MOVING PICTURES – RUSH (1981)
Minhas bandas preferidas são Beatles, Led Zeppelin e Rush. É claro que gosto de várias outras, mas esse meu Top 3 fica sempre num patamar acima de todas.
Eu já nasci fã de Beatles, os quatro rapazes de Liverpool foram a trilha sonora da minha vida intrauterina. Com o Led Zeppelin foi instantâneo, tenho lembranças que aos três anos de idade via meu pai escutando o álbum ‘In Through The Outddor’, e eu ficava chapado com “All My Love”. Com o Rush foi totalmente diferente, não foi um “amor à primeira ouvida”.
Quando era moleque, pouca gente conhecia a fundo o Rush; era difícil encontrar um LP deles, suas músicas não tocavam nas rádios (hoje não mudou muito...), a única exceção era a Rádio Fluminense. Eu conhecia a banda, sabia que eram músicos excelentes, mas achava as músicas meio chatinhas e o timbre de voz do vocalista não me agradava.
Ouvir Rush não é fácil, é como apreciar jazz ou música clássica, os ouvidos têm que estar acostumados e treinados. Não sei ao certo quando essa minha paixão começou, mas com certeza, foi fundamental ter visto em VHS o show ‘Exit... Stage Left’. Foi realmente impressionante ver aqueles três monstros em ação: Neil Peart detonando numa bateria gigante, Geddy Lee cantando, tocando baixo e teclado (tudo ao mesmo tempo), e Alex Lifeson com seus solos incomuns e sons inuzitados.
O show citado é um resgistro da turnê do disco Moving Pictures de 1981, aonde o trio chega a perfeição. É considerado o último disco da Segunda Fase do Rush, conhecida como o período progressivo.
O disco abre com a magnífica “Tom Sayer”, que começa com um loop de teclado que até hoje é sampleado por homenageadores e plagiadores. É pleonasmo elogiar ou destacar a perfomance de Peart em qualquer canção, mas não dá pra evitar: o cara demonstra técnica, pegada, bom gosto, e na metade da música ainda faz um solo incrível. Esta é provavelmente a música mais conhecida da carreira banda, e no Brasil foi usada como tema do seriado Profissão Perigo (Magayver).
Red Barchetta, fala do carro dos sonhos de todos nós. É a música que melhor caracteriza esse período da banda, misturando hard rock, metal, pop e progressivo de uma forma original. É aí que Lifeson se destaca, fazendo o solo mais bonito do álbum.
Na seqüência temos “YYZ”. Me faltam adjetivos pra esse fenomenal número instrumental. O nome da música é o código de área do aeroporto de Toronto. O que ouvimos no início da música é o código morse enviado pelas torres de comando para os aviões, Nessa faixa, eles mostram que são mestres, cada um no seu instrumento; destaque para Lee que duela com Peart. “YYZ” foi indicada ao Grammy na categoria “Melhor Perfomance Instrumental de Rock”, perdendo injustamente para “Behind My Camel” do The Police.
Em seguida vem “Limelight”, que começa com o melhor riff já composto por Lifeson. Na minha opinião, a melhor música do disco. Com um refrão empolgante e arranjo perfeito.
Surge então “The Camera Eye”, uma epopéia de 11 minutos, talvez a faixa aonde a vertente progressiva mais aparece. É praticamente a última música de duração longa gravada pela banda.
“Witch Hunt” é a primeira parte da trilogia ‘Fear”. Segue a mesma vertente; mostrando Geddy Lee se dividindo entre o baixo e os teclados, dando até mais destaque pro último.
Fechando a obra: “Vital Signs”. Com um andamento calcado no ska e reggae. Neil Peart mostra a influência que sofreu de Stewart Copland (baterista do The Police), para o qual já fez vários elogios. Muito mais do que ser a última faixa do disco, ela mostra o como seria a carreira futura do grupo; voltada pra canções de duração mais curta, com arranjos com grande quantidades de teclados, que às vezes chegavam a sufocar a guitarra de Alex, e um som mais calcado no Pop.
Moving Pictures chegou no terceiro lugar na parada da Billboard Álbum Chart e ganhou quatro vezes o disco de platina. Colocou definitivamente o Rush como umas das maiores bandas de Rock de todos os tempos.
Se pra mim as músicas do Rush eram chatinhas, hoje elas figuram como minhas favoritas em qualquer playlist. Se antes o timbre do Geddy Lee não me agradava, hoje o considero um dos melhores vocalistas da história do Rock. Ele também é meu baixista favorito, ao lado de Paul McCartney, Marcus Miller e Stanley Clarke.
Neil Peart é o meu grande Mestre, o melhor baterista, gênio das baquetas.
E Alex Lifeson um dos guitarristas mais originais.
Então, Cara, vai ouvir o disco, anda...
E se não curtir muito, ouça até gostar; você vai aprender. Seu cérebro e coração vão agradecer.
