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sábado, 22 de dezembro de 2012

MORREU RAVI SHANKAR, EMBAIXADOR DA MÚSICA INDIANA

Outra grande perda no mês de dezembro, foi o músico indiano Ravi Shankar, que vieo a falecer no dia 11, na Califórnia, aos 92 anos.
"Com grande tristeza escrevemos para informar que Pandit Ravi Shankar, marido, pai e alma musical, faleceu", afirmou o comunicado assinado por Sukanya e Anoushka Shankar, esposa e filha do músico. Shankar também era pai da cantora Norah Jones, fruto de uma relação extraconjugal.
Ravi sofria problemas respiratórios e cardíacos desde o ano passado, que o levou a submeter-se, no dia 6 de dezembro, a uma intervenção cirúrgica para substituir uma válvula cardíaca. Embora a operação tenha sido bem-sucedida, seu corpo não foi capaz de suportar o esforço da operação.
Apesar da saúde debilitada, Shankar continuou apresentando-se nos últimos meses e realizou seu último show no dia 4 de novembro em Los Angeles, ao lado de Anoushka Shankar.
Seu álbum "The living room sessions Part 1" foi indicado à próxima edição do Grammy, e o músico recebeu essa notícia antes de sua operação.
Ravi Shankar nasceu nasceu na Índia. Seu pai era professor de violino, e isso facilitou para que Shankar começasse a tocar esse instrumento aos 5 anos. Só a partir de 1936, começou a estudar a sítara, instrumento tradicional indiano. A sítara é um instrumento tão complexo que existe um ditado indiano que diz que "è necessário uma encenação para se aprender a afiná-la, e uma segunda para se aprender a tocá-la".
Ravi se tornou um mestre no instrumento em pouco tempo, e alcançou a fama no Ocidente graças a sua amizade com o beatle George Harrison, de quem foi professor após conhecê-lo em 1966. Os Beatles chamavam Shankar de "padrinho da música mundial".
Harrison foi um aluno dedicado, e foi o primeiro músico ocidental a gravar tocando uma sítara, foi em 1965, na canção "Norwegian Wood", presente no álbum "Rubber Soul" dos Beatles.
Em 1967, Ravi  realizou seu primeiro dueto com o violinista Yehudi Menuhin, com o qual posteriormente colaborou em várias ocasiões. Em 1969, viajou aos EUA com a intenção de aprofundar-se na música do Ocidente e, ao mesmo tempo, popularizar a música hindu. Dois anos mais tarde, a pedido da London Symphony, compôs um concerto que estreou no Royal Festival Hall, na capital inglesa.

Foi a pedido de Shankar que George Harrison organizou o "Concert for Bangladesh", considerado o primeiro show beneficente da história; criado para ajudar aos flagelados daquele país devastado. Participaram da apresentação, além de Harrison e Shankar, estrelas como Ringo Starr, Eric Clapton, Bob Dylan, Leon Russel, Billy Preston e a banda Badfinger.
O show originou um LP duplo e um longa metragem, que também tiveram os lucros revertido às vitimas e a UNICEF. Atualmente também estão disponíveis nas versões em DVDs e CDs duplos.

A atividade musical de Ravi Shankar foi intensa, tendo destaque também como compositor. É autor de dois concertos para sitar e orquestra, além de músicas para balés e trilhas sonoras para filmes.
A influência de Ravi Shankar na música mundial é muito grande. Além de Harrison e os Beatles, vários músicos a partir dos anos 60, beberam dessa fonte; os mais aclamados são The Doors, The Byrds, e os guitarristas John Mclaughlin, Brian Jones (do Rolling Stones), Eric Clapton, entre outros.
Como consequência da morte do pai, a cantora e pianista Norah Jones cancelou os shows que faria em dezembro no Brasil. A tour começaria no dia 12 em em Porto Alegre, e depois passaria por São Paulo (dia 15) e Rio de Janeiro (no dia 16).

Um comentário:

  1. Foi importante saber um pouco da história de Ravi Shankar, mais um gênio musical que se foi. Eu gosto da Norah Jones, não sabia que era filha dele!

    Acho lindas as composições com cítara, tocadas pelo George Harrison, nos Beatles. Ainda não conheço sua carreira solo.

    Mais uma vez, adorei o post!

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