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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

25 de Setembro de 2011 - EU NO ROCK IN RIO (Detalhes)

Perdi Matanza & B.Negão, mas cheguei a tempo de ver no Palco Sunset o show do Korzus com a participação da The Punk Metal All Stars. Achei merecidíssima a participação da banda no Festival, afinal os caras estão há muito tempo defendendo a bandeira do Metal nacional. O som estava uma merda, mas a valeu a festa.
A cada música a banda agradecia aos presentes, e fazia discursos de patriotismo inflamado, chegando a puxar o Hino Nacional. A galera já enchia o espaço do Sunset desde cedo, e o vocalista Marcello Pompeu comandava a massa como um maestro. No meio da apresentação ele pediu que fizessem um "wall of death", então foi aberto um grande corredor entre os dois lados do público, contou até três, e as duas frentes se trombarem durante mais de dois minutos. E eu estava no olho do furacão.O primeiro convidado a subir ao palco do tal "The Punk Metal All Stars" foi Marcel Schmier, baixista e vocalista do Destruction. Depois Mike Clark e Hector entraram para tocar "War Inside My Head", de sua banda Suicidal Tendencies. O guitarrista East Bay Ray, do Dead Kennedys, subiu ao palco pra trocar o clássico "California Ubber Alles", ele se complicou com o cabo da guitarra e foi ignorado quando pediu pra que a música recomeçasse. B Negão apareceu também pra cantar. Nessa hora o som conseguiu piorar e muito.
O último convidado foi João Gordo, em "Beber até morrer", e a porradaria comeu solta!

SETLIST:
1- Guilty Silence
2- Truth
3- Discipline of Hate
4- Looking For
5- Never Die
6- Who's Going To Be The Next?
7- Mad Butcher (com Marcel Schmier)
8- War Inside My Head (com with Mike Clark e Hector)
9- California Uber Alles (com East Bay Ray e B.Negão)
10- Beber até morrer (com João Gordo)
11- Correria

O Angra merecia estar no Palco Mundo, e apesar do som horroroso, fizeram mesmo uma apresentação digna de estar no line-up do palco principal do festival. Confesso que fazia tempo que não ouvia as músicas do Angra, e foi bacana ouvir novamente coisas como "Carry On" e "Nothing To Say", algumas das canções que empolgaram a galera. O show contou com participação do violinista Amom Lima, ele mesmo: da Família Lima, o cunhado da Sandy. A convidada especial foi a deusa nórdica Tarja Turunen, ex-Nightwish, que entrou no palco ovacionada. Ela surgiu linda, toda de coro preto, arriscou algumas palavras em português e cantou ""Spread Your Fire"; o som estava uma bosta, e mal sua voz estava praticamente inaudível. Tarja ainda fez uma versão de "Wuthering Heights", sucesso de Kate Bush, que chegou a ser gravada no primeiro disco do Angra. Ela completou sua participação com "The Phantom of the Opera", gente no gargarejo chorava copiosamente.SETLIST:
Intro/Arising Tunder
Angels Cry
Nothing to Say
Lisbon
Intro/Spread Your Fire
Wuthering Heights
Panthon of the Opera
Rebirth
Carry On/Nova Era
Gate XIII

Durante a longa espera pelo início do show do Sepultura, algumas meninas tentavam ganhar seus segundos de fama, mostrando os seios. Colocavam as peitolas de fora e logo apareciam no telão, e a galera ia a loucura. A que fez mais sucesso, foi uma que fez doce e nem botos os mamás de fora, ficou só mostrando as tatoos.

