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terça-feira, 10 de agosto de 2010

30 ANOS DE "BACK IN BLACK"

Em 1980, o AC/DC era uma das maiores bandas de Rock da época; e havia conseguido esse status em parte pelo vocalista Bon Scott.
Bon era o protótipo do "Porra-louca", era do tipo que não deixava uma garrafa de uísque vazia. Angus Young dizia: "Bon Scott cantava como se tivesse os pés esmagados por um trator", e com o sucesso conseguido com o álbum "Highway To Hell"(de 1979) , ele já era considerado um dos grandes vocalistas do Rock pesado.
Mas o destino pregaria uma peça para o AC/DC: em 19 de Fevereiro de 1980, Bon Scott morre sufocado pelo próprio vômito.
Bastaram cinco meses para que a banda australiana curasse suas feridas, reaparecesse com um novo vocalista e estreasse, no dia 25 de julho daquele ano, "Back in Black", um disco que se tornou uma lenda.
Um dos discos mais importantes da história do Rock; é o segundo disco em vendas no mundo, com mais de 50 milhões de cópias (ficando atrás de "Thriller" de Michael Jackson"). Recebeu em 2007 o certificado "22 X Multi Platinum" da RIAA, por atingir a marca de mais de 22 milhões de cópias nos EUA.
Marcas impressionantes para uma banda sempre fiel ao Rock, que toca pesado, e nunca se vendeu. Pra ter uma idéia, os caras nunca gravaram em toda carreira uma balada sequer. É porrada na orelha da primeira a última faixa.
A capa do novo disco era preta, pra não deixar dúvidas que estavam de luto pela perda do amigo. O som estava mais intenso, mais pesado, dando uma atmosfera sombria, mas que constratava com a forte energia que a banda produzia em suas canções.
O novato Brian Johnson com a fúria dos iniciantes, mostrou que também sabia gritar; e os irmãos Malcon e Angus Young criaram alguns dos mais mortíferos e marcantes riffs do Rock'n'Roll.
O álbum foi produzido por Robert John "Mutt" Lange, e gravado durante os meses de abril e maio de 1980 nos Compass Point Studios em Nassau, nas Bahamas, e nos Electric Lady Studios, em Nova York.
Sinos tocando abriam o disco, em "Hells Bells", e uma sequência de clássicos eram apresentados.
"Shoot to Thrill" segue o legado de "Highway to Hell", e atualmente pode ser ouvida na trilha do "Homen de Ferro 2":

Em "What Do You Do for Money Honey", Johnson canta sobre uma garota que faz qualquer coisa por dinheiro, e mostra que os temas mulheres, bebedeiras e diversão foram mantidos.
Muita gente acusa o AC/DC de mesmice, e ainda falam que abusam de clichês. Mas é importante destacar que eles são os criadores do que hoje em dia chamamos de clichês do Rock. E quem considera mesmice, é porque não curte um rock'n'roll sem frescura, que vai direto ao ponto, e satisfaz por cumprir seu papel com simplicidade e eficiência. Se quiser entender melhor do que eu falo, ouça com atenção "Given the Dog a Bone" e "Let Me Put My Love into You".
A faixa-título é um dos melhores e mais pesados riffs que já ouvi; é uma obra-prima, que pode ser considerada a "Monalisa" do AC/DC.
"You Shook Me All Night Long" é a música perfeita pra agitar uma festa que esta a "meia-bomba", é pena que poucos DJ's sabem disso. É ouvi-la e imaginar uma bela gata dançando e rebolando ao som do Rock. Está com a imagem na cabeça? Pra ajudar a entender o clima, o pessoal do Youtube fez um video especial com Megan Fox, pra todo mundo compreender a atmosfera a que me refiro:

Mantendo a mesma pegada, eles convidam a tomar mais um drink em "Have a Drink on Me", e a mulherada balançar em "Shake a Leg".
E pra finalizar deixam claro que Rock Pauleira não é poluição sonora em "Rock & Roll Ain’t Noise Pollution", e se você não entende é porque é ruim da cabeça, ou prefere chorar com os mauricinhos do pagode, ou ouvir uma musiquinha de corno do novo "Sertanejo Universitário".
Na postagem OS 10 MELHORES DISCOS DE HARD ROCK , tem um pouco mais sobre esse disco que até hoje faz barulho e alegra meu coração e alma, e ainda me faz dançar e bater a cabeça, não esquecendo de fazer os chifrinhos com os dedos da mão pro alto.

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