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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

INDO AO ENCONTRO DE PAUL - Primeira Parte

Minha idéia inicial era fazer da mesma forma como no show do Metallica: Rodoviária X Morumbi X Rodoviária. Mas a Mell foi contra: "Tá Maluco? Assim vai ser muito cansativo. Vamos ficar num hotel." Com isso o orçamento aumentou consideravelmente.
"Ah... porque a gente não vai de avião?" Putz... assim eu vou falir...
Mas pensei um pouco, lembrei que nossa última viagem tinha sido pra Arrail do Cabo, no ano passado, e percebi que merecíamos.
Resolvemos que iríamos de ônibus, voltaríamos de avião, e ficaríamos num Hotel. O escolhido foi o Ibis na Avenida Paulista, por se localizar num meio termo entre Rodoviária, Morumbie e Aeroporto de Congonhas.
Então já que iria ficar um fim de semana inteiro em Sampa, queria realizar outros sonhos além do de ver o Show do Paul McCartney: ir no Zôo de São Paulo e na Galeria do Rock.
Compramos os ingressos, as passagens, e vimos no "Google maps" os melhores caminhos pra fazermos todos os programas. Incubi a Mell de depois imprimi-los, para não nos perdemos em São Paulo. Eu apesar de ter nascido na capital de São Paulo, não conheço absolutamente nada de lá; costumo dizer que sou paulista mas não exerço.
Discutimos e brigamos feio, quando descobri que a Mell havia impresso os piores caminhos, por exemplo: da Rodoviária pro Hotel dá pra ir de Metrô, mas nas folhas impressas o caminho era de pegar dois ônibus e ainda percorrer um caminho a pé por mais dez minutos. A discussão ficou mais feia, quando ao tentar ver no Google o caminho usando o metrô descobri que estava sem internet em casa. Mas graças a Deus a conexão voltou, poucos minutos antes do táxi que nos levaria à Rodoviária chegasse. Anotei como deveríamos proceder no Metrô pra chegar ao Hotel, e entramos brigados no táxi.
O ônibus saiu às 23:55 h, e chegou em São Paulo por volta das 6:00. Tomamos café, fizemos as pazes, e usando minhas anotações, fomos pro Hotel de metrô. Pra quem não sabe, enquanto o metrô do Rio possui duas linhas, no de São Paulo são doze; ou seja, é muito fácil de se perder por lá. Mas chegamos fácil no Hotel, deixamos nossas malas, e fomos para o Zôo.
Pra variar o caminho que tínhamos não era o melhor, as depois de algumas confusões descemos na Estação Jabaquara, aonde tem um guichê aonde pode-se comprar os tíquetes de ida e volta do microônibusas entradas para o Zôo.
Sempre quis visitar o Zoológico de São Paulo, já havia ido quando era muito pequeno (com menos de 3 anos) mas não lembrava de nada. Sempre adorei zoológico, desde criança, ir à Quinta da Boa Vista (no Rio) é ainda um dos meus programas prediletos.
E o Zôo paulista é gigantesco! E tem várias particularidades. Os locais aonde ficam muito dos animais não possuem grades; em alguns casos existem paredes de vidros, ou são isolados por obstáculos como fossos. Além disso, as "jaulas" são grandes e repletas de vegetação, tentando copiar o habitat natural de cada espécie. Dessa forma se consegue fotos lindas, sem aquelas grades atrapalhando, como dessa belíssima onça-pintada.
Em muitos casos, os animais ficam muito próximos do público, como é o caso do casal de antas, que atenderam ao meu chamado, se aproximaram, e receberam um carinho.
Os macacos ficam em ilhas localizadas num imenso lago, separados por espécies (a da foto ao lado é o macaco-aranha, cada uma em uma ilhota, onde em volta nadam diversas aves aquáticas como dezenas de cisnes negros, marrecos, patos, gansos, pelicanos e garças.
No acervo constam alguns bichos que não são encontrados no Zôo do Rio, como rinocerontes, leões-marinhos, mico-leão-dourado, bisão, leopardo-das-neves, abutre, e tartarugas-gigantes.
Nunca tinha visto um gavial, uma espécie de crocodilo indiano, carcterizado pelo focinho estreito e alongado, e pela característica de ter os dentes visíveis mesmo com a bocarra fechada. Há registros de espécimes medindo até seis metros de comprimento. Se encontra em grande ameaça de extinção, não ultrapassando o número de 300 na natureza. Na foto abaixo, um funcionário limpa a piscina do gavial, enquanto este toma um banho de sol.
