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domingo, 20 de novembro de 2011

EnVIADO Especial ao SWU

Como comentei em outros posts, não fui ao SWU. Mas Daniel Demétrio, grande colaborador do Blog, depois de levar calote da Carioca Tour, teve que se virar pra conferir o último dia do Festival.
A seguir, o relato do nosso enVIADO especial sobre sua experiência no SWU. Ah, Daniel é o gatchenho da direita, na foto:
Eu e meu amigo Diego chegamos ao evento por volta das três da tarde. Já tínhamos perdido a apresentação dos Raimundos e da banda do ex-baixista do Guns’n’Roses, Duff Mckagan’s Loaded. Quando chegamos aos palcos principais (Consciência e Energia), a banda Black Rebel Motorcycle Club estava tocando. Eu só tinha ouvido duas ou três músicas da banda, que tem um som um punk/indie com certa influencia de rock psicodélico. Em casa achei até escutável a banda, mas ao vivo achei bem chato. Primeiro, o vocalista tem uma voz um tanto quanto irritante. Segundo, as músicas são repetitivas e sem nenhum grande atrativo sonoro. A mesma coisa que centenas de bandas indies fazem hoje em dia. A música que fechou foi “Whatever Happened To My Rock And Roll”.Um dos pontos positivos da organização foi de esquematizar as apresentações principais de forma que enquanto uma das bandas tocava, a produção da seguinte arrumava a apresentação no palco em frente. Isso reduziu muito o tempo de intervalo dos shows, que costuma ser bem longo.
Então logo depois do termino do BRMC, entrou no outro palco o Down, banda do ex-vocalista do Pantera Phil Anselmo. O som estava um pouco confuso na primeira música
“Temptation’s Wings”, mas foi ajustado rapidamente. A segunda música, “Lifer”, foi dedicada a Dimebag Darrel, ex-guitarrista do Pantera assassinado enquanto fazia um show. Outra dedicada a um famoso do metal, dessa vez brasileiro, foi "Hail the Leaf" a Andreas Kisser do Sepultura. A banda é boa, e faz um sludge metal (estilo derivado do heavy metal, southern rock, hardcore punk entre outros) bacana. É incrível como Phil está com a mesma aparência de vinte anos atrás. Sua voz já não tem a mesma potência, mas está longe de fazer feio. E deve-se todo o respeito ao cara, pois ele pavimentou o caminho de muitos vocalistas de metal da atualidade, como Corey Taylor (Stone Sour e Slipknot) e Matt Shadows (Avenged Sevenfold), e está ainda cheio de energia para fazer música. Bem simpático com a platéia, se impressionou quando avistou um fã com “Pantera” tatuado no peito, dando uma palhinha de “Walk” para o delírio dos expectadores. Segundo ele essa é a primeira vez que estavam em turnê na America do Sul, e o show do Brasil foi de longe o melhor e com certeza eles retornarão. Fecharam com “Bury Me in Smoke”, com a “invasão” do grupo Duff Mckagan’s Loaded que terminou de tocar a música.A banda seguinte foi o 311. O grupo foi possui um estilo bem comercial, com um pop-rock que juntava rap, ska e outros estilos. Não é que foi um show ruim, mas nada que fez a platéia vibrar, que por sinal estava bem dispersa nesse show aproveitando para comer, ir ao banheiro e etc.. Fecharam com Down, uma das músicas de maior sucesso do grupo.O grupo seguinte foi o alternativo Sonic Youth. Estava até curioso para assistir a banda, pois conhecia algumas músicas legais da banda. Mas logo no começo ao abrirem com “Brave Men Run”, causou um clima de estranheza em muita gente da platéia incluindo a mim. As músicas possuem algumas idéias legais, melodias bem simples, mas cativantes. Porém pelo menos a meu ver, querem tentar ser alternativos demais, e viajam na música fazendo microfonias e barulhos diversos com os instrumentos ao invés de tocá-los. Falando em loucura, em seguida veio o Primus. Mas dessa vez a viagem era pelo mundo do virtuosismo. Logo ao abrirem com “Those Damned Blue-Collar Tweekers”, chamaram a atenção do público com o seu funk-rock cheio de groove. Como já citado, o grupo é formado por excelentes instrumentistas com destaque a Les Claypool, que depois de ver esse show certamente o considero como um dos baixistas mais virtuosos da música. Mas também chega a um ponto que sua música fica experimental demais, e meio chata em certos momentos. Pessoalmente o ponto alto da apresentação foi quando eles tocaram “Jerry Was A Race Car Driver”, que está presente na trilha sonora do primeiro jogo da série Tony Hawk, que eu costumava jogar bastante. Além do mais a música é muito boa com ótimos solos de guitarra.Um pouco antes de acabar o show do Primus, demos uma saída estratégica para o banheiro e para comprar água, para conseguir um lugar bom antes do show do Megadeth começar. Tarde demais. Ao voltarmos o show do Primus já tinha acabado e uma aglomeração absurda já havia se formado em volta do palco. Não demorou muito e introdução de bateria de “Trust” começou, e a banda entra no palco. A platéia como o esperado foi a loucura, pois Megadeth era uma das atrações mais esperadas do festival. Houve especulações sobre o cancelamento do show deles devido a um problema de coluna de Dave Mustaine, que teria que ficar de repouso absoluto após a cirurgia e conseqüentemente cancelar algumas datas. Mas ele conseguiu achar um médico renomado e fez um tratamento mais rápido, pois segundo ele não queria abandonar os fãs que iriam assistir a banda. São poucos artistas que possuem esse nível de compromisso e consideração com os fãs, nota dez para Mustaine.
