buarque, em 1975, escreveu o musical Gota D´Água, com Paulo Pontes. Uma das músicas, que ficou muito famosa, "Flor da Idade", aquela: "Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava..." - uma referência direta ao poema Quadrilha, de Drummond: "João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria...".
Ele também é fã de Beatles. A revista Realidade trouxe, na edição de março de 1969, seis músicas dos Beatles traduzidas por Drummond. Todas elas fazem parte do "The White Album", lançado em 1968. As canções traduzidas são: "Ob-La-Di, Ob-La-Da"; "Piggies"; "Why don't we do it in the road?"; "I Will"; "Blackbird" e "Happiness is a warm gun".
Muitos compositores já fizeram como Chico Buarque e se inspiraram em sua obra, ou até mesmo musicaram seus poemas. Os que conseguiram o resultado mais bonito na minha opinião foram Tunai e Milton Nascimento, em "As Sem - Razões de Amar".
Confiram:


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