Realmente, Coldplay nunca esteve na lista das minhas bandas prediletas, não tenho nemhum dos seus CDs ou DVDs, e o que conheço veio do que ouvi nas rádios ou vi na TV.
A abertura da noite ficou a cargo da da banda mato-grossense Vangart. Na hora em que adentrei à Apoteose eles terminavam sua última música, como não os conheço, não posso dizer se são bons ou ruins.
Mas consegui ver na íntegra o show do Bat for Lashes, o projeto da cantora inglesa Natasha Khan. Muito bonitinha e aparentando bastante timidez, Natasha demonstrou possuir uma bela voz, alternando um canto suave com falsetes em agudos, algo entre Björk e Kate Bush. A banda era formada por uma baterista, uma baixista (que se alternava na guitarra) e um tecladista, com arranjos originais e inteligentes, e utilizando sonoridades diferentes; a baterista por exemplo tinha um tímpano no seu kit, e usava sons eletrônicos. além disso, teclados com sons de cravos e sintetizadores criavam um ambiente sonoro bem interessante. O som provavelmente não vai fazer sucesso nas FMs, mas me surpreendeu de forma positiva, e mostrou talento e criatividade, coisas raras no ataul mainstream.
Abaixo a imagem que apareceu no telão do fundo do palco durante da apresentação do Bat for Lashes:
Com trinta minutos de atraso, é a hora da tração principal, e aperece nos telões o globo terrestre, a imagem vai aprocimando, mostrando a América do Sul, o Brasil, e finalmente o Rio de Janeiro, chegando até o Estádio do Maracanã; ih - erraram o local do show!
Ao som de "Danúbio Azul" de Strauss II, surgiram no palco Jonny Buckland (guitarra), Guy Berryman (baixo) e Will Champion (bateria), e Chris Martin (vocais, violões e piano) e abriram com “Life in technicolor”. Utilizados vários e belos recursos visuais: telão de alta definição, cinco gigantescas esferas penduradas, onde eram projetadas de cores e imagens que mudavam de acordo com cada música, lasers, projeções psicodélicas e luz de primeira.
Sempre achei as músicas do Coldplay muito parecidas, mas dentro dessa mesmice, tenho que admitir, que eles sabem compor belas melodias, e os arranjos são interessantes, apesar de algumas vezes cair no clichê, e vez outra parecer um U2 piorado. (Nota: eu adoro U2).
E logo no começo, me lembraram como tem sucessos, numa sequência de quatro hits: “Violet hill”, “Clocks”, “In my place” e "Yellow".
Nessa última, bolas amarelas recheadas de papel picado foram jogadas para a platéia, que se divertiu tentando estourá-las, e o próprio vocalista as estourava com seu violão.
Chris Martin falou em inglês com o público, pedindo que cantassem: “Obrigado por saírem de casa num domingo à noite só para nos assistirem. Agora está na hora de mostrar que vocês são uma plateia melhor do que a de São Paulo. Portanto, façam o máximo de barulho possível para que possamos terminar a canção”. Na verdade, nem precisava, porque um coro de 34 mil vozes empolgadas acompanhavam a banda, ignorando a chuva fina que caiu durante todo espetáculo.
Martin mostrou que ser casado com a belíssima Gwyneth Paltrow não é sua única qualidade. Apesar de possuir um timbre estranho, na minha opinião, ele cantou bem, mostrou presença e domínio de palco, agindo como um verdadeiro mestre de cerimônia, comandando a massa, falando várias frases em português lendo uma "cola" presa no seu piano. Não parou um minuto se quer: correu pelas passarelas que adentravam a platéia, pulou, se jogou no chão, deu cambalhota, verdadeiramente suou a camisa.
Talvez por ter logo de cara tocado suas canções mais conhecidas, o show ficou bem morno e arrastado do meio para o final. Até chegar “Viva la vida”, que fez todo mundo delirar, e sem dúvida foi aonde houve a maior participação do público, com seu "ÔÔÔÔÔ..." impressionando bastante os ingleses.
Dois outros palcos menores um de cada lado, foram montados mais próximos da platéia, chegando até o setor mais barato, passaram pelo público para chegar lá com “Singing In The Rain” como trilha sonora. Nos palquinhos aconteceram os momentos mais intimistas, cantando embaixo de chuva, em versões acústicas as canções “God put a smile upon your face/Talk” , “The hardest part”, “Shiver” e “Death will never conquer” (esta cantada pelo baterista), além da inédita “Don Quixote”. Martin pediu que todos mostrassem seus celulares, este truque já é manjado, mas não posso negar que o resultado foi bem bonito.
Enquanto voltavam para o palco principal, rolou uma versão remix de “Viva La Vida”, e novamente ouviu-se em alto e bom som os "ÔÔÔÔÔ...". Apareceram para tocar mais quatro músicas e se despediram.
No Bis, com "The scientist" e “Life in technicolor II”, a animação da galera voltou, com direito a uma chuva de borboletas de papel colorido, com luzes jogadas em cima, provocando um belo efeito. Pra finalizar tudo: fogos de artifício.
Veja o repertório completo do show Rio:
1- “Life in technicolor”
2- “Violet hill”
3- “Clocks”
4- “In my place”
5- “Yellow”
6- “Glass of water”
7- “Cemeteries of London”
8- “Fix you”
9- “Strawberry swing”
10- “God put a smile upon your face / Talk”
11- “The hardest part”
12- “Postcards from far away”
13- “Viva la vida”
14- “Lost”
15- “Shiver"
16- “Death will never conquer”
17- "Don Quixote"
18- “Politik”
19- “Lovers in Japan”
20- “Death and all his friends”
BIS
21- “The scientist”
22- “Life in technicolor II”
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Hum, estou lendo coisas até bem simpáticas! Que milagre! rsrs. Pensei que vc fosse esculhambar meu gosto musical nessa postagem, tendo em vista as mensagens que recebi: "SHOW PODRE".
ResponderExcluirQue bom que vc admitiu que o show foi bom, e não tem nada de U2 piorado, tá?!
Obrigada pelo presentão de 365 dias me aturando...
Beijos =D
De nada... Você merece
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