Então fui à Apoteose esperando o pior, e consegui suportar bem, talvez por ter ido com esse clima nada otimista.
A abertura ficou a cargo do Fresno. Antes dos shows ouvi várias pessoas indignadas com a iclusão de uma banda EMO na noite; como se o Bon Jovi fosse uma banda de Rock "mais pica das galáxias". Um cara disse: "Pô, Fresno é sacanagem, não tem nada a ver com Bon Jovi. Os Paralamas abriram pro The Police, porque eles são os correspondentes do Police no Brasil". Achei melhor ficar quieto, mas deu vontade de perguntar: "Pô, então se for assim, quem deveria abrir pro Bon Jovi? O Fabio Junior?"
Não gosto de Emo e muito menos do Fresno, mas os caras tocam bem, fazem um show enxuto, e mesmo sob vaias ou desprezo conseguiram dar o seu recado, apesar do baixíssimo volume do som. Com bem mais peso que a banda principal, até que foram respeitados pelo público, que vibrou quando anunciarm que iriam tocar a saidera.
Com cinco minutos de antecipação, o Bon Jovi começo o show, com duas musiquinhas novas bem fraquinhas. Jon com seu violão aparece com camiseta aberta, e começa a gritaria da mulherada. Uma das canções fala em acreditar em si mesmo, no estilo dos livros de auto-ajuda, e no telão surgem personalidades como Pelé, Kennedy, Obama, Bob Dylan, John Lennon, Luther King, Desmond Tutu e Jimi Hendrix.
Assisti a tudo na Pista Normal, na grade que separa pra área Vip, que estava bem vazia, da mesma forma que as arquibancadas. O som estava num volume baixíssimo, mal dava pra ouvir os solos da guitarra de Richie Sambora.
Mas a galera nem se importou. Não se preocupavam na qualidade do áudio, e sim em poder ver de perto o vocalista-galã. Até porque faziam mais barulho que a banda. Nas mais animadas "You Give Love a Bad Name" e "Born to be my Baby", que foram tocadas em sequência, as vozes do público cobriam tudo. Mas o pior era aguentar a histeria das meninas. Uma delas me deixou surdo do ouvido direito, porque não parava de berrar, com uma voz agudíssima frases como "Jon, Lindo!", "I Love You", "Beautiful!", "Sambora!". Cada grito dela era uma tortura, que se estendeu por toda noite. Não satisfeita em quase estourar meus tímpanos, ainda quase me fez apanhar, ao ficar cheia de gracinha, me pedindo pra pegá-la no colo.
Achei o setlist fraco, cheio de canções novas desconhecidas (ao menos pra mim), e repleto de baladas, o que já era esperado e inevitável. Pois o Bon Jovi há muito tempo deixou de ser uma banda de Rock, farofa é verdade, pra se tornar um grupo Pop.
O melhor momento foi o Hard Rock "Bad Medicine", que teve "Roadhouse Blues" do The Doors como incidental. Depois Richie Sambora com seu chapeuzinho à Steve Ray Vaughan assumiu o microfone em "Homebound Train", enquanto Jon deixava o palco. É uma pena que sua guitarra permaneceu o show quase todo num volume quase inaudível, pois se trata de um guitarrista de estilo e pegada, com bons solos, com direito a slides e "talk box" no estilo Peter Frampton. Sambora é Rock And Roll.
A turnê brasileira não contou com toda a produção e parafernalha técnica dos shows da Europa e EUA. Aqui no Brasil foi tudo mais simples, a úinca coisa que impressionava era o telão gigante.
Felizmente pra mim, e pra tristeza de todos os outros presentes, a apresentação no Rio durou 40 minutos a menos que a de São Paulo.
Talvez Jon tenha acabado com o show, porque queria que todos estivessem em casa antes da meia-noite. É provável que o volume do som também estivesse baixo pela preocupação do cantor com a saúde dos ouvidos de suas fãs. Ele é tão atencioso e preocupado que no próximo disco virão em suas letras de auto-ajuda avisos pras pessoas comerem mais verduras, escovarem bem os dentes, respeitarem os limites de velocidade nas estradas, e tirarem boas notas.
SETLIST:
1. Lost Highway
2. We Weren’t Born to Follow
3. You Give Love a Bad Name
4. Born to be my Baby
5. Superman Tonight
6. The Radio Saved my Life Tonight
7. Just Older
8. Runaway
9. It’s my Life
10. Bad Medicine ~ Roadhouse Road
11. Homebound Train (Richie Vocals)
12. What Do You Got?
13. Always
14. Happy Now
15. Thorn in My Side
16. Someday I’ll be Saturday Night
17. Who Says You Can’t Go Home
18. Loves the Only Rule
19. Keep the Faith
Bis:
20. Wanted Dead or Alive
21. Livin’ on a Prayer
22. These Days
Aaaaaaaaaaah, nem vem com esse papo de ter ficado feliz porque o show foi mais curto!!
ResponderExcluirPode falar que é banda de Pop, brega, água com açúcar, que só faz sucesso porque o vocalista é um gato, tá? Nem ligo, eu gosto =P Eles são românticos, é por isso que tem um monte de meninas histéricas gritando no ouvido dos outros que ele é lindo! Palavras doces deixam a maioria dos homens gatos, sabia? Acompanhadas de uma voz afinadinha e um par de olhos azuis então, fazem milagre! rs (apesar de eu preferir um branquinho de cabelos pretos que toca preferencialmente bateria e tem uma voz linda!)
Repito: Qualidade técnica só vc presta atenção! Quem está lá pra ver os caras tocando não está nem aí se o som tá baixo ou não, na realidade, ninguém tá ouvindo, porque o coro da Apoteose abafa qualquer som mal regulado.
O importante é que eles foram ótimos (pra mim e pras 29.998 pessoas que estavam presentes, isso não conta com vc)e que pra quem é fã, só estar no mesmo km² do ídolo já vale a noite e o ingresso absurdamente caro.
Ps: Devia ter deixado a hiena subir no seu ombro, assim eu poderia derruba-la no chão e calar a boca daquela infeliz...
Ps 2:
Já que esqueci o Ps 2 no outro comentário, aí vai a continuação: Vc é MUITO mais gato do que o Jon Bon Jovi!
ResponderExcluirMe engana que eu gosto...
ResponderExcluir:-P
Não precisa me dar os créditos dessas fotos, até porque a única foto que ficou decente foi vc que tirou...
ResponderExcluirE eu não engano ninguém, sou a criatura mais sincera do mundo =)
Bjs
desde q vi uma entrevista do Bon Jovi no extinto Programa livre...nunca mais consegui ouvir as músicas dele da mesma forma..fui na esperança de ao menos ouvir "Blaze of glory"...na minha opinião umas das únicas q salvam....mas ouvi "Always" fikei feliz...
ResponderExcluirOi Dani,
ResponderExcluirAté que Always é legal...apesar do clipe cafnérrimo....