É pra comemorar: Sepultura de graça no Rio de Janeiro! Esse feito histórico aconteceu na terceira edição do Viradão Carioca. Em 2010 vi Lulu Santos no Rio das Pedras; em 2011 Paralamas do Sucesso em Bangu. E nesse ano, apesar da enorme quantidade de atrações, mais uma vez só assisti a um dos shows. Mas não foi qualquer show:
Sepultura, porra!!!
O palco da Quinta da Boa Vista foi montado no vale me frente ao Museu Nacional. O formato do lugar proporciona uma boa acústica, e permite que todos tenham uma excelente visão do espetáculo.
Cheguei de carro sem pegar muito trânsito, e consegui facilmente uma vaga no estacionamento em frente ao Zoo, pagando dez reais. Havia muitos PMs e guardas municipais por todo o parque, e o clima era de total tranquilidade.
Achei o público pequeno, principalmente se comparado a última vez que estive por lá em 2010 pra ver o Show de são João com Gilberto Gil e Convidados (Leia a resenha). Se fosse em São Paulo, com certeza estaria mais do que lotado. Acabei saindo de casa tarde, e a única coisa que vi do show do Korzus foi os integrantes se despedindo e agradecendo.
Se a presença do público decepcionou negativamente, a qualidade e a potência do som me surpreenderam positivamente. Tudo bem equalizado e extremamente alto. Uma verdadeira porrada. Além disso, platéia e banda estavam em perfeieta sintonia. É meu caro, se você não foi, pode se rasgar...
O repertório cobriu toda a carreira do Sepultura, desde os primórdios (com "Inner Self") até hoje em dia (com "Kairos" do CD mais recente), com perdão ao plágio da letra de "Homem Primata".(Rsss). Rolaram duas covers da pesada: "Just One Fix" do Ministry, e "Polícia" dos Titãs, que chegou a ser lançada como extra no álbum "Chaos AD". Não faltaram os clássicos da fase Max Cavalera: "Territory", "Refuse/Resist", "Arise", "Roots Bloody Roots". Foi foda ouvir "Dead Embrionic Cells", uma das minhas preferidas que fazia tempo não via a banda tocar.
A iluminação e o telão também foram pontos altos. A produção foi exemplar, digna de nota dez. Mesmo quem não é fã da porradaria sonora do Sepultura tem que admitir que foi um showzaço (não é mesmo , Mell?).
É impossível não comentar a perfomance do novo baterista Eloy Casagrande. O garoto é um fenômeno. Animalesco, monstro, bestial são algumas das palavras pra definir o que ele faz. Ele alia a pegada animal e a atitude de Igor Cavarella com a técnica e a virtuose de caras como Mike Portnoy e Vinnie Colaiuta. Ele não se limita a reproduzir os consagrados arranjos originais. Não é preciso ficar muito atento pra perceber que ele adiciona detalhes, novas viradas e sua personalidade em cada interpretação, sem descaracterizar as músicas. Sem contar o trabalho impressionante com o bumbo duplo. O cara me deixou embasbacado. Já o conhecia desde 2005, quando ele com 14 anos foi premiado e se apresentou no Modern Drummer Contest, em New Jersey, no evento/show organizado pela mais importantes revista sobre bateria do mundo. Depois vi sua evolução tocando na banda de apoio do vocalista André Matos. Eloy deixou de ser uma grande promessa para se tornar um dos grandes. A descrição do guitarrista Andreas Kisser ao apresentá-lo antes do seu curto solo de bateria foi perfeita: "Esse é nosso novo baterista Eloy Casagrande. Mais um monstro brasileiro para o mundo".
Setlist:
Refuse/Resist
Kairos
Relentless
Dead Embrionic Cells
Convicted In Life
Dialog
Attitude
Choke
Mask
Sepulnation
Inner Self
Just One Fix (Cover do Ministry)
Arise
Polícia (cover dos Titãs)
Territory
Bis:
Rattamahatta
Roots Bloody Roots
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Po esse show foi mt bom!Vi d frente pro palco!Só faltou Troops of Doom,mas valew! E de graça é mt melhor!hehe
ResponderExcluirGustava Anet
Pode crer Gustavo Anet, faltou mesmo
ExcluirFoi o melhor show do Sepultura sem os irmãos Cavalera. O som estava ótimo e o repertório sensacional. Viva o metal!
ResponderExcluirHugo Freitas
Assino embaixo, amigo!
ExcluirO som desse show mudou todos os parâmetros que eu tinha, depois desse show, todos os shows que eu tinha ido antes, de qualquer gênero musical que fosse, ficaram no chinelo, estava uma perfeição a equalização e extremamente limpo, pesado demais!
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