Por causa dos famosos problemas técnicos, o encontro do Sepultura com os franceses do Tambours Du Bronx atrasou bastante. O resultado foi que acabou competindo com o Glória, o primeiro show do Palco Mundo. A galera no Sunset estava impaciente, vaiando e fazendo o corinho: "Au, Au, Au, Cavalera é pontual". Andreas Kisser apareceu pra acalmar os ânimos, explicando que estavam resolvendo um problema no P.A. que em breve iria começar. Um dos lados da amplificação tinha parado de funcionar, e a equipe demorou a resolver o problema. O show começou, com o grupo francês Tambours du Bronx abrindo com "Mixture", os malucos tiram som batucando em latões, e usando sons eletrônicos.
Lamentei o Sepultura não ter sido escalado para o Palco Principal, mas no fim foi até bo, porque já assisti a uma porrada de shows da banda, mas nenhum com esse formato. E os percussionistas dos Tambours acentuou o peso de músicas como "Refuse/Resist".
Que os fãs xiitas não me ouçam, mas acho que o novo baterista Jean Dolabella, está tocando mais que o Igor Cavalera. O cara é um monstro.
Andreas Kisser setenciou: “essa é, com certeza, a melhor noite do Rock in Rio!”, e concordo plenamente, é a que tinha o maior número de boas atrações. Em seguida, a banda tocou “Structure Violence“, faixa do álbum “Kairos”, que foi gravada com a participação do Tambours du Bronx.
Depois apresentaram uma canção autoral do grupo convidado, “Fever”. Na sequência, veio o único cover da noite, “Firestarter”, do Prodigy. Antes de anunciar a última música, Kisser agradeceu mais uma vez, e Green pediu ao público que cantasse "mais alto do que aquele outro palco" (onde o Gloria se apresentava). Mike Patton foi convidado ao palco, para a saideira com "Roots Bloddy Roots".
Valeu muito a pena esperar! Foi um showzaço.

SETLIST:
1- Mixture
2- Refuse/Resist
3- Sepulnation
4- Kairos
5- Relentless
6- Structure Violence (Azzes)
7- Requiem
8- We've Lost You
9- Fever
10- Firestarter
11- Territory
12- Roots Bloody Roots
Fui pro Palco Mundo conhecer o Coheed and Cambria. O grupo não empolgou e deu sequência ao clima de dispersão que dominou a pista do Palco Mundo desde o show do Glória, mas com uma importante diferença: banda gringa não recebe vaias de público brasileiro. Da mesma forma quando em 2001, Carlinhos Brown foi vaiado, execrado e bombardeado com chuva de garrafas, e o Papa Roach recebeu palmas, apesar de ser totalmente desconhecido e ter feito um showzinho meia boca.
A galera só se manifestou mesmo em “Everything Evil”,por ter como música incidental para delírio geral, “The Trooper”, do Iron Maiden, que gerou uma explosão de gritos, pulos e chifrinhos já nas primeiras notas.
Antes de “Welcome Home” encerrar o show, gritos de “Motörhead! Motörhead!” começavam a ecoar. Os pedidos foram abafados pelo som da guitarra de dois braços de Sanchez.

SETLIST:
1. No world for tomorrow
2. Grave makers
3. Ten speed
4. Juggernaut
5. Al the killer
6. A favor house atlantic
7. In keeping
8. Everything evil / The Trooper
9. The crowing
10. Welcome home
Não sou fã do Motorhead, mas tem que respeitar os caras, afinal não existiria Metallica, Megadeth, Sepultura e Slayer se não fosse o Motorhead, que é influência declarada de todas essas bandas. Lemmy e cia fizeram um show no estilo "It's only Rock and Roll, but I liked...", quase como uma aula.
O destaque foi o baterista Mikkey Deeade, que parecia um trator. O guitarrista Phil Campbell mandou bem na guitarra, com solos precisos, e servia também como porta voz da banda, fazendo a comunicação com o público. E Lemmy Kilmister? Lemmy é lenda viva, não precisa fazer nada, basta estar presente... E aos 65 anos, ele carrega a bandeira do Metal pelo mundo todo.
Já na primeira música, “Iron fist”, a banda já conquistou a todos, e as rodinhas de porrada pipocavam por todos os lugares. Santas rodinhas punks, graças as elas, ia atravesando o povo, até que no meio do show do Slipknot estava quase na grade...
Rolou a música feita pelo Motörhead após sua primeira vinda ao Brasil, nos anos 90, “Going to Brazil”.
Os maiores clássicos ficaram pro final, sendo "Ace of spades" a mais aguardada. Andreas Kisser foi convidado pra tocar "Overkill", que encerrou a apresentação.