Veja o gavial, na foto aproximada, mostrando a coragem do homem, durante o seu trabalho.
Mais um detalhe "nerdiano": no do Rio o elefante é asiático, e no de São Paulo é africano, que é mais raro de se encontrar em cativeiro. O elefante africano é maior, mais pesado e mais arredio que o asiático, que na Índia chega a ser domesticado. Outra diferença é que o africano tem as orelhas maiores. Como eu sei tudo isso? Não é vendo no Google não. É que fui um nerd na infância, com seis anos devorava livros de zoologia, e queria ser zoólogo quando crescesse.
Assim como no Rio, há os locais especiais aonde ficam os animais mais exóticos, como no caso dos anfíbios, répteis (como a lagartixa branca de Madagascar), escorpiões, serpentes e aranhas-caranguejeiras.Outra atração era o filhote de girafa, que flagrei mamando.
E na foto abaixo, posando na frente da girafa, um belo exemplar da onça-verde-carioca.
Funcionando em anexo ao zoológico, o ZooSafari permite a experiência de estar mais próximo ainda dos animais. pagando-se mais treze reais por pessoa, é feito o passeio em uma van com guia, ou em carro particular, passando aonde os animais ficam soltos . Trata-se do antigo "Simba Safari", que depois que faliu passou a ser administrado pelo Zôo. A diferença é que os tigres e leões não ficam mais soltos como antigamente.
Pavões brancos e reiais, zebras, camelos, lhamas, hipopótamos, bisões, avestruzes e emas passeiam livremente, e alguns deles podem ser alimentados, bastando apenas comprar a ração por 3 reais.
Adquirimos a ração, e começamos a achar que foi o dinheiro mais mal gasto da viagem, porque os bichos desconfiados teimavam em não comer em nossa mão.
Até encontrarmos os veadinhos paulistas, que estavam simpáticos e sem cerimônias. Demos (sem trocadilho, por favor) comida em suas bocas. Que fofinho...
Foi um passeio delicioso, e quando estávamos no metrô comprando as passagens de volta, vi dois caras, um cabeludo com uma camisa do The Cult, e um careca usando uma do Rainbow, e logo pensei: "Esses caras com certeza sabem chegar na 'Galeria do Rock'". E realmente sabiam.
Disseram que inclusive estavam indo pra perto de lá pra participarem da "Virada Esportiva", mas não sabiam se a galeria estaria aberta porque era feriado de Zumbi, e que se eu quisesse poderia ir com eles. Aceitei, porque mesmo que se tivesse fechado, pelo menos aprenderia o caminho. Os rapazes eram Marcos e Leandro, os apresentei a Mell, e fomos no caminho conversando sobre Rock, Metal e das diferenças entre Rio e São Paulo.
Descemos na Estação São Bento, e andamos um pouco até à Avenida São João, que ficou imortalizada na "Sampa" de Caetano. Ao chegarmos na Galeria, repleta de gente, com tipos dos mais variados e todos convivendo em harmonia: Punks, Headbangers, fãs de bandas como Motley Crue usando maquiagem e unhas pintadas, góticos, rastafaris, emos, garotos com roupas coloridas, gatinhas com camisas do Metallica e Iron Maiden, meninas com visual bizarro, e caras de preto, usando botas e sobretudo, num visual próximo ao do filme "Matriz", debaixo de sol e de um calor de mais de 35 C.
Ao entrarmos conheci a minha verdadeira "disneylândia". Quatro andares com lojas vendendo todo tipo de material relacionado ao Rock e seus subgêneros. Meus novos amigos nos levaram até a "Red Rose", loja aonde encontrei camisetas que nunca encontraria no Rio. Comprei logo três, uma do Paul McCartney, uma do Jimmy Page e uma do John Bonham. O preço? Vinte Reais cada, por aqui uma sairia por no mínimo quarenta.
Fiquei maluco com as dezenas de lojas de CDs e DVDs, muito deles raros. O problema é que eu e Mell estávamos cansadíssimos e morrendo de vontade de tomar um banho, nos despedimos, e fomos para o Hotel. Na segunda-feira, antes de ir para o aeroporto, fui obrigado a voltar na Galeria, porque a vendedora errou no tamanho de uma das camisas. Além de trocar, comprei mais duas, uma dos Beatles pro meu pai, e uma com Paul e Ringo, escrito "Drum'n'Bass".
Marcos e Leandro (meus novos colegas paulistanos) e eu: a Irmandade Rock'N'Roll.

