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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Décimo Dia (Parte 5) - WE WILL ROCK YOU (Musical)

Em 2002, ganhei de Natal o DVD "Party at The Palace". Tratava-se do registro do show em comemoração ao Jubileu de 50 anos do Reinado da rainha da Inglaterra. O evento reuniu a nata do Rock Inglês: Eric Clapton, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Rod Stewart, Joe Cocker, Phil Collins, Annie Lennox, Paul McCartney, entre outras estrelas.
Um ponto mais marcante foi quando o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, membros originais do Queen, tocaram o hino "Bohemian Rhapsody" ao lado do elenco do musical "We Will Rock You", que acabara de estrear no Reino Unido. O marco foi terem executado a parte da ópera ao vivo, pois o próprio Queen usava playback neste trecho, em suas apresentações. Isso serviu de estímulo pra que minha banda, a Crossroads começasse a ensaiar a canção, o que se tornou um dos momentos mais esperados em nossos shows.
Confira o video, estraído do DVD:
Desde o momento que vi o DVD tive uma imensa vontade de assistir ao "We Will Rock You". Foi uma grande surpresa ao chegar em Londres, ver um cartaz no metrô anunciando o musical, em seu nono ano de sucesso.
Na hora mostrei pra Mell que não deu muita importância. Acho que ela não sabia do que se tratava. Naquele momento pensei alto: "Com certeza não vou perder essa oportunidade de conferir o "We Will Rock You", afinal estou aqui em Londres".
Botei pilha em todo mundo, e descobrimos que no Hostel em que estávamos hospedados eram vendidos ingressos para várias peças e musicais, inclusive para o do Queen.
Perfeito, adquirimos para segunda a noite, na véspera de nossa volta a Paris.O Teatro Dominion é grande e confortável, e permite uma boa visão do palco de todos os lugares da platéia. O som é excelente. Em "Will Rock You" a iluminação e os efeitos especiais são um show a parte; com uso de laser e telões de alta definição, que eu particularmente nunca tinha visto em espetáculos como esse.
O musical usa várias canções do Queen (veja o setlist no final do post) pra contar a história de um futuro imaginário, onde todos assistem ao mesmos filmes, vestem as mesmas roupas, e são forçados a pensar da mesma forma. Não existe Rock and Roll, é uma época de Boy Bands e Bandas de garotas. Mas no submundo a resistência cresce, Rebeldes que acreditam que houve uma Idade de Ouro, onde o Rock imperava, e chamam a esse tempo de " Rhapsody". Eles esperam a vinda de um salvador, o jovem Galileo, que é atormentado por vozes e letras de canções de clássicos do Rock que pipocam em sua cabeça. Os vilões, os "Cops Ga Ga" também estão procurando Galileo, para prendê-lo e entregá-lo a Killer Queen, a tirana e soberana do Mundo Novo. Galileo nessa missão terá a ajuda e se apaixonará pela bela Scaramouche.
Todas as músicas são executadas ao vivo por uma super banda formada por Tony Bourke (bateria e percussão, que já acompanhou 10 CC, The Drifters e Atomic Kitten), Gareth Roberts (bateria e percussão, que já saiu em turnê com Barry White e Gene Pitney), Alan Darby (guitarra, que já tocou com Asia, Paul McCartney, Sting, Jon Anderson, Eric Clapton, Elton John, Mark Knopfler), Spike Edney (teclados, já acompanhou Eric Clapton, David Bowie, Roger Daltrey, George Michael, Bon Jovi, Guns 'n' Roses), Neil Drinkwater (teclados, tocou com Phil Collins e Van Morrison), Neil Murray (baixo, que já foi membro do Whitesnake e Black Sabbath, e acompanhou Brian May em sua carreira solo), e Laurie Wisefield (guitarra, tocou com Wishbone Ash, Tina Turner, Joe Cocker, Andrea Bocelli). Todos produzidos e conduzidos pelo maestro Stuart Morley, com arranjos em sua maioria fiéis às gravações do Queen.
O coral é de arrepiar, é emocionante ouvi-los em ação. Já os componentes do elenco principal são, em sua maioria, mais atores do que cantores. Não que cantem mal, mas com exceção da Killer Queen (uma negona que arrebenta, no estilo Aretha Franklin), não tem nenhum grande vocalista.O ator principal que interpreta Galileo ainda tem voz de garoto, e não consegue segurar nas partes graves, justamente aonde a potência do vocal de Freddie Mercury mais se destacava.
A comparação com o vocalista do Queen é cruel, mas é impossível não fazê-la, pois todas as canções do musical ficaram eternizadas na sua voz e interpretações.
A atriz que faz Scaramouche tem o timbre e o jeito de cantar parecido com a Christina Aguilera, e dá algumas derrapadas e leves desafinadas ao longo da peça.
Mas todos se superam e mandam muito bem em "We Are The Champions" e principalmente em "Bohemian Rhapsody", que fecha o espetáculo de forma avassaladora e inesquecível.
SETLIST (com o nome do personagem que canta a canção):
Ato I

Ato II

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