SETLIST:
1- Iron first
2 - Stay clean
3 - Back in line
4 - Metropolis
5 - Over the top
6 - One night stand
7 - Know how to die
8 - Chase is better than the catch
9 -Tragedy
10 - Going to Brazil
11 - Killed by death
12 - Ace of spades
13 - Overkill

Os mascarados do Slipknot entraram com tudo no Rock In Rio. No show do Slipknot teve de tudo: chamas, mosh, elevadores hidráulicos, e a incacreditável cena do baterista Joey Jordison e toda sua bateria de cabeça para baixo. A banda pega os insinamentos do Kiss e leva ao extremo, num mix de circo, filme de terror e Heavy Metal.
A banda recentemente perdeu do baixista Paul Gray, morto em 2010 de uma overdose acidental de morfina, e se apresenta atualmente sem contra-baixo no palco.
Eles são muito populares no Brasil, e logo nos primeiros acordes distorcidos de guitarra já tinham total domínio das cem mil pessoas que se amontoavam para vê-los.
Corey Taylor é um grande frontman, mas a simapatia risonha do Stone Sour, deu lugar a sinistra postura mascarada, dando ordens que eram prontamente obedecidas pela platéia.
O som estava poderoso, forte e extremamente alto, como deveria ter sido o de todos os shows da noite. As batidas do bumbo da bateria fazia tremer o peito.
Em “Duality”, uma das mais conhecidas, o doente do DJ Starscream fez um mosh, pulando na galera de uma altura absurda, de quase 4 metros.
Corey pediu para que todos se agachassem no chão e só levantassem pulando para o alto na hora do refrão de “Spit It Out”.
O final apoteótico em “Surfacing”, com labaredas gigantes e a inacreditável cena do baterista Joey Jordison, tocando completamente na vertical (confira abaixo).


SETLIST:
1 - Intro
2 - Eyeless
3 - Wait and bleed
4 - The blister exists
5 - Liberate
6 - Before I forget
7 - Pulse of the Maggots
8 - Left behind
9 - Disasterpiece
10 - Psychosocial
11 - The heretic anthem
12 - Duality
13 - Only one
14 - Spit it out
15 - People = Shit
16 - Surfacing



E o melhor ficou para o final. Metallica em noite inspirada, num repertório beirando a perfeição. E eu testemunhei tudo de pertinho.
A banda, que parou a duvulgação do lançamento de seu novo disco, "Lulu", em parceria com Lou Reed, para se apresentar no Rock in Rio, tocou músicas raras em seus sets, como "Whiplash" e a instrumental "Orion".
James Hetfield (voz e guitarra), Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Robert Trujillo (baixo) mostraram que apesar das babaquices de processar o Napster, e de gravar discos bisonhos como "Load" e "Reload", os caras ainda são a melhor banda de Metal do mundo.
Até agora, foi o melhor show de todo o Festival. Depois do Bis com "I am evil", "Whiplash" e "Seek and destroy", o Metallica encerrou as mais de 2 horas de preciosidades do metal pesado.

SETLIST:
1 - Creeping death
2 - From whom the bell tolls
3 - Fuel
4 - Ride the lightning
5 - Fade to black
6 - Cyanide
7 - All nightmare long
8 - Sad but true
9 - Sanitarium
10 - Orion
11 - One
12 - Master of puppets
13 - Blackened
14 - Nothing else matters
15 - Enter Sandman
Bis
16 - I am evil
17 - Whiplash
18 - Seek and destroy

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