No hotel, depois de um banho relaxante, resolvemos comer uma Pizza no bairro do Bixiga. Pegamos um táxi e pedimos uma sugestão do taxista, que nos levou para o Távola. Ao entrarmos a recepcionista nos perguntou se queríamos um ambiente com ou sem música. Perguntei qual o tipo de música e MPB foi a resposta. Sentamos e o músico tocou de tudo, menos MPB, Canções italianas, Santana, Maná...
O ambiente ao mesmo tempo brega e sofisticado, lembrando o programa da Hebe, me deu o pressentimento de que os preços eram salgados. Pedimos o cardápio, e conclui que estava certo, pratos de massas simples custando em torno de R$90,00. E não tinha pizza! Demos uma desculpa ao garçon, e fugimos de lá.
Estávamos morrendo de fome, e fomos andando até encontar uma pizzaria cujo rodízio custava R$19,00. Entramos, e nos decepcionamos. A pizza nem era tão ruim, mas poxa, estávamos em São Paulo, e no Bixiga, a pizza tinha que estar sublime. A massa era meio grossa, mas o pior de tudo era o atendimento. Os garçons simplesmente ignoravam a nossa mesa, percebi que estávamos com um daqueles avisos no vermelho "Não, Obrigado". Troquei para o verde, e continuou o problema. Quando a primeira pizza chegou,reclamei da demora, e o garçon ignorou solenemente as minhas falas, ficou mudo, como se eu não tivesse dito nada. Depois percebi que todos ali estavam putos com o atendimento. Presenciei uma cena inédita: uma garota queria uma pizza que estava sendo servida, a garçonete passou direto, a moça foi atrás,levantou com o prato e pediu um pedaço, e nem assim foi atendida.
Dali fomos andando até a Rua 13 de Maio, indicação da minha amiga Vivi, aonde existem pelo menos 3 bares de Rock'n'Roll um do lado do outro: The Wall (que estava fechado), Piu-Piu (que tinha fila pra entrar e show de Clássic RocK) e Café Aurora com banda cover de Beatles.
Numa rua paralela ainda conhecemos o Seven Beer, mais no estilo pé sujo, e com uma galera mais hardcore e heavy metal. Não entramos em nenhum deles, porque estávamos exaltos, e decidimos ir pro Hotel dormir e nos prepararmos pro Show de Paul McCartney, mas com certeza voltaremos lá quando estivermos de novo em Sampa.

4 comentários:

  1. Adorei seu relato, vc descreve tão bem. Pessoalmente vc não contou nada disso, agora vou falar com vc pelo computador qdo quiser saber das coisas, rsrsrs. E a Melissa está linda nas fotos, vc escolheu mto bem.

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  2. Oi Cris, que bom que gostou da postagem, volte sempre ao meu Blog.
    Achei interessante, engraçado e um pouco injusto o seu comentário.
    Te contei várias coisas da viagem, mas se fosse contar todos os detalhes como na postagem, eu teria que fazer uma palestra... Rsss
    E concordo com vc, a Mellissa é realmente linda.
    Beijão

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  3. Kakaka...Concordo com a Cristina!
    Você pessoalmente tem boca e quase não fala!
    Quanto à Melissa, ela é mesmo uma gatinha!
    Bjs.

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