Minhas bandas preferidas são Beatles, Led Zeppelin e Rush. É claro que gosto de várias outras, mas esse meu Top 3 fica sempre num patamar acima de todas.
Eu já nasci fã de Beatles, os quatro rapazes de Liverpool foram a trilha sonora da minha vida intrauterina. Com o Led Zeppelin foi instantâneo, tenho lembranças que aos três anos de idade via meu pai escutando o álbum ‘In Through The Outddor’, e eu ficava chapado com “All My Love”. Com o Rush foi totalmente diferente, não foi um “amor à primeira ouvida”.
Quando era moleque, pouca gente conhecia a fundo o Rush; era difícil encontrar um LP deles, suas músicas não tocavam nas rádios (hoje não mudou muito...), a única exceção era a Rádio Fluminense. Eu conhecia a banda, sabia que eram músicos excelentes, mas achava as músicas meio chatinhas e o timbre de voz do vocalista não me agradava.
Ouvir Rush não é fácil, é como apreciar jazz ou música clássica, os ouvidos têm que estar acostumados e treinados. Não sei ao certo quando essa minha paixão começou, mas com certeza, foi fundamental ter visto em VHS o show ‘Exit... Stage Left’. Foi realmente impressionante ver aqueles três monstros em ação: Neil Peart detonando numa bateria gigante, Geddy Lee cantando, tocando baixo e teclado (tudo ao mesmo tempo), e Alex Lifeson com seus solos incomuns e sons inuzitados.
O show citado é um resgistro da turnê do disco Moving Pictures de 1981, aonde o trio chega a perfeição. É considerado o último disco da Segunda Fase do Rush, conhecida como o período progressivo.
O disco abre com a magnífica “Tom Sayer”, que começa com um loop de teclado que até hoje é sampleado por homenageadores e plagiadores. É pleonasmo elogiar ou destacar a perfomance de Peart em qualquer canção, mas não dá pra evitar: o cara demonstra técnica, pegada, bom gosto, e na metade da música ainda faz um solo incrível. Esta é provavelmente a música mais conhecida da carreira banda, e no Brasil foi usada como tema do seriado Profissão Perigo (Magayver).
Red Barchetta, fala do carro dos sonhos de todos nós. É a música que melhor caracteriza esse período da banda, misturando hard rock, metal, pop e progressivo de uma forma original. É aí que Lifeson se destaca, fazendo o solo mais bonito do álbum.
Na seqüência temos “YYZ”. Me faltam adjetivos pra esse fenomenal número instrumental. O nome da música é o código de área do aeroporto de Toronto. O que ouvimos no início da música é o código morse enviado pelas torres de comando para os aviões, Nessa faixa, eles mostram que são mestres, cada um no seu instrumento; destaque para Lee que duela com Peart. “YYZ” foi indicada ao Grammy na categoria “Melhor Perfomance Instrumental de Rock”, perdendo injustamente para “Behind My Camel” do The Police.
Em seguida vem “Limelight”, que começa com o melhor riff já composto por Lifeson. Na minha opinião, a melhor música do disco. Com um refrão empolgante e arranjo perfeito.
Surge então “The Camera Eye”, uma epopéia de 11 minutos, talvez a faixa aonde a vertente progressiva mais aparece. É praticamente a última música de duração longa gravada pela banda.
“Witch Hunt” é a primeira parte da trilogia ‘Fear”. Segue a mesma vertente; mostrando Geddy Lee se dividindo entre o baixo e os teclados, dando até mais destaque pro último.
Fechando a obra: “Vital Signs”. Com um andamento calcado no ska e reggae. Neil Peart mostra a influência que sofreu de Stewart Copland (baterista do The Police), para o qual já fez vários elogios. Muito mais do que ser a última faixa do disco, ela mostra o como seria a carreira futura do grupo; voltada pra canções de duração mais curta, com arranjos com grande quantidades de teclados, que às vezes chegavam a sufocar a guitarra de Alex, e um som mais calcado no Pop.
Moving Pictures chegou no terceiro lugar na parada da Billboard Álbum Chart e ganhou quatro vezes o disco de platina. Colocou definitivamente o Rush como umas das maiores bandas de Rock de todos os tempos.
Se pra mim as músicas do Rush eram chatinhas, hoje elas figuram como minhas favoritas em qualquer playlist. Se antes o timbre do Geddy Lee não me agradava, hoje o considero um dos melhores vocalistas da história do Rock. Ele também é meu baixista favorito, ao lado de Paul McCartney, Marcus Miller e Stanley Clarke.
Neil Peart é o meu grande Mestre, o melhor baterista, gênio das baquetas.
E Alex Lifeson um dos guitarristas mais originais.
Então, Cara, vai ouvir o disco, anda...
E se não curtir muito, ouça até gostar; você vai aprender. Seu cérebro e coração vão agradecer.
Verdade, essa banda é perfeita.
ResponderExcluirPerfeição pura!
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