O som estava matador desde o começo. A banda tocou vários clássicos com “Symphony of Detruction”, “Hangar 18” e “Wake Up Dead”, e duas músicas do álbum mais recente “Whose Life” e “Public Enemy No. 1”. Um aspecto impressionante do grupo é a sua consistência, tanto em estúdio quanto ao vivo. Apesar dos riffs e solos complexos e das constantes mudanças de ritmo em suas músicas, todos os instrumentos se encaixam em perfeita sincronia, fazendo o som ficar cheio e intenso. Pena que o show foi pequeno, só tocaram 11 músicas porque só as três últimas bandas do dia tinham disponível uma duração maior de apresentação. O público reverenciou Dave Mustaine com coro “olê, olê, olê, olê, Mustaine, Mustaine” e no bis fecharam com “Holy Wars... The Punishment Due” Showzaço!!!A banda seguinte foi Stone Temple Pilots, que trouxe a chuva com eles que perdurou até o final. A única música que conhecia deles era “Plush”. Mas gostei do show e do som da banda, baseado no grunge e pop rock da década de 90, com ótimos refrões. E a platéia também curtiu, cantando todas as músicas junto de Scott Weiland e suas danças a lá Mick Jagger.Um pouco antes de terminar o show do STP, nós voltamos ao palco oposto para esperar o show do Alice in Chains. Desta vez funcionou e pegamos um bom lugar para ver show seguinte. A platéia estava eufórica e ansiosa para o início da apresentação deles. Abriram com a estonteante “Them Bones”. Seguiram com “Dam That River” e “Rain When I Die”, ambas as três do álbum Dirt o mais famoso da banda. Junto dos clássicos, o grupo também tocou músicas de seu álbum mais recente (muito boas por sinal) “Black Gives Way to Blue” como “Check My Brain” e “Last of My Kind”. Wlliam Duval é um excelente cantor, e ainda toca guitarra em algumas músicas. O curioso que em “Got Me Wrong” e ele quem faz a guitarra solo e o backing vocal, enquanto o guitarrista Jerry Cantrell faz a guitarra base e o vocal principal. Alguns fãs mais radicais podem dizer que a banda não é a mesma coisa, e nem poderia ser mesmo, pois Layne Staley era um cantor fantástico e com um jeito bem característico de cantar. Mas é forçar muito a barra não reconhecer a grande banda que eles ainda são. É o mesmo caso que houve com o AC/DC. Bom Scott nunca vai ter um substituto perfeito, mas Brian Johnson é ótimo e a banda continuou muito bem. E creio que a gigante maioria da platéia concordou, pois todos vibraram e cantaram o concerto inteiro.Então, chegou a grande hora do show do Faith no More. Ninguém se importava com a chuva ou o aperto. Todos estavam animadíssimos. O palco estava curioso parecendo um lugar de gala, com flores e cortinas brancas para fazer jus ao show de retorno da banda. Quem abriu o show foi o poeta pernambucano Cacau Gomes, que fez um pequeno discurso e anunciou a banda. Muitos estavam meio impacientes essa hora, gritando o nome da banda, mas eu achei bem legal, até porque mostra a ligação que o grupo tem com o Brasil. Abriram com “Woodpecker From Mars” e emendaram em um cover de “Delliah”, canção de Tom Jones. Logo após o grupo quebrou tudo com “From Out of Nowhere”. Essa é uma das características mais legais da banda ao vivo. Uma hora estão tocando músicas pesadas como “Cuckoo for Caca” com Patton gritando e fazendo todas as loucuras possíveis com sua voz e logo em seguida vem a melodia e o lirismo do cover do Commodores “Easy”. Patton interagiu muito com o público, estava literalmente em casa, falando de caipirinha e retrucando um de seus companheiros que agradeceu “a São Paulo” e ele consertou falando “Paulínia”. Enfim, foi uma apresentação incrível, por mais que sempre falte algumas músicas, como nesse caso “We Care a Lot” e “Falling to Pieces”.
Enfim, foi um festival muito bom, e em minha opinião superou todos os dias do Rock in Rio, que fui no dia 25, devido ao Lineup muito bem escolhido. Vale muito a pena conferir esses shows no Youtube.
Ps: Se for viajar, não vá por qualquer excursão que você achar, pois no meu caso contratei a Carioca Tour, e um dos administradores sumiu com o dinheiro de todos, alguns dias antes do show. As únicas confiáveis pelo visto no Rio de Janeiro são a Drika Tour e RD Tour. E acabou que tive um gasto viajando por conta própria bem próximo ao preço das excursões. Por isso pesquise bem.

2 comentários:

  1. Pow vlw pelo post cara!!! mas dei mole, na parte final do "Ps" coloquei virgulas demais, a na hora de falar do faith no more ficou redundante o "retrucando... retrucou". Da próxima vez reviso bem, pois tava tão corrido que até esqueci disso.

    Ass: Daniel Demetrio

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  2. Daniel, eu que agradeço pela reportagem.
    Havia feito a revisão, mas passou batido.
    Agora já consertado.
    Abração

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