Lideradas pela fundadora Anna Hutsol (26 anos), o grupo Femen, criado em 2008, baseado em Kiev na Ucrânia, promove protestos que a cada dia ganham mais apoiadores pelo mundo. Sou o mais novo entusiasta dessas garotas que lutam pelos seus direitos e por um mundo mais livre e justo.
Um verdadeiro exército de mais de 300 meninas, a maioria entre 18 e 20 anos, que nem o inverno rigoroso da ex-república soviética é capaz de frear o ímpeto das jovens, que lutam de peito aberto contra a discriminação, a indústria do sexo e o turismo sexual.
Inna Shevchenko (foto ao lado) é uma das ativistas mais atuantes, articulada, loura de 20 anos, é um dos seios, quer dizer, rostos mais conhecidos do Femen, e explica porque aderiu ao movimento: "Desde criança, percebo que há algo errado com o meu país. A minha mãe trabalha 12 horas por dia, e o meu pai, só cinco. E ele tem mais dinheiro do que ela. Não posso aceitar isso. Conheci Anna, entre outras meninas, e ela decidiu organizar um movimento. Topei na hora.".Estudante de Jornalismo, Inna luta pelos direitos de mulheres vítimas do "machismo típico de uma ex-república soviética", como a própria mãe. Mas seu trabalho como ativista não é muito bem visto em casa: "Sempre fui boa aluna e tirava excelentes notas. E ainda tinha um bom emprego. Minha mãe tinha orgulho. Mas agora ela não entende por que a filha fica mostrando os seios por aí, como ela costuma dizer. Ela se diz chocada. Inna trabalhava na assessoria de imprensa da Prefeitura de Kiev, depois de um protesto do Femen perto do gabinete do prefeito em 2009, a jovem acabou presa e demitida.
Nem o frio rigoroso da capital ucraniana atrapalha as ações das decididas e corajosas meninas.As diretrizes do grupo são claras: "Desenvolver qualidades de liderança, intelectuais e morais nas jovens ucranianas." A organização costuma declarar oposição à indústria sexual, que tem crescimento acelerado no país desde a queda do comunismo, há 20 anos. Inna se defende de quem acha imoralidade a forma que escolheram de se manifestarem: "Não há nada errado em mostrar os seios na rua. Temos o direito de protestar usando o cérebro e outras partes do corpo. A ativista ideal do Femen é a mulher que tem a coragem de mostrar o corpo e gritar. Esta é a única forma que temos para lutar. Não temos dinheiro, não temos poder ou pessoas influentes que possam nos ajudar. Eu mostro os seios para chocar as pessoas, para chamar a atenção delas. Não precisamos nos vestir como homens para protestar. Somos mulheres! E podemos ser bonitas e sexies mesmo brigando por nossos direitos".As ativistas têm ambições políticas e vão lutar por cadeiras nas próximas eleições parlamentares na Ucrânia. O principal alvo é o presidente ucraniano, Viktor Yanukovych.
Algumas das integrantes mais radicais são mais ousadas e tiram até as calças, numa demonstração de maior dedicação e engajamento no movimento.A Uefa conhecendo o trabalho das moças, proibiu que os moradores de Kiev apareçam seminus nas varandas durante a Eurocopa de futebol em 2012, que terá jogos na Ucrânia. É claro que tal proibição só estimulou e aumentou o plantel das meninas, que juntas foram a inúmeras sacadas lutar por esse direito sagrado de ficarem sem camisa. Utilizaram vários cartazes que diziam em vários idiomas: "Sacadas são propriedade privada."A Ucrânia está se tornando pequena demais para as pretensões das desinibidas de Kiev. Elas já cruzaram a fronteira e desembarcaram em Varsóvia, capital da Polônia, onde fizeram o habitual: seios desnudos e gritos pelos direitos das mulheres, e contra as guerras e em favor da paz mundial.
Os temas abordados se tornaram mundiais. Ultimamente, as ativistas passaram a mirar em alvos estrangeiros. Sobraram seios para o egípcio Hosni Mubarak, que acabou renunciando, para alegria das mocinhas que pintaram no corpo frases de apoio ao povo egípcio.Sobrou também para o italiano Silvio Berlusconi, envolvido em escândalo sexual. O Femen em Kiev, apoiou as mulheres italianas, reforçando o ato público "A Itália Não É Um Bordel". Como de costume, algumas ativistas foram detidas pela polícia, após participarem do protesto.A idéia é mobilizar as mulheres do mundo inteiro. Elas têm intenção de ampliar o movimento e visitar vários países, incluindo o Brasil, como relata mais uma vez Inna Shevchenko: "Com financiamento e uma boa causa, aceitamos convites de qualquer país. Sonhamos em poder ir ao Brasil, onde sei que há problemas sérios com turismo sexual. Todas as mulheres do Brasil e de outros países podem se tornar uma Femen e lutar da mesma forma. Estaremos em breve em todo o mundo. Não tenho dúvida."
As brasileiras bem que poderiam aproveitar o Carnaval e tirar a roupa, mas dessa vez com um propósito que não seja apenas a fama efêmera e o dinheiro.
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Na moral, isso é só um pretexto pra ficar pelada! Bando de piiiiiiii!!!!!!!
ResponderExcluirNossa Mellissa, quanto preconceito!!!!
ResponderExcluirPreconceito Nada! Duvido que vc ia achar bonito se EU fizesse isso!!
ResponderExcluirClaro que ia achar bonito. Vc pode protestar assim lá em casa sempre...
ResponderExcluirAI A CARALHO!
ResponderExcluirVENHAM A EVORA FODA-SE
QUE EU FAÇO DE POLICIA, E SO VOS FODO CARALHO!
QUE?????????
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