Fomos direto para o Fórum Romano e Palatino. O Fórum Romano era o principal centro comercial da Roma Imperial. Ali havia lojas, praças de mercado e de reunião. Também era o local onde exatamente ficava o coração comunal.
Os remanescentes demonstram o uso de espaços urbanos durante a Idade Romana. O Fórum Romano inclui vários monumentos, edifícios e outras ruínas antigas: como já havia dito, um verdadeiro museu a céu aberto.
O passeio é maravilhoso. É impressionante como a vários séculos antes de Cristo, se conseguia realizar obras tão majestosas sem guindastes e toda tecnologia que dispomos hoje em dia.
O lugar é enorme! É sem dúvida um passeio inesquecível.
O calor era demais. Meu irmão disse que em Paris fez 40 graus. Imaginem em Roma!
O Sol estava muito forte, e cheguei a ficar com marca de camiseta.
Saindo do Fórum Romano e do Palatino, o que mais queríamos era fugir do Sol e do calor. Então entramos no Museu da Unificação Italiana aonde estava acontecendo uma exposição de obras do artista cubano Julio Larraz.
Muito interessante seus quadros, esculturas e caricaturas.
De lá, subimos no terraço do Monumento a Vittorio Emanuele II, onde se tem um visão privilegiada da cidade.
E encontramos essa gaivota que posou para nossas fotas.
Andamos mais um pouco e chegamos na Basílica de Santa Maria em Aracoeli, na colina do Campidoglio.
É uma igreja construída no local onde, segundo a lenda, a Sibila Tiburtina profetizou a chegada de Cristo ao Imperador Augusto, pouco antes da morte dele. Augusto por isso dedicou ali um altar ao filho de Deus.
Estátua do Papa Gregorius XIII, e abaixo o detalhe do teto da igreja
Uma capela perto da sacristia contem a estátua milagrosa do Santo Bambino, ou o Cristo Menino de Aracoeli, que a lenda diz esculpida em madeira de uma árvore do Jardim das Oliveiras em Jerusalém. Mas como o original foi roubado em 1994, apenas uma réplica aparece ao público.
Bem perto da basílica fica a estátua da loba amamentando Rômulo e Remo, que segundo a lenda foram os fundadores de Roma. Os meninos foram abandonados na floresta e teriam sobrevivido graças ao leite da loba.
Ali fica também o Monte Capitolino, a menor das sete colinas de Roma, onde se situa a Piazza del Campidoglio (Praça do Capitólio). O projeto dessa praça foi remodelado em 1536 por Michelangelo, a pedido do Papa Paulo III. O maior atrativo da praça são os seus palácios, que também podem ser visitados como museus. O Palácio Novo abriga o Museu Capitolino e está dedicado principalmente à escultura, com obras famosíssimas do período do Império Romano
Estátua de Marco Polo
Há também peças do Império Egípcio.
Saindo da praça e descendo a escadaria famosa, a Cordonata, chega-se as duas grandes estátuas dos Dioscuri (os míticos Castor e Pólux)
Pra mais uma vez fugirmos do calor entramos no Museu da Imigração Italiana, para aproveitar o ar condicionado.
Demos uma paradinha para jantar: Pizza!!!
Continuando o passeio chegamos ao Teatro Marcello, construído na Roma Antiga, por vontade de Júlio César, erguido entre o rio Tibre e o Capitólio.
O teatro é ainda usado para inúmeras apresentações. Estava acontecendo o Festival de Verão, com apresentações de música instrumental, em grande parte erudita. Ingressos eram vendidos por 21 Euros. Cartazes na entrada mostravam a programação com Bach, Chopin e outros grandes nomes. Foi aí que me chamou atenção um dos cartazes, onde anunciava para o dia seguinte: "Jarrett & Hackett". Pensei comigo: "Será que trata-se de um show conjunto entre Keith Jarrett (grande tecladista de Jazz) e Steve Hackett, o lendário guitarrista do Genesis?
Comecei a ficar empolgado, e fomos perguntar na bilheteria. A atendente confirmou a minha expectativa. Mas eu ainda não estava seguro. Então pedi para ler o livrinho com a programação do festival e descobri que infelizmente não era nada disso. Tratava-se de uma apresentação de um pianista italiano que iria tocar músicas de Jarett e que no seu repertório também havia um arranjo que ele criou para piano de "Horizons", clássico presente no LP "Foxtrot" do Genesis (de 1972), onde Steve Hackett faz um belo e antológico solo de violão. Confira o original:
Quase comprei gato por lebre....
Dando a volta pelas ruas que circundam o teatro, assistimos a passagem de som da pianista que se apresentaria naquela noite peças de Chopin.
Visitamos também a Igreja de Santa Maria in Campitelli, dedicada à Virgem Maria na Piazza di Campitelli, que se acreditava ter salvo a cidade de peste em 1656. A igreja foi constitúda pelo Papa Alexandre VII entre 1659 e 1667 com o atual desenhado em estilo barroco.
Corpo de São João Leonardo venerado na Igreja de Santa Maria in Portico
Fechamos o dia na Isola Tiberina, a Ilha Tiberina, formada no seio do rio Tibre, na zona em que o rio atravessa Roma, perto do Capitólio. É famosa devido ao Templo de Esculápio, o deus grego da Medicina. A ilha Tiberina era considerada na Roma antiga como um posto de mau presságio, os habitantes evitavam aproximar-se da ilha, e só os piores criminosos eram condenados a passar aí o resto da sua vida.
Hoje em dia o lugar ferve nas noites de verão. De um lado da ilha há o cinema ao ar livre, onde estava sendo exibido "Para Roma, Com Amor", de Woody Allen. Do outro lado ás margens do Rio há uma enorme feira, com bares e restaurantes com música ao vivo, e barracas que vendem de tudo: roupas, souvenirs, quadros, brinquedos, CDs, livros, antiguidades, bijuterias, jóias, etc...
Fizemos todo o trajeto a pé, e chegamos de volta ao hotel por volta de uma da manhã.
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