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sábado, 11 de setembro de 2010

O BATERISTA MIKE PORTNOY ABANDONA O DREAM THEATER

Meu amigo Daniel me deu uma notícia que inicialmente não acreditei: "Cara, tá sabendo? O Portnoy saiu do Dream Theater."
O inacreditável está no fato de que Mike fundou o Drem Theater ao lado baixista John Myung e do guitarrista John Petrucci em 1985. Seu pai é que deu o nome da banda. Além disso, ele era um dos compositores principais, e assinava a produção de vários álbuns e DVDs. Era uma espécie de chefe, e era o responsável de montar o setlist de cada apresentação.
Não consigo imaginar o Drem Theater sem Mike Portnoy. Mas abanda já anuncia novo disco, e lamenta a saída do baterista no site oficial: "A presença de Mike na banda significou muito para o grupo, profissionalmente, musicalmente e pessoalmente ao longo de todos esses anos. Todos nós desejamos de coração o melhor para Mike em sua jornada musical. Tivemos uma longa e importante carreira. (...) Sentiremos a sua falta” "Continuaremos com a mesma intensidade. Começaremos a gravar nosso novo álbum em janeiro de 2011 e faremos outra turnê mundial na sequência”.

O rompimento aconteceu porque Portnoy sugeriu que a banda deveria fazer uma pausa, pois eles nunca deram um tempo de férias e viam num ritmo quase industrial de gravação de discos e turnês mundiais durante mais de vinte anos. A banda não aceitou a idéia, e Mike decidiu que o melhor era ele sacrificar-se do que dar fim ao Dream Theater. Sobre isso ele declarou: "Eles decidiram continuar sem mim no lugar de parar para dar uma respirada (...). E por mais que doa em mim pensar em um Dream Theater sem Mike Portnoy (inferno, meu pai deu o nome à banda!), eu não vou ficar no caminho deles".

A notícia veio via Facebook, onde Portnoy deixou uma mensagem nessa quarta-feira, aos fãs do grupo: “Vou escrever algo que eu nunca imaginei que escreveria: depois de 25 anos, decidi deixar o Dream Theater, a banda que eu fundei, liderei e amei por um quarto de século".

Sempre me impressionou o fato de que Portnoy sempre manteve paralelamente uma grande atividade musical fora do Dream Theater. Em 1998 ele montou o Liquid Tension Experiment ao lado do companheiro John Petrucci na guitarra, do baixista Tony Levin (ex King Crimson) e do tecladista Jordan Rudess (que mais tarde entraria no Dream Theater).

Em 1999 criou o Transatlantic, ao lado do tecladista e vocalista Neal Morse (Spock's Beard), o guitarrista e vocalista Roine Stolt (da banda Flowes Kings), e do baixista Pete Trewavas (do Marillion).

Em 2002, foi convidado a participar do grupo OSI, formada pelo guitarrista Jim Matheos (Fates Warning), pelo tecladista Kevin Moore (da banda Chroma Key, e que fez parte do Dream Theater até o CD "Awake") e pelo vocalista Daniel Gildenlöw (Pain Of Salvation).

Em 2010, foi convidado pra fazer alguns shows com a banda Hail!, composta pelo baixista David Ellefson (Megadeth), o guitarrista Andreas Kisser (Sepultura) e o vocalista Tim "Ripper" Owens (Judas Priest, Iced Earth e Yngwie Malmsteen), que toacm cover de clássicos do Metal como Metallica, Iron Maiden, Pantera, Sepultura, Megadeth e Slayer. A princípio todas essas bandas (com exceção do Liquid tension) ainda existem, e lançam álbuns esporadicamente.

Além disso, Mike tem suas bandas de tributos ao lado do guitarrista Paul Gilbert: a Yellow Mater Custard (Cover de Beatles), a Hammer of the Gods (cover de Led Zeppelin), a Cygnus and the Sea Monsters (cover de Rush), e a Amazing Journey (cover de The Who). Foram lançados CDs e DVDs ao vivo de todas essas bandas.

Sem contar que ele era o baterista dos shows solos de John Petrucci no G3 (ao lado de Joe Satriani e Steve Vai), e saiu em turnê mundial que passou pelo Brasil.

Não acabou, ele gravou a bateria de vários CDs da carreira solo de Neal Morse.

Esse ano, Mike gravou o novo CD da banda Avenged Sevenfold, substituindo, o então ex-baterista, James Owen Sullivan, falecido no dia 28 de dezembro de 2009. Já foi anunciado que o baterista virá ao Brasil para o show do Avenged Sevenfold no "SWU Festival" em Bauru.

Basicamente, Portnoy refere que nos últimos tempos, participar de concertos de outras bandas como baterista de suporte/convidado, tem sido mais divertido e prazeroso do quem com o Drema Theater. Resta-nos esperarmos pra vermos qual será o futuro do Dream Theter sem Mike Portnoy, e de Mike Portnoy sem o Dream Theater; o que na minha cabeça sempre foi uma coisa só.

Em 2006, entrevistando seu mestre Neil Peart.

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