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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ORIGINAL ALBUM CLASSICS - STANLEY CLARKE


Na semana passada na Saraiva do Barra Shopping, comprei duas coleções de Cds: uma do Stanley Clarke e outra da seperbanda Wheather Report. Trata-se de série "Original Album Classics" que traz cinco discos de cada artista, todos em formato mini-LP, em cada caixa. Os álbuns tem a arte da capa original, da época do lançamento, e as demais informações na contra-capa.
Foram lançadas pela Columbia Legacy. O que chama a atenção nessa coleção, além do preço relativamente baixo (cada box saiu por R$ 60,00) é o fato de ela trazer álbuns que estão, em sua maioria, há muito tempo fora de catálogo em nosso país. Além dos dois que adquiri, a Columbia lançou boxes dedicados a Miles Davis, George Benson, John McLaughlin, Mahavishnu Orchestra, Thelonious Monk e Sonny Rollins.
De vontade de comprar todos, mas a verba disponível não permitiu. Mas com certeza os do John McLaughlin e da sua banda Mahavishnu Orchestra serão os próximos a fazer parte da minha coleção.
Ainda não tive tempo de ouvir o box do Weather Report, mas sei que se trata de material de primeiríssima qualidade.

Já ouvi todos do Stanley Clarke, mestre do contra-baixo, tanto no acústico como no elétrico. Já o coneheço desde que sou criança, e já possuia alguns de seus CDs, além do excelente DVD "Night School" (cheio de participações mais do que especiais de Stevie Wonder, Flea, Stewart Copeland, Bela Fleck, Billy Sheehan, Marcus Miller, entre outros). Também já presenciei uma inesquecível apresentação sua em 1998.
Mas voltando ao box, a primeira façanha é retirar o plásrico que envolve cada CD sem estragar as capinhas. Depois de vencida essa etapa, me deleitei ouvindo cada disco:


STANLEY CLARKE (1974)
É o segundo disco solo da carreira. e conta com Jan Hammer (teclados), Tony Williams (bateria) e Bill Connors (guitarra).
Com "Vulcan Princess" na abertura, com os músicos tocando com muito peso, num misto de Rock Progressivo, Hard Rock e Jazz. Stanley canta e toca piano na lentinha "Yesterday Pincess". Em "Lopsy Lu" ele mostra muita técnica e swing, com seus slaps funkeados. "Power" começa com incrível solo de bareria, e depois cada músico tem a sua vez. Em "Spanish Phases for Strings & Bass" ele usa o baixo acústico ao lado de uma orquestra, até que em "Life Suite" sua banda aparece, com direito a várias mudanças de ritmos e atmosferas, com o saudoso Tony Willians literalmente quebrabdo tudo.


JOURNEY TO LOVE (1975)
Terceiro disco de sua carreira. Abrindo com "Silly Putty", puxada pela levada de Clarke, acompanhado pelos monstros "Steve Gadd" (bateria), George Duke (teclados) e David Sancious (guitarra). Na faixa-título, aparece prela primeira vez o guitarrista Jeff Beck, que volta em "Hello Jeff", faixa mais pesada do disco, tocada como um power-trio que conta ainda com Lenny White na bateria.
"Song To John (Part I & II)", composição em parceria com o tecladista Chick Corea dedicada à John Coltrane, traz Clarke no baixo-acústico, Corea no piano e John McLauglin no violão. Um dos pontos altos do disco.
Trazendo os mesmos músicos da faixa de abertura junto com uma orquestra, "Concero For Jazz-Rock Orchestra" possui passagens instrumentais de tirar o fôlego.


SCHOOL DAYS (1976)
Quarto disco da carreira, talvez a sua obra-prima. Abre com "School Days" que é sem dúvida a sua música mais famosa, com seu Riff que cola na cabeça. Nessa faixa participam Gary Brown (bateria), David Sancious (teclado), e Raymond Gomez (guitarra).
Com Steve Gadd (bateria) e Sancious, "Quiet Afternon" é mais cool, sem tirar o brilhantismo dos músicos. Um groove demolidor de baixo em "The Dancer" mostra a influência da música brasileira na percussão com direito a apito de escola de samba de Milton Holland e na bateria de Gerry Brown.
Em "Desert Song" Clarke demosntra todo domínio no baixo-acústico, e traz a participação de John McLaughlin no violão.
A empolgante "Hot Fun" com sua levada super dançante, com os mesmos músicos da faixa de abertura.
Encerra com "Life Is a Just a Game" com direito a vocais de Stanley Clarke, lindos solos de Greg Duke nos teclados e um inspiradíssimo Billy Cobhan na bateria duelando com Clarke.


MODERN MAN (1978)
Seu quinto disco, é o mais variado e com a linguagem mais pop, com a maioria das músicas com vocais. Na minha opinião é o mais fraco da caixa, o que não significa se tratar de um disco ruim, muito pelo contrário.
Conta com uma enorme quantidade de músicos participantes; os bateristas Gerry Brown, Steve Gadd, Airto Moreira e Jeff Porcaro; os guitarristas Jeff Beck e Lee Ritenour, a cantora Dee Dee Bridgewater, os tecladista Ronnie Foster , Raymond Gomez e George Duke, e a lenda do trompete Freddie Hubbard.


THE CLARKE / DUKE PROJECT (1981)
O nono disco da carreira, e o primeiro do projeto com o tecladista George Duke (os outros dois foram em 1983 e 1990). Contando ainda com o baterista John Robinson, o disco é cheio de canções pops muito bem compostas, arranjadas e interpretadas, muitas delas com belos duetos vocais de Clarke e Duke ; talvez a mais famosa seja o sucesso radiofônico mundial de "Sweet Baby"
Na abertura, Clarke quebra tudo com seu baixo na instrumental "Wild Dog". Outra bela instrumental é "Never Judge a Cover By Its Book", com belos arranjos de teclados.

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