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segunda-feira, 29 de junho de 2009

PROJETO 1 + 1 com Alexandre Cavallo e Christiano Galvão na Lona Cultural de Jacarepaguá - 25 de Junho de 2009


Nesta última quinta-feira foi retomado o projeto "Lona Instrumental", que começou em Julho de 2008 na Lona Cultural Jacob do Bandolim em Jacarepaguá com show do excelente saxofonista Leo Gandelman. Além dele, passaram pelo projeto feras como o baterista Cláudio Infante, o percussionista Repolho, o multi-taentoso baixista Arthur Maia, entre outros.
Dessa vez o show foi com o baixista Alexandre Cavallo e o baterista Christiano Galvão, que formam o Projeto 1+1. Os dois se conheceram por volta de 95, 96, quando participaram do álbum do guitarrista Sérgio Zuarawiski, que foi o responsável por apresentar Cavallo a Jorge Vercilo, que o convidou para fazer parte de sua banda. Um ano depois, Christiano entrou no time; os dois permaneceram com o cantor por mais de uma década . Antes, o baterista acompanhava Zélia Duncan, após ter passado um ano estudando nos Estados Unidos, e de ter tocado com nomes como Celso Blues Boy; atualmente toca na banda de Marina Lima. Já Alexandre Cavallo, vinha de uma estrada que o ligava a diferentes linguagens: do samba de Jorge Aragão ao rock da Blitz. Atualmente, se mantém tocando com Erasmo Carlos, Luiza Possi, Simone e Renata Arruda.
A apresentação contou com as participações especiais de Zé Carlos Bigorna (sax/flauta) e do guitarrista Zeppa.
Zeppa também era da banda de Vercilo, e inclusive os dois têm inúmeras parcerias como o Hit "Leve".
Infelizmente, por pouca divulgação e pelo ainda pouco interesse pela Música Instrumental, na platéia não tinha mais de 20 pessoas. Espero que isso não impeça que em Julho tenha mais uma edição do "Lona Instrumental".
Mesmo com público pífio, os músicos não pouparam intusiasmo e empolgação, o que contagiou a platéia, que via no palco uma apresentação de pessoas que adoram o que fazem e o fazem com categoria e excelência.
O diferencial da apresentação é que eles tentam fazer uma música instrumental com uma pegada mais pop, valorizando as melodias, mas com espaço para improvisos e solos. Além disso, há também uma impressionante variação de ritmo e estilos: tanto nas autorais, como o frevo em ´Chuva no Recife´ passando pelo baião em ´Abóbora de Coco´ e o samba em ´Dois é bom, três é samba´, quanto nas releituras: “San Juan Sunset” (Eumir Deodato), “Qui nem Jiló” (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira”), “Você” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli) e “Nada será como antes” (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos) que Cavallo erroneamente atribui a composição desta ultima a Fernando Brant e Lô Borges.
Todos os músicos tiveram espaço pra fazer seus solos: Zeppa com seu fraseado jazzístico bem ao estilo George Benson, Bigorna alternando belíssimos solos na flauta e no sax, Cavallo mostrando que é um dos melhores no instrumento no país. Mas o destaque da noite, sem dúvida foi Christiano, o cara é um animal!
Mostrando total domínio no instrumento, ele alternava sutileza com peso, alterando andamentos, mostrando muita técnica, bom gosto e pegada. Realmente fiquei muito imprecionado, já o tinha visto ao vivo com Jorge Vercilo, mas só nesse show solo é que pude constatar todo seu talento e virtuose. Agora sou fã de carteirinha e tenho Christiano Galvão como um dos meus bateristas preferidos.

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